
Escola de samba fundada a 24 de junho de 1946, tem na sua bandeira as cores vermelha e branca. Sua sede localiza-se na Avenida do Contorno, 16, no bairro do Barreto, em Niterói.
A escola foi 18 vezes campeã nos desfiles desta cidade.
No ano de 1986, apresentou-se no carnaval da Cidade do Rio de Janeiro, desfilando pelo Grupo 4, sem concorrer.
A partir de 1987, começou a participar do concurso.
Em 1990, desfilou no Grupo 1, passando para o Grupo Especial.
Em dezembro de 1993, Joãosinho Trinta, vislumbrando uma lenda mato-grossente como enredo para o carnaval do ano seguinte, levou 130 componentes da escola, entre ritmistas e passistas, para o Pantanal, onde desceram o rio Cuiabá, fantasiados e tocando bateria.
Em 1994, com o enredo “Tereza Benguela – uma rainha negra no Pantanal”, a escola conseguiu a terceira colocação no Grupo Especial.
Em 1997, foi convidada para se apresentar no Principado de Mônaco.
Suas principais colocações, segundo Hiram Araújo, no livro “Carnaval – seis mil anos de história”, foram:
1990: primeiro lugar no Grupo 1 com o enredo “Só vale o que está escrito”;
1991: quarto lugar no Grupo Especial com o enredo “Bravo – Bravíssimo – Dercy, o retrato de um povo”;
1992: nono lugar no Grupo Especial com o enredo “… E a magia da sorte chegou”;
1993: sétimo lugar no Grupo Especial com o enredo “Amor, sublime amor”;
1994: terceiro lugar no Grupo Especial com o enredo “Tereza Benguela – A rainha negra no pantanal”;
1995: oitavo lugar no Grupo Especial com o enredo “O rei e os três espantos de Debret”;
1996: décimo terceiro lugar no Grupo Especial com o enredo “Aquarela do Brasil, ano 2000”;
1997: primeiro lugar no Grupo Especial com o enredo de Joãosinho Trinta, “Trevas! Luz! A explosão do universo”; 1998: quinto lugar no Grupo Especial com o enredo “Orfeu, o negro do carnaval”; 1999: terceiro lugar no Grupo Especial com o enredo “Anita Garibaldi – Heroína das sete magias”; 2000: terceiro lugar no Grupo Especial com o enredo “Brasil, visões de paraísos e infernos”; 2001: quinto lugar no Grupo Especial com o enredo “Os sete pecados capitais”. No ano de 2002 desfilou com o samba-enredo “Viradouro, Vira-mundo, Rei do mundo” de autoria de Gilberto Gomes, Dadinho, R. Mocotó, Gustavo e P.C. Portugal, tendo como puxador oficial da escola o cantor Dominguinhos do Estácio. Com esse samba-enredo a escola classificou-se em 5º lugar no Grupo Especial.
No ano de 2003, com o enredo em homenagem à atriz e cantora Bibi Ferreira, desfilou com o samba-enredo “A Viradouro canta e conta Bibi – Uma homenagem ao teatro brasileiro” de Gustavo, Gilberto Gomes, Heraldo Farias e Gerson. Neste mesmo ano, ao lado da Portela, Império Serrano e Tradição, foi uma das Escolas de Samba que optou em comemorar o 20º aniversário do Sambódromo, quando foi construída a “Passarela do Samba”, levando para a avenida sambas-enredo anteriores a 1984. A Viradouro adotou o enredo “Pediu pra Pará, parou… Com a Viradouro eu vou pro Círio de Nazaré” e escolheu o samba-enredo “A Festa do Círio de Nazaré”, sobre a festa religiosa em Belém do Pará. O samba-enredo, de autoria de Dario Marciano, Nilo Mendes (Esmera) e Aderbal Moreira, foi apresentado no ano de 1975 pela ex-Unidos de São Carlos, atual Estácio de Sá, sendo puxado por Dominguinhos do Estácio, classificando a escola em 4º lugar no Grupo Especial.
Em 2005 desfilou com o samba-enredo “A Viradouro é só sorriso!”, de Gustavo, Gilberto Gomes, P.C. Portugal, José Antônio e Dominguinhos do Estácio, tendo como puxador Dominguinhos do Estácio, classificando-se em oitavo lugar no Grupo Especial.
A escola, junto à Doutora Manuela, desenvolve um trabalho social prestando assistência ondontológica à comunidade carente do bairro Barreto e ainda às comunidades dos bairros adjacentes.
No ano de 2006, com o samba-enredo “Arquitetando Folias”, de Waldeir Melodia, Dadinho, Evaldo, Tamiro e Peralta, puxado por Dominguinhos do Estácio, classificou-se em 3º lugar.
Em 2007, no Grupo Especial, classificou-se em 5º lugar com o samba-enredo “A Viradouro vira o jogo”, de Gusttavo Clarão, Gilberto Gomes, Nando, Pablo e PC Portugal.
No ano de 2008, com enredo criado pelo carnavalesco Paulo Barros, a escola classificou-se em 7º lugar no Grupo Especial com o samba-enredo “É de arrepiar”, de Paulo César Portugal, Evaldo, Tamiro e Lima de Andrade, interpretado por Nêgo.
Em 2009 a escola classificou-se em 8º lugar no Grupo Especial com a seguinte formação: presidente Marco Lira; diretor de carnaval Júnior Shall; carnavalesco Milton Cunha; mestre de bateria Ciça; rainha de bateria Juliane Almeida; mestre sala Robson; porta bandeira Ana Paula; comissão de frente Sérgio Lobato; enredo “Vira-Bahia, pura energia!”; autors do samba enredo Heraldo Faria, Flavinho Machado, Edu Velocci, Raphael Richaid e Floriano do Caranguejo; intérprete David do Pandeiro. No ano de 2010 a escola classificou-se em 12º lugar no Grupo Especial, com o samba-enredo “México, o paraíso das cores sob o signo do sol”, de Floriano, Gustavo da Marbela e Sacadura Cabral, puxado pleo intérprete Wander Pires. Por sua colocação a escola foi rebaixada para o Grupo de Acesso A.
No ano de 2011 a escola classificou-se em segundo lugar no Grupo de Acesso A.
No ano de 2015, tendo como presidente Carlos Gistavo Coutinho; carnavalesco João Vitor Araújo; autor do Enredo Silvio José Albuquerque e Silva; autor da Sinopse do Enredo Milton Cunha; Mestre-Sala e Porta-Bandeira Marlon Flores e Alessandra Chagas; diretores de bateria Pedro Magrão, Heros Leonardo, Vini Lemos, Thiago’z, Gabriel Policarpo e Thalita Santos, a escola desfilou com o samba-enredo “Nas veias do Brasil, é a Viradouro em um dia de graça!”, de Luiz Carlos da Vila, com adaptação de dois sambas (“Nas veias do Brasil” e “Por um dia de graça”) do autor (já falecido na ocasião) feita por Gusttavo Clarão, contando como intérprete oficial Zé Paulo Sierra, auxiliado por Edinho Borges, Matheus Gaúcho, Pitty de Menezes, a agremiação classificou-se em 12º lugar, sendo rebaixada para o Grupo de Acesso Série A, no desfile do ano posterior.
No ano de 2018 a Escola sagrou- se a campeã do Grupo de Acesso A, tendo como carnavalesco Edson Pereira (que no ano posterior comandará o carnaval da Unidos de Vila Isabel). A Escola desfilou no Grupo Especial no ano de 2019, comandada pelo carnavalesco Paulo Barros, fato decidido em reunião com Marcelinho Calil, presidente executivo da escola; Marcelo Calil Petrus, presidente de honra e o artista. O desfile teve como samba-enredo “ViraViradouro”, da autoria de Renan Gêmeo, Bebeto Maneiro, Thiago Carvalhal, Ludson Areia, Júnior Filhão, Raphael Richaid, Ricardo Neves, Carlinhos Viradouro e Rodrigo Gêmeo, interpretado por Zé Paulo Sierra, tornando-se a vice-campeã do carnaval carioca no desfile no Grupo Especial.
No ano de 2020 a escola desfilou com o samba-enredo “Viradouro de Alma Lavada”, tendo como autores Cláudio Russo, Paulo César Feital, Diego Nicolau, Júlio Alves, Dadinho, Rildo Seixas, Manolo, Anderson Lemos e Carlinhos Fionda, interpretado por Zé Paulo Sierra, tornando-se a campeã do carnaval carioca no desfile do Grupo Especial, tendo como presidente Marcelo Calil Petrus Filho; direção de carnaval de Alex Fab e Dudu Falcão; carnavalesco Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon; mestre de bateria Ciça; rainha de bateria Raissa Machado; mestre-sala e porta-bandeira Julinho e Rute e comissão de frente organizada por Alex Neoral.
Em 2021, a mesma equipe de carnavalescos do ano anterior desenvolveu o enredo “Não Há Tristeza que Possa Suportar Tanta Alegria”. O samba teve a autoria de Ademir Ribeiro, Devid Gonçalves, Fábio Borges, Felipe Filosofo, Lucas Marques e Porkinho. Inspirado no livro “O Carnaval da Guerra e da Gripe”, de Ruy Castro, o enredo fala sobre o carnaval carioca de 1919, que celebrou o fim da pandemia da gripe espanhola. Com a pandemia de COVID-19 o desfile das escolas de samba de 2021 foi cancelado.
Em 2022, por conta da disseminação da Ômicron, nova variante do vírus de COVID-19, o desfile foi transferido para o mês de abril, durante o feriado de Tirandentes. A Viradouro foi a quinta escola a desfilar na primeira noite do Grupo Especial e conquistou o terceiro lugar, se classificando para o desfile das campeãs. A escola também foi premiada com o Estandarte de Ouro de inovação pelo formato de cata na letra do samba enredo. Após o desfile, a Viradouro promoveu mudanças na equipe e trocou os coreógrafos da comissão de frente, contratando Priscilla Mota e Rodrigo Negri, anteriormente na Mangueira. O carnavalesco Marcus Ferreira também saiu da agremiação, mas o carnavalesco Tarcísio Zanon permaneceu.
Em 2023, foi a última escola a desfilar no segundo dia do Grupo Especial de 2023 com o samba enredo “Rosa Maria Egipcíaca”, de Bertolo, Claudio Mattos, Dan Passos, Deco, Jefferson Oliveira, Lucas Neves, Luis Anderson, Marco Moreno, Thiago Meiners, Valtinho Botafogo e Victor Rangel. O enredo foi sobre Rosa Maria Egipsíaca, ou Rosa Courana, a primeira mulher negra a escrever um livro no Brasil, no século XVIII. A escola conseguiu o vice-campeonato.
No ano de 2024, tendo como Presidentes de Honra José Carlos Monassa (in memoriam) e Marcelo Calil Petrus, e como Presidente Hélio Nunes, a Escola levou para a avenida o samba-enredo “Arroboboi, Dangbé”, de Cláudio Mattos, Cláudio Russo, Júlio Alves, Thiago Meiners, Manolo, Anderson Lemos, Vinicius Xavier, Celino Dias, Bertolo e Marco Moreno, tendo como intérprete Wander Pires; como Carnavalesco Tarcísio Zanon e Diretores de Carnaval a dupla Alex Fab e Dudu Falcão. Também fizeram parte do desfile o Mestre de Bateria Ciça, a Rainha de Bateria Erika Januza, o Mestre-Sala e a Porta-Bandeira Julinho e Rute, tendo como criadores da Comissão de Frente a dupla Rodrigo Negri e Priscilla Mota. A escolha do enredo se deu sobre a mitologia dos povos da Costa da Mina, originários do Golfo da Guiné, país da África Ocidental. Neste ano, de 2024, a Escola ganhou o título de primeiro lugar no desfile do Grupo Especial na Marquês de Sapucaí, sendo esse o seu terceiro título no Carnaval Carioca.
No ano de 2025 a Escola classificou-se em 4º lugar do Grupo Especial no desfile da Marquês de Sapucaí.
BIBLIOGRAFIA CRÍTICA:
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.