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Termo
Bloco Afro Ylê de Egbá
Dados Históricos e Descrição

Fundada em 17 de agosto de 1986 no bairro Alto José do Pinho, Zona Norte do Recife, a Entidade de Cultura Negra Afoxé Ylê de Egbá é oriunda do centro de Candomblé Ilê-Axé Ayra Dôcy, tendo como presidente da agremiação Expedito de Paula Neves (Babalaô), mais conhecido como Dito D’Oxossi. O Ylê de Egbá é formado por vários segmentos que cuidam de sua organização, entre eles o Afoxé, grupo de ritmistas, cantores e compositores responsável pela parte musical da entidade. O Afoxé mescla o toque do “Ijexá” (ritmo afro) a vários outros ritmos das nações yorubás que vieram para o Brasil, resultando arranjos e músicas com interessantes variações rítmicas, dando um “toque” singular à batida do grupo através de xequerês, atabaques, ganzás e agogôs, entre outros instrumentos específicos dessas nações negras. Foi o primeiro afoxé pernambucano a participar da tradicional “Noite dos Tambores Silenciosos”, encontro de maracatus-nação que ocorre no carnaval recifiense. Outros segmentos do Ylê de Egbá são o Imalê, grupo formado por ogans alabês (percussionistas de terreiro); o Egbe de Xangô, Sociedade dos Filhos de Xangô (Orixá que representa a Entidade) e o Imalê Mirim, a Ala infantil do afoxé. Destaca-se também a importância do Ilê Axé, templo religioso no qual acontecem todos os ritos ligados à religião negra. A entidade também desenvolve várias atividades comunitárias, educacionais e de preservação da cultura negra, participando de eventos como o “IV Congresso Afro-brasileiro” ou da “Campanha dos 300 Anos de Zumbi dos Palmares”.

BIBLIOGRAFIA CRÍTICA:

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Edição: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006, RJ.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008.