5.001
Nome artístico
Rosa Magalhães
Nome verdadeiro
Rosa Lúcia Benedetti Magalhães
Data de nascimento
1947
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
25/7/2024
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Carnavalesca. Figurinista. Professora. Cenógrafa.

Carioca, filha do escritor e acadêmico Raimundo Magalhães Júnior, que foi membro do primeiro corpo de jurado do Concurso de Escolas de Samba, em 1932. Herdou de sua mãe, Lúcia Benedetti, autora teatral, o prazer do estudo e da criação e de seu pai, o gosto pela pesquisa e uma vasta biblioteca.

Formada em Pintura, pela Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro e em Cenografia, pela Escola de Teatro da Uni-Rio, foi também professora de Cenografia e Indumentária na Escola de Belas Artes da UFRJ e da Faculdade de Arquitetura Benett.

Teve a sua estreia profissional em 1971, no Acadêmicos do Salgueiro, como desenhista de figurinos, levada por Fernando Pamplona.

Trabalhou em teatro, televisão e cinema, exercendo funções de cenógrafa, figurinista, diretora e produtora de arte.

 

Passou por outras Escolas de Samba como GRES Estácio de Sá e Salgueiro, retornando à Imperatriz Leopoldinense, em 1992.

Considerada uma das principais ganhadoras de carnaval carioca, no qual conquistou sete títulos, sendo o primeiro no ano de 1982, antes dos desfiles passarem para o Sambódromo, em 1984, local onde foi campeã por mais seis vezes por escolas de samba diferentes: 1994, 1995, 1999, 2000, 2001 e 2013.

Faleceu vitimada por um infarto, com velório aberto ao público no Palácio da Cidade, em Botafogo, Zona Sul do Rio.

O sepultamento ocorreu no cemitério São João Batista, também no bairro de Botafogo.

 

 

Dados atividades específicas:

 

No início da década de 1970 iniciou os trabalhos de carnavalesca com Fernando Pamplona, Arlindo Rodrigues, Maria Augusta, Lícia Lacerda e Joãosinho Trinta, ainda na Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro.

No ano de 1982, junto à Lícia Lacerda, conquistou o primeiro título com o enredo “Bumbum Paticumbum Prugurundum”, do Império Serrano, escola de Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Como carnavalesca da Imperatriz Leopoldinense, escola de Ramos, subúrbio do Rio de Janeiro, em 1993 apresentou o enredo “Marquês que é marquês do saçarico é freguês”. No ano posterior, em 1994, sagrou-se campeã no Sambródromo com o enredo “Catarina de Médicis na corte dos Tupinambôs e Tabajeres”. No ano seguinte, em 1995, com o enredo “Mais Vale um Jegue que me Carregue, que um Camelo que me Derrube, lá no Ceará”, tornou-se novamente campeã do Grupo Especial no desfile da Marquês da Sapucaí.

No ano de 1996 a Imperatriz Leopoldinense foi a vice-campeã do Grupo Especial das Escolas do Rio de Janeiro, com o seu enredo “Leopoldina, Imperatriz do Brasil”. No ano seguinte, em 1997, a escola classificou-se em 6º lugar com o seu enredo “Eu sou da Lira, não Posso Negar”.

Em 1998 com enredo de sua autoria a Imperatriz Leopoldinense classificou-se em 3º lugar no desfile da Marquês de Sapucaí com o “Quase no Ano 2000”. No ano posterior a escola consagrou-se campeã do Grupo Especial com o seu enredo “Brasil Mostra a Sua Cara Em… Theatrum Rerum Naturalium Brasiliae”.

No ano 2000 a Imperatriz Leopoldinense tornou novamente campeã do Grupo Especial com o enredo, de sua autoria, “Quem descobriu o Brasil foi Seu Cabral, no dia 22 de abril, dois meses depois do Carnaval”.

Em 2001, a Imperatriz Leopoldinense desfilou com o enredo “Cana Caiana, Cana Roxa, Cana Fita, Cana Preta, Amarela, Pernambuco… Quero Ver Descer o Suco na Pancada do Ganzá”. Neste mesmo ano, a escola foi consagrada tricampeã sob sua direção.

No ano de 2008 a Imperatriz foi novamente campeã do Grupo Especial com o enredo “João e Marias”, de suas autora.

Em 2010, a carnavalesca abriu os desfiles do domingo de carnaval carioca com a Escola de Samba União da Ilha, mantendo a agremiação no Grupo Especial.

Seu último título como campeã do carnaval carioca deu-se em 2013, quando apresentou o enredo “A Vila canta o Brasil celeiro do mundo – água no feijão que chegou mais um…” em desfile da Escoa de Samba Unidos de Vila Isabel.

No ano de 2023 a carnavalesca deu entrevista ao portal “Mais Carnaval” sobre não participar das disputas do carnaval carioca em 2024:

“A gente se aposenta quando quer. Calhou de não fazer, não ser chamada e não querer. Juntou. É muito cansativo. Foi difícil fazer certas coisas. Quando libera a verba é em cima da hora. É estressante. Essas verbas deveriam ser mais organizadas.”

Neste mesmo ano, de 2023, estreou o documentário “Rosa – A Narradora de Outros Brasis”, de Valmir Moratelli e Libário Nogueira, no qual a carnavalesca prestou depoimentos aos diretores na sede da Escola de Samba Paraíso do Tuiuti, para a qual fez o seu último trabalho nos desfiles do carnaval carioca. No ano seguinte, em 2024, após o seu falecimento, o documentário foi apresentado no “Festival Internacional de Cinema de Paraty”.

Dados Atividade Específica

BIBLIOGRAFIA CRÍTICA: 

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

ARAÚJO, Hiram. Carnaval – Seis milênios de história. Rio de Janeiro: Editora Gryphus, 2000.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.