Segundo o pesquisador Hiram Araújo, no livro “Carnaval – seis milênios de história”, o carnaval carioca teve seus desfiles em diversas ruas e avenidas da cidade, isto devido ao aumento do número de escolas para o evento, além do crescente número de componentes das agremiações. Certas ruas e avenidas já não supriam a necessidade do desfile, estes por sinal, foram ficando cada vez mais profissionais em termos de espetáculo, chegando enfim, ao ponto da cobrança de ingresso. As principais escolas de samba sempre se apresentaram no primeiro grupo, ainda que este grupo fosse mudando de nome no decorrer das décadas: Grupo I, Grupo 1-A e Grupo Especial.
Em 1932 e 1933 os desfiles das escolas de samba aconteceram na Praça Onze e percorriam no sentido da Senador Euzébio, passando pela Marquês de Pombal e chegando à Rua Visconde de Itaúna.
No ano de 1934 o desfile aconteceu no Campo de Santana em homenagem ao Prefeito Pedro Ernesto.
De 1935 a 1944 a competição retornou à Praça Onze.
Do ano de 1943 a 1945 o desfile se deu no obelisco do final da Avenida Rio Branco.
Entre os anos de 1946 e 1950 a competição passou a ser apresentada na Avenida Presidente Vargas, em frente à Escola Rivadávia Correa. Contudo, os anos de 1949 e 1950 aconteceram dois desfiles, o desfile considerado oficial era realizado na Avenida Presidente Vargas, e o outro, considerado extraoficial, realizado na Praça Onze.
Em 1952 a Federação das Escolas de Samba e a União Geral das Escolas de Samba fundiram-se e criaram a Associação das Escolas de Samba, voltando os desfiles para a Avenida Presidente Vargas, onde foi criado um tablado de sessenta metros de comprimento por um metro de altura para a apresentação das escolas. Porém, neste ano, o Grupo I (no qual desfilavam as principais escolas) não apresentou-se devido ao temporal.
Do ano de 1953 a 1956 as escolas apresentaram-se no tablado, na Avenida Presidente Vargas.
Em 1957 as escolas do Grupo I voltaram a desfilar na Avenida Rio Branco, o que durou até o ano de 1962.
Entre os anos de 1963 e 1973 as escolas desfilaram na Candelária (final da Avenida Presidente Vargas).
De acordo com Ricardo Cravo Albin:
“Em 1965, quando da celebração dos 400 anos do Rio, todas as escolas desfilaram com enredos de tema único, “O Rio Quatrocentão”, quando tudo era controlado pela Secretaria Municipal de Turismo e não havia Grupo Especial, muito menos duas noites de desfile”.
No ano de 1968 Ricardo Cravo Albin com o auxílio de Lígia Santos (filha do pioneiro Donga) decidiram lançar o primeiro disco com os sambas enredos das escolas que desfiram naquele ano. A escritora Cecília Costa, na biografia “Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som”, define esta data emblemática no trecho:
“O jovem que se escondia por detrás dos óculos de hastes pretas, envergando ternos escuros e trabalhando com afinco e seriedade, no exercício de suas funções públicas, além de música, adorava carnaval. Tanto que resolveu criar no MIS (Museu da Imagem e do Som) o Museu do Carnaval, com o auxílio de Lígia Santos, o que o aproximaria ainda mais de Cartola e também de Silas de Oliveira. Ele e Lígia decidiriam gravar os sambas das escolas, tendo produzido conjuntamente em 1968 um disco que se tornaria histórico, denominado de ‘As dez grandes escolas cantam para a posteridade seus sambas-enredo de 1968’. Ali foram registradas pela primeira vez as vozes de Martinho da Vila, Silas de Oliveira, Darcy da Mangueira, entre outros grandes sambistas. No ano seguinte, a Tapecar assumiria as gravações destes bambas das escolas de samba. Este primeiro disco com as dez mais viraria mania de colecionador e, nos anos 90, com o apogeu das escolas, a criação do Sambódromo e da Apoteose, seria convertido de LP para CD.”
Nos anos de 1974 e 1975 os desfiles passaram para a Avenida Presidente Antônio Carlos, sentido Praça XV – Avenida Beira-Mar.
Em 1976 as escolas apresentaram no Mangue (próximo à Avenida Presidente Vargas). No ano seguinte desfilaram na Avenida Presidente Vargas, sentido Campo de Santana e Rua Machado Coelho.
No ano de 1978 as escolas do Grupo I (grupo principal) desfilaram pela primeira vez na Avenida Marquês de Sapucaí.
Em 1979 o designação das principais escolas mudou para Grupo 1- A. As principais escolas desfilaram na Marquês de Sapucaí até o ano de 1983.
Em 03 de março de 1984 foi inaugurado o Sambódromo. A primeira comissão julgadora, segundo o pesquisador de carnaval Hiram Araújo, foi composta por Milton Rodrigues, Bené Nunes, Ricardo Cravo Albin, Ronaldo Miranda, Geraldo de Mello Mourão, Fátima Guedes, Eloísa Vasconcelos, Arnaldo Nesi, Tatiana Memória, Marina Massari, João Antônio, Caribé da Rocha, Maria L. Noronha, Lena Frias, Antônio Faro, Irene Orazen, L. Figueiredo, Rubens Breitman, Guilherme Araújo e Antônio Austregésilo de Athayde.
No ano de 1987 a designação para as principais escolas voltou a ser Grupo 1.
Em 1990 as principais escolas passaram a desfilar no Grupo Especial, o que perdurou até o ano de 2012.
De 1932 a 2015 as campeãs e os enredos foram:
Concursos extraoficiais:
1932: G. R. E. S. Estação Primeira de Mangueira “A floresta”;
1933: G. R. E. S. Estação Primeira de Mangueira “Uma segunda-feira no Bonfim da Bahia”;
1934: Não houve concurso;
Concursos oficiais:
1935: Vai Como Pode “O samba dominando o mundo”;
1936: G. R. E. S. Unidos da Tijuca “Sonhos delirantes”;
1937: Vizinha Faladeira “Uma só bandeira”;
1938: Não houve concurso devido ao mau tempo;
1939: G. R. E. S. Portela “Festa do samba”;
1940: G. R. E. S. Estação Primeira de Mangueira “Prantos pretos e poetas”;
1941: G. R. E. S. Portela “Dez anos de glórias”;
1942: G. R. E. S. Portela “A vida do samba”;
1943: G. R. E. S. Portela “Carnaval de guerra”;
1944: G. R. E. S. Portela “Brasil glorioso”;
1945: G. R. E. S. Portela “Motivos patrióticos”;
1946: G. R. E. S. Portela “Alvorada do Novo Mundo”;
1947: G. R. E. S. Portela “Honra ao mérito”;
1948: G. R. E. S. Império Serrano “Castro Alves”;
1949: G. R. E. S. Império Serrano “Tiradentes”;
1949: Desfile Extraoficial: G. R. E. S. Estação Primeira de Mangueira “Apoteose ao mestre”;
1950: G. R. E. S. Império Serrano 61 anos de República;
1950: Desfile Extraoficial: G. R. E. S. Estação Primeira de Mangueira “Saúde, lavoura, transporte, educação”;
1951: G. R. E. S. Império Serrano “Batalha naval”;
1951: Desfile Extraoficial: Portela “A volta do filho pródigo”;
1952: Não houve concurso;
1953: G. R. E. S. Portela “Seis datas magnas”;
1954: G. R. E. S. Estação Primeira de Mangueira “Rio através dos séculos”;
1955: G. R. E. S. Império Serrano “Exaltação a Caxias”;
1956: G. R. E. S. Império Serrano “Caçador de esmeraldas”;
1957: G. R. E. S. Portela “Legados de D. João VI;
1958: G. R. E. S. Portela “Vultos e efemérides do Brasil”;
1959: G. R. E. S. Portela “Brasil, Panteon de glórias”;
1960: G. R. E. S. Império Serrano “Medalhas e brasões”; Portela “Rio cidade eterna”; G. R. E. S. Estação Primeira de Mangueira “Carnaval de todos os tempos”; G. R. E. S. Acadêmicos do Salgueiro “Quilombos dos palmares” e G. R. E. S. Unidos da Capela “Produtos e costumes de nossa terra”;
1961: G. R. E. S. Estação Primeira de Mangueira “Reminiscência do Rio Antigo”;
1962: G. R. E. S. Portela “Rugendas”;
1963: G. R. E. S. Acadêmicos do Salgueiro “Chica da Silva”;
1964: G. R. E. S. Portela “O segundo casamento de D. Pedro II”;
1965: G. R. E. S. Acadêmicos do Salgueiro “História do carnaval carioca”;
1966: G. R. E. S. Portela “Memórias de um sargento de Milícias”;
1967: G. R. E. S. Estação Primeira de Mangueira “O mundo encantado de Monteiro Lobato”;
1968: G. R. E. S. Estação Primeira de Mangueira “Samba, festa de um povo”;
1969: G. R. E. S. Acadêmicos do Salgueiro “Bahia de Todos os Deuses”;
1970: G. R. E. S. Portela “Lendas e mistérios da Amazônia”;
1971: G. R. E. S. Acadêmicos do Salgueiro “Festa de um rei negro”;
1972: G. R. E. S. Império Serrano “Alô, alô, taí Carmem Miranda”;
1973: G. R. E. S. Estação Primeira de Mangueira “Lendas do Abaeté”;
1974: G. R. E. S. Acadêmicos do Salgueiro “Rei da França na Ilha da Assombração”;
1975: G. R. E. S. Acadêmicos do Salgueiro “O segredo das Minas do Rei Salomão”;
1976: G. R. E. S. Beija-Flor “Sonhar com o Rei dá Leão”;
1977: G. R. E. S. Beija-Flor “Vovó no reino da Saturnália na Corte Egipciana”;
1978: G. R. E. S. Beija-Flor “A criação do mundo na tradição nagô”;
1979: G. R. E. S. Mocidade Independente de Padre Miguel “O descobrimento do Brasil”;
1980: G. R. E. S. Imperatriz Leopoldinense “O que a Bahia tem?”; G. R. E. S. Portela “Hoje tem marmelada” e G. R. E. S. Beija-Flor “O sol da meia-noite, uma viagem ao País das Maravilhas”;
1981: G. R. E. S. Imperatriz Leopoldinense “O teu cabelo não nega”;
1982: G. R. E. S. Império Serrano “Bum-bum paticumbum prugurundum”;
1983: G. R. E. S. Beija-Flor “A grande constelação das estrelas negras”;
1984: G. R. E. S. Estação Primeira de Mangueira “Yés, nós temos Braguinha” e G. R. E. S. Portela “Contos de areia”;
1985: G. R. E. S. Mocidade Independente de Padre Miguel “Ziriguidum 2001, carnaval nas estrelas”;
1986: G. R. E. S. Estação Primeira de Mangueira “Caymmi mostra ao mundo o que que a Bahia e a Mangueira têm”;
1987: G. R. E. S. Estação Primeira de Mangueira “No Reino das Palavras, Carlos Drummond de Andrade”;
1988: G. R. E. S. Unidos de Vila Isabel “Kizomba, festa da raça”;
1989: G. R. E. S. Imperatriz Leopoldinense “Liberdade, liberdade, abre alas sobre nós”;
1990: G. R. E. S. Mocidade Independente de Padre Miguel “Vira, virou, a Mocidade chegou”;
1991: G. R. E. S. Mocidade Independente de Padre Miguel “Chuê… Chuá… As águas vão rolar”;
1992: G. R. E. S. Estácio de Sá “Pauliceia desvairada – 70 anos de Modernismo”;
1993: G. R. E. S. Acadêmicos do Salgueiro “Peguei um Ita no Norte”;
1994: G. R. E. S. Imperatriz Leopoldinense “Catarina de Médicis na Corte dos Tupinambás e Tabajères”;
1995: G. R. E. S. Imperatriz Leopoldinense “Mais vale um jeque que me carregue, que um camelo que me derrube… Lá no Ceará”;
1996: G. R. E. S. Mocidade Independente de Padre Miguel “Criador e criatura”;
1997: G. R. E. S. Unidos do Viradouro “Trevas! Luz! A explosão do universo”;
1998: Ano atípico, no qual duas escolas sagraram-se campeãs: o G. R. E. S. Estação Primeira de Mangueira com o enredo “Chico Buarque da Mangueira” e o G.R.E.S. Beija-Flor com o enredo “O mundo místico dos caruanas na águas do Patu Anu”, com a inovação de apresentar não apenas um carnavalesco, mas um conjunto de quatro responsáveis, formadores da Comissão de Carnaval da escola.
1999: G. R. E. S. Imperatriz Leopoldinense “Brasil, mostra a tua cara em… Theatrum Rerum Naturalium Brasilae”;
2000: G. R. E. S. Imperatriz Leopoldinense “Quem descobriu o Brasil foi Seu Cabral, no dia 22 de abril, dois meses depois do carnaval”;
2001: G. R. E. S. Imperatriz Leopoldinense “Cana-caiana, cana roxa, cana fita, cana-preta, amarela, Pernambuco… Quero vê descê o suco, na pancada do ganzá”;
2002: G. R. E. S. Estação Primeira de Mangueira “Brazil com “Z” é pra cabra da peste. Brasil com “S” é Nação do Nordeste”;
2003: G. R. E. S. Beija-Flor “O povo conta a sua história: saco vazio não para em pé. A mão que faz a guerra faz a paz”;
2004: G. R. E. S. Beija-Flor “Manôa – Manaus – Amazônia – Terra Santa… Que alimenta o corpo, equilibra a alma e transmite a paz”;
2005: G. R. E. S. Beija-Flor “O vento corta as terras dos pampas. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Guarani. Sete povos na fé e na dor… Sete missões de amor”;
2006: G. R. E. S. Vila Isabel “Soy loco por ti, América – A Vila canta a latinidade”;
2007: G. R. E. S. Beija-Flor “Áfricas: do berço real à corte brasiliana”;
Em 9 de setembro de 2007 o IPHAN conferiu registro oficial, no Livro de Registro das Formas de Expressão, às matrizes do samba do Rio de Janeiro: samba de terreiro, partido-alto e samba-enredo. O pedido partiu do Centro Cultural Cartola, teve apoio da Associação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro e da LIESA (Liga Independente das Escolas de Samba).
2008: G. R. E. S. Beija-Flor “Macapaba: equinócio solar, viagens fantásticas do meio do mundo”.
Segundo o pesquisador Euclides Amaral:
“Em fevereiro de 2008, o então prefeito da cidade do Rio de Janeiro César Maia, fez publicar no Diário Oficial decreto lei que concedia aos desfiles das escolas de samba status de Patrimônio Cultural da Cidade. Anteriormente a prefeitura havia concedido tal título ao Bloco Carnavalesco Cordão da Bola Preta (fundado em 1918) e ao gênero musical Bossa Nova. Neste mesmo ano o Instituto Cultural Cravo Albin deu entrada no IPHAN com o pedido de tombamento da forma do desfile (o ato de desfilar) dos Grêmios Recreativos e Escolas de Samba como Bem Imaterial do Brasil”.
Em 2009 a Escola de Samba Acadêmico do Salgueiro sagrou-se a campeã do Grupo Especial com o enredo “Tambor”. No ano seguinte, em 2010, sob a batuta do carnavalesco Paulo Barros e com o samba-enredo “É segredo!”, de autoria dos compositores Alves, Toninho e Marcelinho Calil, a escola Unidos da Tijuca foi a campeã do Grupo Especial no carnaval carioca.
No ano de 2011 as escolas Acadêmicos do Grande Rio, Portela e União da Ilha do Governador tiveram os barracões destruídos por um grande incêndio ocorrido em fevereiro, na Cidade do Samba, poucas semanas antes do carnaval. Por decisão do Prefeito do Rio, Eduardo Paes, o secretário municipal de Turismo e presidente da Riotur, Antônio Pedro Figueira e a diretoria da LIESA em conjunto com os presidentes das Escolas de Samba do Grupo Especial, respaldadas pelo Instituto Cultural Cravo Albin nesse sentido, todas as três escolas prejudicadas desfilaram “hors concours”, isto é, sem a avaliação dos julgadores. Também ficou decidido que nenhuma agremiação seria rebaixada para o Grupo de Acesso A, de onde será promovida a campeã para o ano seguinte fazer a abertura do desfile de domingo, desfilando no Grupo Especial. A grande vencedora do carnaval deste ano foi a Beija-Flor. A escola desfilou com o samba-enredo “A Simplicidade de um Rei”, em homenagem ao cantor Roberto Carlos, de Samir Trindade, Serginho Aguiar, Jr. Beija-Flor, Sidney de Pilares, Jorginho Moreira, Théo M. Netto, Kleber do Sindicato e Marcelo Mourão, tendo como intérprete Neguinho da Beija-Flor, sagrando-se campeã do carnaval carioca.
No ano de 2012, conduzida pelo carnavalesco Paulo Barros, desfilando pelo Grupo Especial, a escola Unidos da Tijuca sagrou-se campeã do carnaval carioca, com o samba-enredo “O dia em que toda a realeza desembarcou na Avenida para coroar o Rei Luiz do Sertão”, de Vadinho, Josemar Manfredine, Jorge Callado e Silas Augusto.
Em 2013 o Grêmio Recreativo e Escola de Samba Unidos de Vila Isabel sagrou-se campeã do carnaval carioca com enredo de Rosa Magalhães intitulado “A Vila Canta o Brasil Celeiro do Mundo – Água no feijão que chegou mais um…” e samba-enredo composto por Martinho da Vila, Arlindo Cruz, André Diniz, Tunico da Vila e Leonel, tendo Tinga como intérprete. A escola ainda teve como Rainha de Bateria a apresentadora paulista Sabrina Sato, como Mestre Sala Julinho e Rute como Porta-Bandeira, além de Décio Bastos como Diretor de Harmonia e a dupla Paulinho e Wallan como Mestres de Bateria.
No ano de 2014 a escola Unidos da Tijuca, classificou-se em primeiro lugar, no Grupo Especial, desfilando com o samba-enredo “Acelera, Tijuca!”, de Caio Alves, Fadico, Gustavinho Oliveira e Tinguinha, tendo como intérprete Tinga. Destacamos também Fernando Costa (Diretor de Carnaval); Paulo Barros (Carnavalesco); Fernando Costa (Diretor de Harmonia); Casagrande (Mestre de Bateria); Juliana Alves (Rainha de Bateria); Julinho (Mestre-Sala); Rute (Porta-Bandeira) e Rodrigo Negri e Priscila Mota (Comissão de Frente).
No ano de 2015 o Grêmio Recreativo e Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis tornou-se a campeã do carnaval carioca, obtendo seu 13º título. Na ocasião, a agremiação desfilou com o samba-enredo “Um Griô Conta a História: Um Olhar Sobre a África e o Despontar da Guiné Equatorial Caminhemos Sobre a Trilha de Nossa Felicidade”, de J. Velloso, Samir Trindade, Jr. Beija-Flor, Marquinhos Beija-Flor, Gilberto Oliveira, Elson Ramires, Dílson Marimba, Silvio Romai, Junior Trindade e Ribeirinho, puxado na avenida por Neguinho da Beija-Flor, tendo como presidente Farid Abraão David; comissão de carnaval integrada por Laíla, Fran Sérgio, Ubiratan Silva, Victor Santos, André Cezari, Bianca Behrends e Claudio Russo, também autores do enredo e da sinopse; diretores de bateria Mestres Rodney Ferreira e Plínio de Morais, auxiliados por Anderson Miranda, Carlos Alberto, Adelino Vieira, Clóvis, Thiago, Michel, Xunei, Marlon e Rogério Pó de Mico; 1º Mestre-Sala Claudinho e 1ª Porta-Bandeira Selmynha Sorriso.
No ano de 2016 a G. R. E. S. Estação Primeira de Mangueira sagrou-se campeã do Grupo Especial desfilando com o samba-enredo “Maria Bethânia, a Menina dos Olhos de Oyá” de autoria de Alemão do Cavaco, Almyr, Cadu, Lacyr D Mangueira, Paulinho Bandolim e Renan Brandão, tendo como carnavalesco Leandro Vieira; diretor de carnaval Júnior Schall; diretor de harmonia Edson Goes; puxador do samba Ciganerey; mestres de bateria Rodrigo Explosão e Vitor Arte; rainha de bateria Evelin; mestre-sala Raphael; porta-bandeira Squel e comissão de frente de Júnior Scapin e ainda, Nélson Sargento como Presidente de Honra e Francisco de Carvalho como presidente da agremiação. Um dos destaques do desfile foi o carro “Abelha Rainha”, composto por 15 amigos da cantora, especialmente convidados por ela, entre os quais Ricardo Cravo Albin, Caetano Veloso, Paulinha Lavigne, Zélia Duncan, Bia Lessa, Mart’nália, Moacyr Luz, Renata Sorrah, Chico César, Vanessa da Matta, Ana Carolina e Regina Casé.
No ano de 2017 o G. R. E. S. Portela e a Mocidade Independente de Padre Miguel foram as campeãs do desfile do Grupo Especial. Na ocasião, a Portela desfilou com o samba-enredo “Foi um rio que passou em minha vida e meu coração se deixou levar”, de Samir Trindade, Elson Ramires, Neizinho do Cavaco, Paulo Lopita 77, Beto Rocha, Girão e J.Sales, tendo Paulo Barros como carnavalesco. A Mocidade desfilou com o samba-enredo “As Mil e Uma Noites de uma Mocidade pra lá de Marrakesh”, de Altay Veloso, Paulo César Feital, Zé Glória, J. Giovanni, Dadinho, Zé Paulo Sierra, Gustavo, Fábio Borges, André Baiacu e Thiago Meiners.
Em 2018 a Escola de Samba Beija-Flor sagrou-se campeã do Grupo Especial do carnaval carioca com a Comissão de Carnaval integrada por Laíla, Cid Carvalho Bianca Behrends, Victor Santos, Rodrigo Pacheco e Léo Mídia, apresentando na Marquês de Sapucaí o samba-enredo “Monstro é aquele que não sabe amar – Os filhos abandonados da pátria que os pariu”, tendo como compositores Di Menor BF, Kirazinho, Diogo Rosa, Julio Assis, Bakaninha, Diego Oliveira, JJ Santos, Manolo, Rafael Prates, puxado por Neguinho da Beija-Flor. A Escola apresentou um desfile marcado pela teatralização de boa parte das alas, substituindo o luxo pelo despojamento das roupas.
No ano de 2019 a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira sagrou-se a campeã do carnaval carioca no desfile do Grupo Especial, tendo como carnavalesco Leandro Vieira, apresentando no Sambódromo o samba-enredo “História para ninar gente grande”, dos compositores Deivid Domênico, Tomaz Miranda, Mama, Marcio Bola, Ronie Oliveira e Danilo Firmino, puxado na avenida por Marquinho Art’ Samba. Um dos destaques do desfile da escola foi a presença da cantora Alcione como Dandara dos Palmares, além de Leci Brandão representando a escrava Luíza Maria e a presença do compositor Nélson Sargento. O desfile também contou com a presença de Dona Suluca, aos 91 anos (Arlete da Silva Fialho – 1928 RJ, irmã do primeiro Mestre Sala, Delegado, 1921/2012 RJ), presidente de honra da Ala das Baianas. Este foi o 20º campeonato da escola, sendo o segundo na carreira do carnavalesco Leandro Vieira. A escola também foi a campeã de três premiações do “Estandarte de Ouro”, uma delas na categoria “Melhor Samba-Enredo”.
No ano de 2020 a Escola de Samba Viradouro tornou-se a campeã do carnaval carioca desfilando com o samba-enredo “Viradouro de Alma Lavada”, tendo como autores Cláudio Russo, Paulo César Feital, Diego Nicolau, Júlio Alves, Dadinho, Rildo Seixas, Manolo, Anderson Lemos e Carlinhos Fionda, interpretado por Zé Paulo Sierra, tornando-se a campeã do carnaval carioca no desfile do Grupo Especial, tendo como presidente Marcelo Calil Petrus Filho; direção de carnaval de Alex Fab e Dudu Falcão; carnavalesco Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon; mestre de bateria Ciça; rainha de bateria Raissa Machado; mestre-sala e porta-bandeira Julinho e Rute e comissão de frente organizada por Alex Neoral. Este foi o segundo (o primeiro foi em 2017) campeonato conquistado no Grupo Especial pela Escola de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro.
No ano de 2024 o G. R. E. S. UNIDOS DO VIRADOURO ganhou o título de primeiro lugar no desfile do Grupo Especial na Marquês de Sapucaí, sendo esse o seu terceiro título no Carnaval Carioca. Na ocasião, tendo como Presidentes de Honra José Carlos Monassa (in memoriam) e Marcelo Calil Petrus, e como Presidente Hélio Nunes, a Escola levou para a avenida o samba-enredo “Arroboboi, Dangbé”, de Cláudio Mattos, Cláudio Russo, Júlio Alves, Thiago Meiners, Manolo, Anderson Lemos, Vinicius Xavier, Celino Dias, Bertolo e Marco Moreno, tendo como intérprete Wander Pires; como Carnavalesco Tarcísio Zanon e Diretores de Carnaval a dupla Alex Fab e Dudu Falcão. Também fizeram parte do desfile o Mestre de Bateria Ciça, a Rainha de Bateria Erika Januza, o Mestre-Sala e a Porta-Bandeira Julinho e Rute, tendo como criadores da Comissão de Frente a dupla Rodrigo Negri e Priscilla Mota. A escolha do enredo se deu sobre a mitologia dos povos da Costa da Mina, originários do Golfo da Guiné, país da África Ocidental.
BIBLIOGRAFIA CRÍTICA:
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Edição Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Esteio Editora, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
ARAÚJO, Hiram. Carnaval – Seis milênios de história. Rio de Janeiro: Editora Gryphus, 2000.
COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.