
Radialista, carnavalesco e produtor cultural. Em 2005, foi indicado pela terceira vez para ocupar o cargo de Secretário de Cultura e Turismo de Pirassununga (SP).
No inicio da década de 1970, no mês de dezembro, montava presépios mecânicos na garagem de sua casa. Ele mesmo esculpia as peças e as colocava em movimento, chamando a atenção de todos. Líder nato e amante da culura popular, em 1974 fundou, ao lado de amigos, a Escola de Samba “Kohoutek”, que sagrou-se tricampeã do carnaval de rua da cidade. A convite do jornalista esportivo Laurival Tesch, já falecido, inicou-se no rádio em janeiro de 1974, na Rádio Difusora de Pirassununga, apresentando programas de música popular brasileira.e coordenando jornadas esportivas. Na mesma emissora, participou de diversas transmissões de destaque, entre elas, a apuração de eleições municipais, estaduais e federais. Em 1976, a única vez que disputou a vereança, foi o candidato mais jovem do Brasil, segundo do TSE. Apesar de bem votado, não se elegeu. No início dos anos 1980, criou, na Rádio Difusora FM, o programa “Clube da Esquina”, o primeiro de MPB no rádio regional em FM. Na época, predominava o rock nas emissoras da região. Música popular brasileira em freqüência modulada era novidade. Na FM produziu programações completas: criação e produção de vinhetas e novos programas, entre outros, além de implantar o primeiro sistema DJ (disque-jóquei) de comunicação ao vivo dos locutores.Foi um dos fundadores da Rádio Piracema FM, em Pirassununga e, também, um dos sócios da emissora 100% sertaneja. Com absoluto sucesso de audiência, criou e produziu uma programação sem “jabá”, para execução de Cds que chegavam à emissora. Os trabalhos deveriam apresentar conteúdo e qualidade. A medida conquistou o meio artístico. Alguns artistas faziam questão de citar a emissora pela postura diferenciada das demais.Também na Rádio Piracema FM, dirigiu e apresentou programas musicais sertanejos. Ao lado do radialista Chico Mateus, dirigiu e apresentou o “Jornal Primeira Página”, de 2001 a 2006. Participou de diversos congressos da AESP – Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo. Na televisão, nas décadas de 1970/80, atuou como correspondente da EPT- Central de Ribeirão Preto-SP e EPTV Central São Carlos-SP e apresentou o telejornal “Visão”, da TV Visão, hoje TV Mix. Como produtor cultural, criou, em1982, o FEMUPPI – Festival de Música Popular de Pirassununga, que reuniu na cidade, durante 4 anos consecutivos, compositores e intérpretes de diversos estados brasileiros, entre eles, músicos como Ivan Vilela, Miltinho Edilberto, César Bunetti, Genésio Tocantins (Genésio Sampaio Filho), Celso Viáfora, Zezé e Simões, entre outros. Diferentemente dos festivais da época, o FEMUPPI buscava unir os músicos para a troca de informações entre os participantes. Em 1985, o festival começou no formato de competição e terminou numa mostra. Na primeira eliminatória, os músicos foram desafiados, pela comissão organizadora, liderada por Bragagnollo, a realizar um trabalho coletivo que refletisse o clima do festival. Na noite de encerramento, antes da divulgação do resultado final, todos subiram ao palco para apresentar a obra coletiva que até hoje é lembrada na cidade, cujos versos, que referenciavam a região, diziam: “Pira pura cana, gana de viver, na rama a rima tem razão de ser. Pintou esse rumo, viemos prá mais, de tanto querer a festa se faz. Pira, pura cidade, fonte da amizade, fonte do prazer. Pira, pura cidade, fonte da amizade… Fonte da saudade”. O evento integrava artistas também de outras áreas, como o artista plástico Nivaldo Ranciaro, que criava, com exclusividade, os troféus, que, por se tratarem de belas esculturas, tornaram-se mais cobiçados que os irrisórios prêmios em dinheiro, exclusivamente advindo da bilheteria do evento. Em 2005, pela terceira vez, assumiu o cargo de secretário de Cultura e Turismo da Prefeitura de Pirassununga. Em suas gestões à frente da pasta, criou e encaminhou diversos projetos culturais para a cidade, como a inauguração do Teatro Municipal Cacilda Becker, em 1992, grande sonho da classe artística local, homenageando a filha mais famosa da região, a atriz Cacilda Becker, nascida em Pirassununga. Entre suas ações na Secretaria de Cultura e Turismo de Pirassununga estão a Semana Thatu Pereira de Música; Projeto Natal; Concurso Municipal de Fanfarras Maestro Eufrozino de Azevedo; FENACEMA – Festa Nacional da Piracema/ Cachoeira de Emas; Projeto Domingo no Parque; Projeto Café com Chorinho; Semana Municipal de Artes Plásticas; Encontro de Carros Antigos; criação e montagem do Armazém Cultural Dito Micuim, que abriga a Casa do Artista, sede dos Núcleos Culturais de Teatro, Música, Dança, Artes Plásticas, Literatura e Cultura Popular, as Oficinas Culturais Joaquim Negrão e o Espaço Cleyde Yáconis; lançou o Projeto Concerto das Estações de Música Instrumental.
Em 1995, em parceria com o vereador Edson Sidney, estruturou a Semana Nenete de Música Caipira, evento de ativação da memória cultural e musical da cidade, que tem por objetivo preservar as tradições de origem rural, homenageando o compositor, cantor e produtor Nenete, um dos artistas que contribuíram para transformar a música chamada de raiz em patrimônio da identidade nacional. Mesmo não tendo nascido em Pirassununga, o artista para lá se mudou ainda menino, tendo vivido lá a maior parte de sua vida. A semana Nenete, que tem, desde 2006, a cantora apresentadora Inezita Barroso, como madrinha, recebeu da Secretaria de Cultura de Pirassununga, assumida por Bragagnollo, grande impulso, mobilizando diversas cidades vizinhas e reunindo grande elenco de violeiros e duplas sertanejas da região, além de levar ao povo da região artistas como Inezita Barroso, Pena Branca, Liu e Léu e Pedro Bento e Zé da Estrada. Em 2011, ainda no cargo de Secretário de Cultura de Pirassununga, manteve-se na liderança de importantes eventos culturais da cidade, com dedicação especial à manutenção da memória e preservação das tradições originárias, como a criação e realização da Semana do Imigrante, mapeando famílias italianas fundadoras do municipio. Sob sua coordenação e supervisão, a 17ª Semana Nenete de Música Sertaneja atingiu o status de maior evento de referência na preservação da cultura caipira, ultrapassando o número de 100 mil pessoas reunidas na cidade, nos quatro dias de duração.