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Nome artístico
Nico Fagundes
Nome verdadeiro
Antonio Augusto da Silva Fagundes
Data de nascimento
4/11/1934
Local de nascimento
Alegrete, RS
Data de morte
24/6/2015
Local de morte
Porto Alegre, RS
Dados biográficos

Jornalista. Folclorista. Professor de danças folclóricas. Advogado. Ator. Compositor. Poeta. Apresentador de Televisão. Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Nasceu em Inhanduí, no interior do município de Alegrete, local de tradicionais famílias campeiras da fronteira. Foi escoteiro e fundador, sub-chefe e chefe da Tropa “Anhangüera”. Na época de estudante destacou-se como poeta e declamador. Em 1960, ingressou na Faculdade de Direito de Porto Alegre. No mesmo ano, casou-se com Marlene Nahas. Em 2000, sofreu um Acidente Vascular Cerebral, mas na sequência se recuperou. Em 2010, ficou em coma induzido após uma infecção no organismo. Dois anos depois, voltou à UTI em decorrência do mesmo problema. Faleceu aos 80 anos de idade depois de mais de um mês internado Hospital Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre. Seu corpo foi velado no Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, oferecido pelo próprio Governador do Estado em reconhecimento a importância dele para a cultura gaúcha.

Dados Atividade Específica

Iniciou a carreira jornalística em 1950, aos 16 anos, no jornal “A Gazeta de Alegrete”, o mais antigo do Rio Grande do Sul, nas funções de cronista e repórter. No mesmo período começou a atuar na Rádio ZYE9 — Rádio Alegrete, apresentando programas humorísticos e gauchescos. Foi secretário dos Cadernos do Extremo Sul, publicações que sob a direção de Helio Ricciardi, lançou diversos poetas da cidade de Alegrete. Em 1954, mudou-se para Porto Alegre, ingressando em seguida, por intermédio do poeta Lauro Rodrigues, no “35”, Centro de Tradições Gaúchas, o CTG. No mesmo ano, tornou-se redator do Jornal “A Hora”, no qual atuou durante muitos anos com a página “Regionalismo e Tradição”. Em 1955, passou a fazer parte do Instituto de Tradições e Folclore da Divisão de Cultura do Estado. Durante oito anos fez formação em folclorismo, especializando-se em Cultura Afro-gaúcha. Tornou-se professor de danças folclóricas e literatura gauchesca no Instituto de Tradições e Folclore. Viajou para a Europa como sapateador do Grupo Gaudérios, morando em Paris por quatro meses. Iniciou pesquisas de indumentária gaúcha, tornando-se a maior autoridade sobre o assunto no Rio Grande do Sul. Foi contratado pela TV Piratini para atuar como ator. Foi um dos fundadores do Conjunto de Folclore Internacional, batizado de “Os Gaúchos”, e do qual foi diretor durante 15 anos. Fundou, no Instituto de Tradições e Folclore, a Escola Gaúcha de Folclore, de nível superior, que funcionou durante seis anos. Atuou como titular nas cadeiras de danças folclóricas e indumentária gaúcha. Foi diretor da escola durante seis anos. No início da década de 1960, conquistou o primeiro lugar em concurso literário promovido pelo Instituto Estadual do Livro, com a obra “Destino de Tal”. Pouco depois passou a trabalhar na TV Tupi. Viajou para Espanha e França, com o conjunto de folclore internacional “Os Gaúchos”, tendo recebido diversos prêmios em festivais de dança folclórica. Escreveu o roteiro do filme “Para Pedro”. Atuou como ator, assistente de direção e consultor de costumes do filme “Ana Terra”. Escreveu o roteiro, dirigiu e trabalhou como ator no filme “Negrinho do Pastoreio”, com Grande Otelo. Atuou ainda como ator no filme “O Grande Rodeio”, o qual também produziu e dirigiu. Em 1976, ingressou na Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore. Em 1982, passou a apresentar o programa “Galpão Crioulo”, na RBS TV. Em 1984, passou a apresentar o mesmo programa na Rádio Gaúcha. No mesmo ano voltou a atuar no jornalismo, escrevendo no Zero Hora. Em 1998, comandou em Paris, a apresentação do Grupo “Os Gaúchos”. No mesmo ano escreveu a peça teatral “A Proclamação da República Rio-grandense”. Ao longo de sua carreira recebeu diversos prêmios, entre os quais, Prêmio Copa Festivales de España, Medalha de Bronze da Televisão Mundial pelo programa “Galpão Crioulo” e o Troféu Guri da Rádio Gaúcha. Recebeu inúmeros prêmios em poesia, canções gauchescas, declamações, danças folclóricas e teses. É autor de mais de 100 músicas, entre as quais, “O canto Alegretense”.