
Festival de música caipira realizado anualmente na cidade de Barretos (SP), criado em 1983. Inicialmente realizado no “Sobrado da Alegria”, um espaço mantido pelo então comerciante e amante de viola caipira Gaze Abrão, apelidado de Rose. Nesse espaço, chamado pelo compositor João Pacífico de “quartel general dos violeiros”, passaram, ao longo dos anos, violeiros importantes como o próprio João Pacífico, Tião Carreiro e Pardinho, Almir Sater, Antonio Borba, Pena Branca e Xavantinho, Suzamar, Ronaldo Viola e João Carvalho, César e Paulinho, Mococa e Paraíso, Carreirinho, Amarai, Dino Franco e Morai, Sula Mazurega, Dalvan, Adalto Santos, entre outros. Em 1993, com a morte de Rose Abrão, o evento passou a ter o nome de Violeira Rose Abrão, em homenagem ao, segundo Tião Carreiro, “padrinho dos violeiros”. O evento é conhecido por manter e incentivar a essência da cultura e da música caipira, além de revelar novos nomes para esse ramo da música. Desde a sua criação, A Violeira revelou nomes como Rionegro & Solimões, Zé Henrique & Gabriel, Durval & Davi, Zé do Cedro & João do Pinho, Gedeão da Viola, Edmauro e Edivaldo (Violeiros da Amazônia), Itamaracá, entre outros. No evento, é realizado um concurso entre duplas, que precisam seguir os pré-requisitos estabelecidos pela organização, como, por exemplo, a obrigatoriedade da apresentação com uma viola de 10 cordas e canções inéditas. Embora o tema seja livre, as canções apresentadas buscam, a cada nova edição, manter suas bases, com palavras e vocabulário usados tão somente entre pessoas que vivem a verdadeira música raiz. A cada edição da Violeira, cerca de 250 canções novas são inscritas para a apreciação da comissão organizadora, que é liderada, desde a sua terceira edição, por Wilson Garcia (Bezerrão). As duas primeiras edições foram organizadas por Alaor de Ávila.