
Musicólogo e escritor. Formou-se em Direito em 1943 e, após concurso no DASP, entrou para a carreira diplomática em 1945. Serviu em Portugal, Iugoslávia, Argentina, Itália, Estados Unidos da América (Washington e nas Nações Unidas). Foi representante do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA) e embaixador no Equador, Israel, Chipre, Peru e Alemanha Democrática.
Em 1948, publicou “Heitor Villa-Lobos, compositor brasileiro”. O livro teve onze edições, sendo duas delas nos EUA e uma na Rússia, França, Itália e Colômbia. Neste mesmo ano, publicou “A Canção Brasileira”, que contou com mais cinco edições nos anos posteriores. Em 1949, saiu a primeira edição (de três edições) do “Dicionário Biográfico Musical”. No ano de 1950, editou em Portugal “Vida Musical” (três séries 1950-70-96). Exerceu o cargo de presidente do Conselho Inter-Americano de Música entre 1967 e 1969, e durante os anos de 1969 a 1970 foi chefe do Departamento Cultural do Itamaraty. Entre 1974 e 1977, foi representante do Ministério das Relações Exteriores junto ao Congresso Nacional. Em 1980, publicou “História da Música no Brasil”, livro que contou com cinco edições, uma das quais no Peru. Em 1981, ingressou como membro na Academia de Música. No ano seguinte, foi eleito membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Em 1983, ganhou o Prêmio José Veríssimo da Academia Brasileira de Letras. Dois anos depois, em 1985, publicou “Três Musicólogos Brasileiros”, livro que reuniu estudos sobre Mário de Andrade, Renato Almeida e Luiz Heitor Corrêa de Azevedo. Em 1987, ingressou como membro titular do PEN Clube do Brasil. Neste mesmo ano de 1987 e até 1989, foi encarregado dos assuntos musicais do Conselho Federal de Cultura. Dois anos depois, em 1991, foi membro do Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio. Entre 1991-1993, presidiu a Academia Brasileira de Música. Organizou, em 1994, o livro “Ribeiro Couto, 30 anos de saudade” e publicou o livro “Cláudio Santoro”. No ano seguinte, a revista musical norte-americana Inter-American Music Review, de Los Angeles, (volume 13, n° 2) publicou o artigo “Tribute to Vasco Mariz”, de Robert Stevenson. Neste mesmo ano de 1995, lançou mais um livro: “Antônio Houaiss, uma vida”. Em1997, lançou “Francisco Mignone: o homem e a obra” e, no ano seguinte, encomendado e publicado pela academia Brasileira de Letras, “Ribeiro Couto no seu centenário 1998”. Em1999, fez parte do Conselho Editorial da Biblioteca do Exército. Em dezembro de 2000, a Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), concedeu-lhe o “Grande Prêmio da Crítica” pelo conjunto de sua obra musicológica. Neste mesmo ano, publicou (com Lucien Provençal) “Villegagnon e a França Antártica”. Em maio de 2001, a revista “Brasiliana” (n° 8) da Academia Brasileira de Música, publicou artigo de Sylvio Lago Junior sobre sua obra, em comemoração ao seu 80° aniversário. Seu nome figura em vários dicionários e enciclopédias literárias e musicais, nacionais e estrangeiras. Em 2002, relançou o livro “A Canção Brasileira”, ampliado, com nova capa e apresentado por Ricardo Cravo Albin.