
Jornalista. Crítico musical. Poeta. Curador de projetos musicais.
Segundo matéria e entrevista ao jornalista João Penido (revista Carioquice – Ano XIII – Nº 51/2016) é neto de imigrantes libaneses e seu pai, o publicitário Emil Farhat, foi diretor, e depois presidente, da Agência MCann Erickson Publicidade, em São Paulo, para onde a família se transferiu no ano de 1961.
Estudou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (USP). Fez o curso de Jornalismo da Editora Abril, onde passou a trabalhar na recém fundada revista Veja.
Retornou a o Rio de Janeiro no ano de 1973.
Iniciou sua atividade profissional em 1968 como repórter, redator e editor de música da revista Veja. Também trabalhou para outras publicações, como Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo, IstoÉ, Vogue, Elle Jornal do Commércio (RJ), Show Bizz, Opinião, Pasquim, Som 3, Revista do CD, Coo-Jornal, Movimento, Playboy, Jornal da República, Retrato do Brasil e Carta Capital.
De 1974 a 2010, atuou como repórter e redator no Jornal do Brasil, no qual manteve durante muitos anos a coluna “Supersônicas”, uma referência no meio musical.
Atuou como consultor e redator das três séries de fascículos “História da Música Popular Brasileira” (Editora Abril). Publicou os livros de poemas “E esse nó no peito” (Edição do Autor, 1978) e “Autópsia em corpo vivo” (L&PM Editores, 1979).
Fundou e editou, em 1974, a publicação “Rock/Jornal de Música”.
Entre 1981 e 1989, apresentou os programas “Os músicos”, “O show é a música” e “Os repórteres” (TVE).
Dirigiu a coleção de livros sobre música “Todos os cantos” (Editora 34), iniciada com o título “Ouvido musical”. Entre os livros publicados sob sua orientação estão, “A canção no tempo: 85 anos de músicas brasileiras” (2 volumes), de Zuza Homem de Mello e Jairo Severiano, “Tropicália, história de uma revolução musical”, por Carlos Calado, “O violão vadio de Baden Powell”, de Dominique Dreyfus, “Choro, do quintal ao Municipal” por Henrique Cazes, “Mario Reis, o fino do samba” , por Luis Antonio Giron, “Dorival Caymmi: o mar e o tempo”, por Stella Caymmi, “Jackson do pandeiro, o rei do ritmo”, por Fernando Moura e Antonio Vicente, “Música caipira, da roça ao rodeio”, por Rosa Nepomuceno, “A era dos festivais: uma parábola”, por Zuza Homem de Mello, “Brock, o rock brasileiro dos anos 80”, por Arthur Dapieve, “Do frevo ao mangue beat”, por José Teles, “Vida do viajante, a saga de Luiz Gonzaga”, por Dominique Dreyfus, “A divina comédia dos Mutantes”, por Carlos Calado, “Anos 70: Novos e baianos”, por Luiz Galvão, “Punk: anarquia planetária e a cena brasileira”, por Silvio Essinger, “Sepultura: toda a história”, por André Barcinski e Silvio Gomes e “Adoniran Barbosa: dá licença de contar…”, por Ayrton Mugnaini Jr.
Criou e editou, no ano 2000, o pioneiro site “Clique Music”, especializado em música popular produzida no Brasil.
Criou e editou, em 2006, o site “Jornal Musical”, do Instituto Memória Musical Brasileira, onde, desde 2016, voltou a assinar a coluna “Supersônicas”.
Compilou faixas e/ou redigiu textos das séries de discos “Mestres da MPB” e “Enciclopédia Musical Brasileira” para as gravadoras Continental e Warner Music, e as caixas “Apoteose ao samba” (6 CDs. EMI), “Jorge Bem”, “Nara Leão” e “Caetano Veloso”, “Baden Powell”, “Chico Buarque”, além dos CDs duplos “Tamba Trio Classics” e “Princípios da Bossa” (gravadora Universal Music), “Eu só quero um forró”, “Eu canto samba” (gravadora BMG), “Paulinho da Viola – Uma história diferente” e a “Série 10 polegadas” (gravadora EMI Music), “Milton Nascimento” (Seleções), e as coletâneas “Toada moderna” e “Sambalanço” (CD duplo, ambas pela EMI), entre outras.
Participou do projeto de “A Fala da Flauta”, produzido por Andreas Pavel, dedicado a Altamiro Carrilho, com uma entrevista no DVD e um ensaio, “O mínimo múltiplo (in) comum”.
Foi incluído como verbete da “Enciclopédia da Literatura Brasileira”, de Afrânio Coutinho (Editora Global, 1997), seu poema “Estamento” foi incluído na antologia “A poesia fluminense do século XX”, de Assis Brasil (Editora Imago, 1998).
Foi citado no “Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa” (Editora Nova Fronteira, 1986, pg. 374) e incluído verbete do “Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira”, criação e supervisão de Ricardo Cravo Albin (Editora Paracatu Editora, 2006).
Autor dos livros “Rostos e gostos da MPB” e “Som nosso de cada dia”, ambos publicados pela Editora L&PM, e coautor, com Márcia Cezimbra e Tessy Calado, de “Tons sobre Tom”, uma biografia de Tom Jobim, publicada pela Editora Revan.
Também participou, como coautor, dos seguintes livros: “Brasil Musical” (Art Bureau Editora, 1988), com Ary Vasconcellos, Roberto Muggiatti, Roberto M. Moura, Luis Carlos Mansur e João Máximo; “Brasil, rito e ritmo” (Aprazível Editora, 2003), com Ricardo Cravo Albin, Leonel Kaz, João Máximo e Luis Paulo Horta; “300 discos importantes da Música Brasileira” (Editora Paz e Terra, 2008), com Arthur Dapieve, Carlos Calado e Charles Gavin e da antologia “Do samba canção à Tropicália” (Faperj/Relume Dumará, 2003), organizada por Paulo Sérgio Duarte e Santuza Cambraia Neves.
Autor do prefácio da “Coleção Revista da Música Popular” (Funarte/Bem-Te-Vi, 2006) e da apresentação crítica do “Cancioneiro Humberto Teixeira” (Jobim Music/ Good JuJu, 2006).
Organizou a compilação “O baú do Raul” (Editora Globo, 1991), com textos de Raul Seixas e a coletânea de entrevistas “O som do Pasquim” (Editora Codecri, 1976), reeditada, em 2009, pela Editora Desiderata.
Ministrou palestra sobre o “Tropicalismo” na Casa da América, em Madrid, Espanha, em abril de 2004.
Publicou o ensaio “Bossa nova: les accords de la démocratie” no catálogo oficial MPB (Musique Populaire Brésilienne) da mostra do Ano do Brasil na França, em 2005. Desde este ano, produz e apresenta na rádio MEC do Rio de Janeiro o programa “Bossamoderna”, retransmitido pelas emissoras Rádio Cultura, de São Paulo, e Inconfidência, de Belo Horizonte.
Participou dos seguintes documentários filmados: “Coisa mais linda – História e casos da bossa nova” (2005), dirigido por Paulo Thiago; “Três irmãos de sangue” (2005), que biografou a trajetória dos irmãos Henfil, Betinho e Francisco Mário, dirigido por Ângela Patrícia Reiniger; “Fabricando Tom Zé” (2006), dirigido por Décio Matos Jr.; a série de TV “7 vezes bossa nova” (2007), dirigida por Belisário Franca; “O homem que engarrafava nuvens” (2008), sobre o compositor Humberto Teixeira, dirigido por Lírio Ferreira; e “Loki – Arnaldo Baptista” (2008), e “Cássia Eller” (2015), ambos dirigidos por Paulo Henrique Fontenelle.
A partir do ano de 2007 tornou-se o responsável pela pauta e pesquisa do programa “O som do vinil”, de Charles Gavin, no Canal Brasil, da NET.
Foi consultor e entrevistado do DVD “Vento bravo – Edu Lobo” (Biscoito Fino, 2007), dirigido por Beatriz Thiellmann e Regina Zappa, e entrevistador do DVD “Que nega é essa?”, de Verônica Sabino.
Desde 2009, é um dos consultores da Enciclopédia Virtual de Música do Itaú Cultural. Neste mesmo ano, idealizou o programa “MPBambas”, que roteirizou e apresentou, também no Canal Brasil, da NET até 2014. Ainda em 2009, participou de uma dos seminários “Música Popular, Literatura e Memória”, promovido pelo Núcleo de Estudos em Literatura e Música da PUC-Rio.
Redigiu os textos e compilou as antologias dos fascículos dedicados a Luiz Gonzaga e Nelson Cavaquinho, da Coleção Folha (SP), de “Raízes da Música Popular Brasileira” em 2010. Publicou na edição setembro/outubro/novembro do mesmo ano, da “Revista USP” o ensaio “A bossa dançante do sambalanço”. No ano seguinte, em 2011, gravou oito textos de sua autoria para o projeto “A Bossa do Samba”, que reuniu no palco do espaço Oi Futuro as seguintes duplas: João Donato e Maíra Freitas; Roberto Menescal e Teresa Cristina; Carlos Lyra e Nilze Carvalho; Marcos Valle e o grupo Casuarina. As locuções foram exibidas em telão durante os quatro diferentes shows. Concebido e dirigido por Solange Kafuri, o projeto contou com curadoria de Rildo Hora e Marco Antonio Bompet, arranjos e direção musical de Itamar Assiére, pesquisa de Heloisa Tapajós, coordenação geral e direção de produção de Giselle Kafuri e produção executiva de Humberto Braga.
No ano de 2016, pela Editora Kuarup, lançou dois volumes intitulados “MPBambas – Memórias da canção brasileira, com 28 entrevistas com vários expoentes da MPB, das 70 feitas, do programa “MPBambas”, no Canal Brasil, apresentado entre os anos de 2009 e 2014. Neste mesmo ano, também pela Editora Kuarup, lançou o livro “Sambalanço – a bossa que dança”.
BIBLIOGRAFIA CRÍTICA:
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
AMARAL, Euclides. O Guitarrista Victor Biglione & a MPB. Rio de Janeiro: Edições Baleia Azul, 2009. 2ª ed. Esteio Editora, 2011. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.