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Nome artístico
Jorge Sanglard
Nome verdadeiro
Jorge Raimundo Sanglard de Paula
Data de nascimento
20/11/1954
Local de nascimento
Juiz de Fora, MG
Dados biográficos

Jornalista. Pesquisador musical. Programador visual. Produtor cultural.

Dados Atividade Específica

Iniciou sua carreira profissional na década de 1970, como um dos fundadores do jornal alternativo “Bar Brazil” e da revista “D’Lira”. Ajudou, juntamente com José Henrique da Cruz, a manter o movimento “Poesia”, além de coordenar a realização da “Primeira Mostra de Arte Universitária Mineira”, na UFJF.

A partir de meados dos anos 1970 e até 1981, produziu alguns dos principais shows do Circuito Universitário, em Juiz de Fora (MG), realizados por Gonzaguinga, Luiz Gonzaga, Gilberto Gil, João do Vale, Alceu Valença e Aniceto do Império. Produziu apresentações de Egberto Gismonti, Arthur Moreira Lima e Clara Sverner, em Juiz de Fora.

Atuou, entre 1981 e 1997, como repórter de cultura do “Caderno Dois” do jornal “Tribuna de Minas”.

Em dezembro de 1998, co-produziu, no Theatro Central de Juiz de Fora, a pré-estréia do show “As cidades”, de Chico Buarque.

Atuou como colaborador de jornais como “Movimento” e “Em Tempo”, nas sucursais de Minas.

Como programador visual, elaborou o projeto gráfico da “Tribuna da Tarde”, criou a capa e o encarte dos discos “Alpendre”, “Nuances” e “Intuitiva melodia”, do compositor, violonista e guitarrista mineiro Chico Curzio, e a arte do encarte do disco “Traços na parede”, também de Chico Curzio.

Elaborou o projeto gráfico do CD “Sertão das Miragens”, de Luizinho Lopes e Marcela Lobo, e assinou a apresentação dos CDs “Caminhos Gerais” (Ronaldo Cadeu & Daniel Morais), “Mamão com açúcar” (Armando Aguiar, o Mamão), e “Batuque de negro” (Geraldo Santana).

Junto com o artista gráfico Jorge Arbach e com o crítico de literatura Gilvan P. Ribeiro manteve, semanalmente, uma página de literatura no “Caderno Dois”, da “Tribuna de Minas” e na “Tribuna da Tarde”.

Ao lado do jornalista e crítico de arte Walter Sebastião, ajudou a articular a divulgação do movimento e da campanha “Mascarenhas, meu amor” que, no início dos anos 1980, mobilizou artistas e a comunidade para a transformação da Fábrica Bernardo Mascarenhas em centro cultural.

Desde 1993, vem atuando na pesquisa, na divulgação e na luta pelo tombamento e restauração de dois ícones da arte moderna a céu aberto na cidade: o painel em azulejos “As Quatro Estações”, criado em 1956, por Candido Portinari, para a fachada do Edifício Clube Juiz de Fora, e o “Marco do Centenário de Juiz de Fora”, primeiro monumento abstrato e concretista em praça pública no Brasil, projetado em 1949 por Arthur Arcuri, engenheiro-arquiteto modernista, e trazendo ainda o primeiro mosaico em vidrotil na concepção modernista criado em praça pública no país, em 1950, por Di Cavalcanti, e inaugurado em 1951.

Ainda como jornalista, desencadeou nas páginas da “Tribuna de Minas” a campanha pelo resgate da importância cultural do Museu Mariano Procópio, o primeiro museu de Minas, que tem um dos mais significativos acervos do país com mais de 45 mil peças.

Ao denunciar, numa série de reportagens, os problemas crônicos que ameaçavam o acervo eclético e o prédio do Museu Mariano Procópio, conseguiu articular o apoio de artistas, escritores e jornalistas para uma campanha de salvação do Museu. O movimento viabilizou a criação da Associação de Apoio ao Museu Mariano Procópio e conquistou a solidariedade e o apoio de amplos setores da comunidade.

Teve atuação decisiva na redescoberta e no resgate da cidadania cultural do compositor, cantor e violonista De Moraes, autor da letra de “Minas Gerais”, o “hino” popular dos mineiros, canção eleita pelo voto popular como a música do século em Minas, pela TV Globo Minas.

Realizou a pesquisa e articulou a edição do CD “De Moraes”, lançado pela Allca Music, com produção de Cléber Camargo, recuperando, a partir de originais em 78 rpm, 14 canções de um dos principais compositores mineiros da era do rádio, nos anos 1940 e 1950.

É coordenador da antologia “Poesia em Movimento”, reunindo a produção poética de 42 autores contemporâneos com atuação em Juiz de Fora nos movimentos “Poesia”, “Bar Brazil”, “D’ Lira” e “Abre Alas”, entre 1975 e 2000. O livro conta com apresentações de Gilvan P. Ribeiro e Affonso Romano de Sant’ Anna.

Integrou Conselho Diretor do Cine-Theatro Central e, entre janeiro de 1997 e junho de 2003, exerceu a função de Assessor de Relações Públicas da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), em Juiz de Fora, onde editou a “Revista de Cultura AZ”. Fundou, foi vice-presidente e é segundo-secretário da Associação Cultural de Apoio ao Museu Mariano Procópio. Colaborou com o jornal musical “International Magazine” e com o “Jornal do Rock”. É colaborador especial do caderno “das Artes das Letras” do jornal O Primeiro de Janeiro, no Porto, em Portugal, e colabora com o jornal literário “Rascunho”, além dos jornais mineiros “Hoje em Dia” e “Estado de Minas”. É primeiro-secretário do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Juiz de Fora e seu representante junto à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Colaborou, como pesquisador, com o Instituto Cultural Cravo Albin, no Dicionário Houaiss Ilustrado da Música Popular Brasileira.