Jornalista. Pesquisador musical. Programador visual. Produtor cultural.
Iniciou sua carreira profissional na década de 1970, como um dos fundadores do jornal alternativo “Bar Brazil” e da revista “D’Lira”. Ajudou, juntamente com José Henrique da Cruz, a manter o movimento “Poesia”, além de coordenar a realização da “Primeira Mostra de Arte Universitária Mineira”, na UFJF.
A partir de meados dos anos 1970 e até 1981, produziu alguns dos principais shows do Circuito Universitário, em Juiz de Fora (MG), realizados por Gonzaguinga, Luiz Gonzaga, Gilberto Gil, João do Vale, Alceu Valença e Aniceto do Império. Produziu apresentações de Egberto Gismonti, Arthur Moreira Lima e Clara Sverner, em Juiz de Fora.
Atuou, entre 1981 e 1997, como repórter de cultura do “Caderno Dois” do jornal “Tribuna de Minas”.
Em dezembro de 1998, co-produziu, no Theatro Central de Juiz de Fora, a pré-estréia do show “As cidades”, de Chico Buarque.
Atuou como colaborador de jornais como “Movimento” e “Em Tempo”, nas sucursais de Minas.
Como programador visual, elaborou o projeto gráfico da “Tribuna da Tarde”, criou a capa e o encarte dos discos “Alpendre”, “Nuances” e “Intuitiva melodia”, do compositor, violonista e guitarrista mineiro Chico Curzio, e a arte do encarte do disco “Traços na parede”, também de Chico Curzio.
Elaborou o projeto gráfico do CD “Sertão das Miragens”, de Luizinho Lopes e Marcela Lobo, e assinou a apresentação dos CDs “Caminhos Gerais” (Ronaldo Cadeu & Daniel Morais), “Mamão com açúcar” (Armando Aguiar, o Mamão), e “Batuque de negro” (Geraldo Santana).
Junto com o artista gráfico Jorge Arbach e com o crítico de literatura Gilvan P. Ribeiro manteve, semanalmente, uma página de literatura no “Caderno Dois”, da “Tribuna de Minas” e na “Tribuna da Tarde”.
Ao lado do jornalista e crítico de arte Walter Sebastião, ajudou a articular a divulgação do movimento e da campanha “Mascarenhas, meu amor” que, no início dos anos 1980, mobilizou artistas e a comunidade para a transformação da Fábrica Bernardo Mascarenhas em centro cultural.
Desde 1993, vem atuando na pesquisa, na divulgação e na luta pelo tombamento e restauração de dois ícones da arte moderna a céu aberto na cidade: o painel em azulejos “As Quatro Estações”, criado em 1956, por Candido Portinari, para a fachada do Edifício Clube Juiz de Fora, e o “Marco do Centenário de Juiz de Fora”, primeiro monumento abstrato e concretista em praça pública no Brasil, projetado em 1949 por Arthur Arcuri, engenheiro-arquiteto modernista, e trazendo ainda o primeiro mosaico em vidrotil na concepção modernista criado em praça pública no país, em 1950, por Di Cavalcanti, e inaugurado em 1951.
Ainda como jornalista, desencadeou nas páginas da “Tribuna de Minas” a campanha pelo resgate da importância cultural do Museu Mariano Procópio, o primeiro museu de Minas, que tem um dos mais significativos acervos do país com mais de 45 mil peças.
Ao denunciar, numa série de reportagens, os problemas crônicos que ameaçavam o acervo eclético e o prédio do Museu Mariano Procópio, conseguiu articular o apoio de artistas, escritores e jornalistas para uma campanha de salvação do Museu. O movimento viabilizou a criação da Associação de Apoio ao Museu Mariano Procópio e conquistou a solidariedade e o apoio de amplos setores da comunidade.
Teve atuação decisiva na redescoberta e no resgate da cidadania cultural do compositor, cantor e violonista De Moraes, autor da letra de “Minas Gerais”, o “hino” popular dos mineiros, canção eleita pelo voto popular como a música do século em Minas, pela TV Globo Minas.
Realizou a pesquisa e articulou a edição do CD “De Moraes”, lançado pela Allca Music, com produção de Cléber Camargo, recuperando, a partir de originais em 78 rpm, 14 canções de um dos principais compositores mineiros da era do rádio, nos anos 1940 e 1950.
É coordenador da antologia “Poesia em Movimento”, reunindo a produção poética de 42 autores contemporâneos com atuação em Juiz de Fora nos movimentos “Poesia”, “Bar Brazil”, “D’ Lira” e “Abre Alas”, entre 1975 e 2000. O livro conta com apresentações de Gilvan P. Ribeiro e Affonso Romano de Sant’ Anna.
Integrou Conselho Diretor do Cine-Theatro Central e, entre janeiro de 1997 e junho de 2003, exerceu a função de Assessor de Relações Públicas da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), em Juiz de Fora, onde editou a “Revista de Cultura AZ”. Fundou, foi vice-presidente e é segundo-secretário da Associação Cultural de Apoio ao Museu Mariano Procópio. Colaborou com o jornal musical “International Magazine” e com o “Jornal do Rock”. É colaborador especial do caderno “das Artes das Letras” do jornal O Primeiro de Janeiro, no Porto, em Portugal, e colabora com o jornal literário “Rascunho”, além dos jornais mineiros “Hoje em Dia” e “Estado de Minas”. É primeiro-secretário do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Juiz de Fora e seu representante junto à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Colaborou, como pesquisador, com o Instituto Cultural Cravo Albin, no Dicionário Houaiss Ilustrado da Música Popular Brasileira.