Sergio Saraceni

Instrumentista. Maestro. Produtor musical.

Sobrinho do cineasta Paulo César Saraceni, um dos criadores do Cinema Novo brasileiro. Teve sua iniciação musical com Eunice Katunda Guerra-Peixe. Posteriormente estudou no Instituto Villa-Lobos. Em 1970, classificou-se em primeiro lugar no vestibular da Uni-Rio, onde se graduou em piano e em violão clássico.

Em 1973, viajou para os Estados Unidos, ingressando na Berklee College of Music, em Boston, onde estudou e trabalhou durante quatro anos, graduando-se em Arranging & Composition. Ao voltar para o Brasil, recebeu de Antonio Carlos Jobim a incumbência de substituir o maestro na confecção da trilha sonora do longa-metragem “Anchieta, José do Brasil”, dirigido por Paulo César Saraceni, em 1977.

Acompanhou vários artistas da MPB, como Emilio Santiago, Nana Caymmi e Beth Carvalho, entre outros.

Integrou grupos de música instrumental como o Quinteto Ion Muniz.

Escreveu trilhas sonoras para 27 filmes de longa-metragem e para inúmeros filmes de curta-metragem, tendo recebido prêmios de Melhor Música em todos os festivais de cinema do país.

Em 1978, ingressou no corpo de maestros e arranjadores da TV Globo, tornando-se amigo e colega de Radamés Gnattali, Alceo Bochino, Geraldo Vespar, Cipó, Guio de Moraes, Dori Caymmi, Ivan Paulo, Eduardo Lages, Luiz Avellar e outros que viriam depois como Aluisio Didier, Roger Henri e Alberto Rosenblit.

Desde então, vem escrevendo para todo o tipo de programação da emissora, com destaque para as novelas “Roque Santeiro”, “Vale tudo” e “O cravo e a rosa”, as mini-séries “O tempo e o vento”, “A muralha” e “Anos dourados”, além de atuar nas aberturas e trilhas de programas jornalísticos.

Em 1994, esteve no SBT organizando o núcleo musical da emissora e escreveu a trilha sonora da novela “Éramos seis”, retornando, em seguida, à TV Globo, onde trabalha desde então.

É um dos funcionários fundadores da Globonews, sendo responsável por toda a composição e produção musical do referido canal a cabo.

Em 2000, iniciou uma parceria com o letrista Ronaldo Monteiro de Souza, obtendo sucesso com a canção “Tua boca – Mel”, tema dos personagens Petruchio e Catarina na novela “O Cravo e a Rosa” (TV Globo), interpretada pelo cantor Belo, e a abertura da novela “A Padroeira” (TV Globo), interpretada por Joanna.

Em 2001, inaugurou seu próprio estúdio, fundando, em seguida, o selo Radamés Music, cujas primeiras produções foram os discos de Eduardo Ramos, Altay Veloso, Rodrigo Faro e Zé Mauricio Machline.

BIBLIOGRAFIA CRÍTICA:

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Edição Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008.