
Trabalhou como funileiro e também como vendedor de livros espíritas e estivador no cais do porto de Santos.
Mudou-se para São Paulo no ano de 1960, onde trabalhou como camelô, vendendo cigarros americanos e rádios de pilha que trazia de Santos.
Em 1968 foi preso pelo 2º Exército, sendo liberado dias depois por interferência de Cassiano Gabus Mendes, na época diretor da TV Tupi. No ano seguinte foi preso em Santos, no Teatro Coliseu, por se recusar a acatar a interdição de seu espetáculo “Dois perdidos numa noite suja”. Foi transferido para um presídio em São Paulo, saindo por interferência de vários artistas e sob a tutela de Maria Della Costa.
Ator. Diretor. Dramaturgo. Escritor. Humorista. Jornalista. Palhaço.
Iniciou sua carreira artística aos 16 anos como palhaço de circo, era o palhaço Frajola.
Em 1953 percorreu o interior paulista com a Companhia Santista de Teatro e Variedades, atuando como palhaço, humorista e dirigindo shows.
Atuou como humorista da Rádio Atlântico e da Rádio Cacique, de Santos.
Nos anos de 1958 e 1959 trabalhou como ator e produtor de várias peças teatrais, como “Pluft, o Fantasminha”, “Verinha e o Lobo”, “O rapto das Cebolinhas”, “Fando e Lis”, entre outras.
Sua peça de teatro “Barbarela”, encenada em uma única vez em 1959, foi proibida pela Censura Federal por vinte e um anos.
Na década de 1960 entrou para a Companhia de Teatro Cacilda Becker.
Foi autor de peças como “Dois perdidos numa noite suja”, “Navalha na carne”, “O abajur lilás”, “Jesus-Homem”, entre outras.
Em 1964 escreveu um texto para o espetáculo de música popular brasileira “Nossa gente, nossa música”, realizado pelo Grupo Quilombo e dirigido por Dalmo Ferreira, no Teatro de Arena.
Foi um divulgador do trabalho dos sambistas das escolas de samba de São Paulo, através de seus programas nas rádios e na TV Tupi.
Durante vários anos fez a cobertura dos desfiles das escolas de samba de São Paulo para o jornal, rádio e televisão.
No ano de 1970 escreveu e dirigiu o espetáculo “Balbina de Iansã”, cuja trilha sonora contou com músicas de compositores tradicionais do samba paulista como Talismã, Sílvio Modesto e Jangada. Essas músicas foram gravadas e lançadas em LP no ano seguinte.
Foi o fundador da Banda Bandalha, a primeira banda carnavalesca de São Paulo, em 1972. A banda saía na quinta-feira da semana anterior ao carnaval e no sábado de Aleluia, concentrando-se em frente ao Teatro de Arena, no Bar Redondo, reunindo artistas, intelectuais e sambistas de várias escolas de samba.
Em 1974 lançou o LP “Plínio Marcos em prosa e samba, nas quebradas do mundaréu – com os sambistas Geraldo Filme, Zeca da Casa Verde e Toniquinho Batuqueiro”. O disco, considerado fundamental para quem deseja estudar o samba paulista, foi resultado de um show que vinha realizando com esses e outros sambistas e recebeu diferentes nomes como “Plínio Marcos e os Pagodeiros”, “Humor grosso e maldito das quebradas o mundaréu”, “Deixa pra mim que eu engrosso”.
Em 1976 seu peça escrita em forma de romance “Uma reportagem maldita – Querô” ganhou o “Prêmio APCA” de “Melhor Romance”.
Foi autor do romance “Barra do Catimbó” e da novela “Dentro da noite” e “Nas quebradas do mundaréu”, que virou livro. Escreveu vários contos, dentre os quais “Canções reflexões de um palhaço”, “O assassinato do anão do caralho grande”, “Prisioneiro de uma canção”.