
Radialistas. Produtores.
Luiz Duarte Amorim Filho, o Mano Véio, nasceu na cidade de Sousa, no sertão da Paraíba, trabalha em rádio desde 1965. Começou sua carreira em Natal, RN atuando como radialista e jornalista. Mudou-se para São Paulo em 1971. Desde então, trabalhou em diversas emissoras de rádio da capital e do interior paulista. Em 1980, foi contratado pela rádio Bandeirantes 840 AM. Lá atuou como repórter de aeroportos, por 16 anos.
Expedito Duarte Amorim, o Mano Novo, nasceu na cidade de Natal, RN, formou-se em Geologia, porém, seu desejo era trabalhar ao lado do irmão, o Mano Véio, a quem muito admirava. Em 1983 concluiu o curso de Produção de Rádio na ECA (Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo).
Ao terminar o curso de produção de rádio, Expedito foi convidado por Luiz, o Mano Véio, para ser seu produtor no programa que iria estrear, sob o título “Programa Nas Quebradas do Sertão”, na rádio Bandeirantes AM. O convite foi aceito prontamente, surgindo, assim, a dupla que fez um dos programas mais populares do rádio, em São Paulo. O programa permaneceu na Bandeirantes AM até 1995.
Devido ao sucesso daquele programa, passaram ao sistema FM, com programação aos domingos, das 11h00 ao meio dia. Mesmo com tempo curto e apenas um dia por semana, o sucesso de audiência ficou tão evidente, que, a partir de setembro de 1995, o novo programa passou a ser diário.
Na chamada inicial do programa que apresentam atualmente, na rádio Bandeirantes, Mano Véio, ao som do forró, de fundo, declama “O que é o forró da Band”, que diz”
Eu nasci nas catingueiras entrançadas de cipó
viajei de caminhão junto com Mané Cotó
não sou locutor modelo
mas to aqui sem cabelo
vivendo do meu gogó
diretamente de Sousa da histórica e inesquecível
Pe-a-pá re-a-rá í be-a-ba, a terra dos dinossauros, do bacurau e do jumento”.
O programa alcança picos de audiência nacionalmente, no seu horário. Nele, Mano Véio e Mano Novo apresentam, além das novidades no forró, pesquisas sobre a vida do nordestino em São Paulo, contos do sertão, piadas, aboiadas, toadas, emboladas, poesia, cocos, repentes, charadas e toda sorte de variedades que engloba a cultura e as tradições populares nordestinas, sempre ao som do forró. O programa também recebe artistas para entrevistas, lê as manchetes dos principais jornais do Brasil, conta com a participação de ouvintes por telefone e por cartas que são lidas no ar. Cada ouvinte que tem sua carta lida ganha um ‘Kit Felicidade’ (adesivos, calendários, e a famosa oração do Padre Cícero Romão de Juazeiro do Norte-CE), que é recitada no final do programa.
São já consagrados no programa as gravações do Bernardão, a risada da Véia de um peito só, Akira, o relinchado do jumento.