
Fundada a 1 de outubro de 1984, tem as cores azul, branca, prata e ouro. Sua sede fica situada à Estrada Intendente Magalhães, número 160, no bairro de Campinho.
Surgiu de um movimento de dissidência da Portela. Seus fundadores são: Paulo César Pinheiro, João Nogueira, Nésio Nascimento (filho de Natal da Portela), Léa Odiléia, Tureca, Mazinho e Vilma da Portela, uma das maiores porta-bandeiras de todos os tempos.
O motivo da dissidência vincula-se à eliminação de sete alas da Portela. Mais tarde, outras pessoas, entre diretores e componentes importantes da escola de Madureira, incorporaram-se à nova Escola, dentre eles Paulo Tavares, Mauro Tinoco, Sérgio Aiub, José Nelson Carrozzino, César Augusto Ferreira, Vera Lúcia Corrêa, Jorge Paes Leme e Carlos Carmezim, assim como Tia Vicentina (irmã de Natal da Portela), Marlene (filha de Nozinho) e Vilma Nascimento, a famosa porta-bandeira.
O Departamento de Carnaval foi entregue à carnavalesca Maria Augusta, que sugeriu que se reunisse um grupo de artistas plásticos para fazer o carnaval da escola.
Desfilou inicialmente no Grupo 4, chegando ao desfile principal. Os carnavalescos escolhidos, e que participaram em conjunto até 1988, foram Rosa Magalhães, Lícia Lacerda, Paulino Espírito Santo, Edmundo Braga, Viriato Ferreira e Maria Augusta, tendo como assistente o mineiro João Rosendo. Nésio convidou vários compositores para compor o samba-enredo da escola, mas os únicos que aceitaram foram João Nogueira e Paulo César Pinheiro, que, em 1984, tinham um samba já gravado chamado “Xingu”, que acabou escolhido para ser o tema-enredo.
De acordo com o livro “Carnaval – Seis Mil anos de História”, de autoria de Hiram Araújo, a escola ficou sem ala dos compositores até o carnaval de 1989, sendo, então, os dois compositores (João Nogueira e Paulo César Pinheiro) os responsáveis pelas produções musicais.
Em 1990, foi criada a Ala dos Compositores.
Em 1998, o presidente foi Nézio Nascimento.
Seus anos de desfile, suas colocações nos grupos e seus enredos foram os seguintes:
1985, primeiro lugar no Grupo 2B com o enredo “Pássaro Guerreiro, Xingu”;
1986, primeiro lugar no Grupo 2B com o enredo “Rei Senhor, Rei Zumbi, Rei Nagô, Eu Também Tô Aí, Tô Aí, Sim Sinhô”;
1987, segundo lugar no Grupo 1B com o enredo “Sonhos de Natal”;
1988, oitavo lugar no Grupo 1A com o enredo “O Melhor da Raça, O Melhor do Carnaval”;
1989, 16º lugar no Grupo 1A com o enredo “Rio, Samba, Amor e Tradição”;
1990, quarto lugar no Grupo 1 com o enredo “A Coroação”;
1991, primeiro lugar no Grupo 1 com o enredo “De Geração a Geração nas Asas da Tradição”;
1992, 14º lugar no Grupo Especial com o enredo “O Espetáculo Maior… As Flores”;
1993, primeiro lugar no Grupo 1 com o enredo “Não me Leve a Mal, Hoje é Carnaval”;
1994, sexto lugar no Grupo Especial com o enredo “Passarinho, Passarola, Quero Ver Voar”;
1995, 13º lugar no Grupo Especial com o enredo “Gira Roda, Roda Gira”;
1996, 16º lugar no Grupo Especial com o enredo “Do Barril ao Brasil”;
1997, primeiro lugar no Grupo 1 com o enredo “Balangandãs”;
1998, 11º lugar no Grupo Especial com o enredo “Viagem Fantástica ao Pulmão do Mundo”;
1999, 12º lugar com o enredo “Nos braços da História. Jacarepaguá, Quatro Séculos de Glórias”;
2000, 12º lugar no Grupo Especial com o enredo “Liberdade! Sou Negro, Raça e Tradição”;
Em 2001 desfilou no Grupo Especial com o enredo “O Homem do Baú – Hoje é Domingo, é Alegria. Vamos Sorrir e Cantar”, uma homenagem ao comunicador carioca Sílvio Santos.
No ano de 2002, desfilou com o samba-enredo “Os encantos da costa do sol” de autoria de Lourenço e Adalto Magalha, puxado na avenida por Celino Dias e classificando-se em 13º lugar no desfile do Grupo Especial.
No ano de 2003 desfilou com o samba-enredo “O Brasil é penta, R é 9 – o fenômeno iluminado” de Lourenço e Adalto Magalha.
Em 2004, ao lado da Portela, Império Serrano e Viradouro, foi uma das Escolas de Samba que optou em comemorar o 20º aniversário do Sambódromo, quando foi construída a “Passarela do Samba”, levando para a avenida sambas-enredo anteriores a 1984. A Tradição decidiu homenagear a Portela e escolheu o samba-enredo “Contos de areia”, de autoria de Dedé da Portela e Norival Reis. Para a gravação no disco oficial da LIESA, a escola convidou Alcione. A escola classificou-se em 12º lugar no Grupo Especial.
Em 2005 desfilou com o samba-enredo “De sol a sol, de sol a soja… um negócio da China!”, de Tonho, Lu Gama e Nascimento, tendo como intérprete Preto Jóia, classificando-se em 14º lugar no Grupo Especial, sendo rebaixada para o Grupo de Acesso A .
No ano de 2006, tendo como presidente Nésio Nascimento, desfilou no Grupo de Acesso como samba-enredo “Bahia de Todos os Deuses”, de Bala e Manuel Rosa, tendo como puxador Igor Vianna.
No ano de 2007 desfilou com o enredo “Passarinho, Passarola quero ver voar”, do carnavalesco Orlando Júnior, classificando-se em nono lugar do Grupo de Acesso A.
Em 2008 classificou-se em sétimo lugar no Grupo de Acesso B com o enredo “Isto Sim é a Tradição!”, do carnavalesco Orlando Júnior.
No ano de 2009, comandada por uma comissão de carnaval, desfilou com o enredo “Saquarema, Princesinha da Costa do Sol. De Capital do Surfe à Casa do Vôlei”, classificando-se em nono lugar no Grupo de Acesso B.
Em 2010 desfilou com o enredo “Rei Sinhô, Rei Zumbi, Rei Nagô – Eu também tô aí, tô aí sim sinhô”, do carnavalesco Sandro Gomes, classificando-se em sétimo lugar no Grupo de Acesso B.
No ano de 2011 com o enredo “Juazeiro do Norte, terra de oração e trabalho. 100 anos de Fé, Poder e Tradição”, do carnavalesco Augusto de Oliveira, classificou-se em sétimo lugar no Grupo de Acesso B.
No ano de 2025 a Escola classificou-se em décimo segundo lugar na Série Ouro, no desfile do Carnaval carioca na Marquês de Sapucaí.
BIBLIOGRAFIA CRÍTICA:
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. EAS Editora, 2014.