
Jornalista. Crítico. Fotógrafo. Assessor de imprensa. Produtor musical e de discos. Diretor e apresentador de TV. Documentarista.
Iniciou sua carreira profissional em 1959, como estagiário do Departamento de Relações Públicas do jornal “O Globo”, abandonando essa função para atuar como repórter da revista “Radiolândia”, como colunista de TV para a revista “Cinderela” e também como colunista de disco para a revista “Cinelândia”. Em função do seu domínio do idioma inglês e de seu conhecimento sobre música popular norte-americana (adquirido através dos discos 78 rpm de seu pai, das leituras de contracapas dos LPs de 10 polegadas e de revistas e livros especializados e da audição de programas de rádio como “Hora da Broadway”, de Waldir Finotti, e de programas de jazz de Estevão Herman, Alex Quitover e Paulo Santos), foi escalado para cobrir as temporadas de artistas como Sarah Vaughan, Billy Eckstine e Julie London no Brasil.
Em 1960, realizou uma entrevista, no Copacabana Palace, com a cantora norte-americana Lena Horne, que lhe confessou seu deslumbramento com João Gilberto e o sonho de homenagear Iemanjá com dádivas atiradas ao mar em frente do hotel. A entrevista foi oferecida ao jornal “Diário da Noite” e lhe valeu um contrato para um estágio não remunerado nessa publicação. Como todo iniciante, foi alocado na seção policial, tendo realizado, inclusive, a cobertura jornalística da morte do bandido Mineirinho. O fato que o transferiu definitivamente para o trabalho na área da música popular foi a tradução e adaptação de uma reportagem publicada na revista “Esquire” sobre o cantor norte-americano Sammy Davis Jr., que estava, nessa época, com estréia marcada para apresentações no Rio de Janeiro.
Em 1961, foi para a Bloch Editores, trabalhando como repórter nas revistas “Manchete”, “Fatos & Fotos” e “Jóia”.
Dois anos depois, mudou-se para os Estados Unidos, onde atuou como correspondente internacional dessas revistas, até ser contratado para trabalhar como intérprete do Departamento de Estado Americano, em Washington.
A partir de então, como repórter e fotógrafo, produziu matérias sobre todo tipo de acontecimento, embora privilegiasse os de música popular: entrevistou os integrantes do conjunto The Beatles e acompanhou o desenvolvimento e a fixação da bossa nova na cultura popular norte-americana (com a explosão popular de Astrud Gilberto e Sérgio Mendes, o respeito dos músicos e críticos por Tom Jobim e o sucesso instantâneo de Dorival Caymmi depois de uma única apresentação no programa de TV de Andy Williams).
Trabalhou, também, como colaborador do “Jornal do Brasil” e da Rádio Jornal do Brasil.
Em 1968, retornou ao Brasil e, como repórter especial das revistas “Manchete”, “Fatos & Fotos” e “Ele & Ela”, continuou dedicando boa parte do seu trabalho à cobertura da música popular, com destaque para os Festivais Internacionais da Canção. Ainda nesse ano, na noite da final nacional do III FIC, atuando como repórter da “Manchete”, ajudou a esconder, na camionete Rural Willys, da revista, o compositor Geraldo Vandré, autor de “Caminhando/Pra não dizer que não falei de flores” (música favorita da platéia que lotava o Maracanãzinho), que temia ser preso pela ditadura militar vigente no país.
Em 1972, trabalhou como assessor de imprensa do VII Festival Internacional da Canção (Rede Globo).
No ano seguinte, com a colaboração do produtor musical Armando Pittigliani, organizou e participou do primeiro Grupo de Trabalho da PolyGram (idéia de André Midani, então presidente da gravadora), integrado também por Paulo Alberto Monteiro de Barros (Artur da Távola), Zuenir Ventura, Homero Icaza Sanchez, Nélson Motta, Maria Clara Mariani e Maria Clara Pellegrino. Ainda em 1973, participou da equipe de criação e produção da Phono 73, evento que reuniu o cast da PolyGram em espetáculo realizado em São Paulo e registrado em disco.
Dirigiu a criação do American Song Festival, primeiro festival da canção dos Estados Unidos, realizado em Saratoga Springs (Nova York).
Em 1978, elaborou os textos de divulgação e as capas dos discos da WEA da “Noite brasileira no Montreux Jazz Festival”, que reuniu no palco Gilberto Gil, Ivinho e o conjunto A Cor do Som.
No ano seguinte, exerceu a função de coordenador do Festival 79, da Rede Tupi de Televisão.
Atuou como crítico de espetáculos da revista “Istoé” de 1978 a 1980.
Entre 1981 e 1984, dirigiu e produziu a série de discos infantis da WEA, produziu os discos da coleção infantil Taba, da Editora Abril, e produziu o disco “Jasmineiro”, de Túlio Mourão.
Participou, ainda, da equipe de criação e produção do Prêmio Colunistas (Agência Archi & Graphio: Lançamento Carnaval).
Com a colaboração de Roberto Menescal, diretor artístico da gravadora, organizou e participou do segundo Grupo de Trabalho da PolyGram, ao lado de Tom Leão, Samuca Wainer, Léo Monteiro de Barros, Fernanda Pinto e Bebel.
Em 1985, atuou como coordenador do Festival dos Festivais (Rede Globo e VPI).
Três anos depois, realizou a direção e a apresentação do programa “Rio 9 e meia” (TV Rio).
Entre 1991 e 1994, trabalhou na TVE, onde exerceu a função de diretor e apresentador do programa “Curto-circuito”, além de ter assinado a direção do especial “Tom Jobim e seus amigos” (Tom, enredo da Mangueira).
Ao longo de sua carreira, trabalhou para as revistas “Radiolândia”, “Cinderela”, “Cinelândia”, “Revista do Fluminense”, “Manchete”, “Fatos & Fotos”, “Ele & Ela”, “Geográfica”, “Amiga”, “Istoé”, “Playboy”, “Status”, “Interview”, “Vogue”, “Elle”, “Sexy”, “Night” e “Petrobras BR”, para os jornais “Metropolitano” (PUC), “Diário da Noite”, “O Globo”, “Jornal do Brasil”, “O Dia”, “Tribuna da Imprensa”, “Ultima Hora”, “O Estado de S. Paulo”, “Folha de S. Paulo”, “Jornal da Tarde”, “Pasquim” e “Jornal da República”.
Atuou como correspondente brasileiro da revista especializada “Billboard” e assinou colunas de disco para as revistas “Manchete”, “Fatos & Fotos”, “Ele & Ela” e “Amiga”.
Para gravadoras, realizou fotos de capas de discos e assinou textos de contracapas e de divulgação.
Fora da atividade musical específica, foi colunista de “Ultima Hora”, crítico de TV do “Jornal do Brasil”, assessor de imprensa do FestRio (Festival Internacional de Cinema), Couromoda e Rede Globo, além de ter atuado como consultor da ESPN Internacional (Bristol, Connecticut).
Em vídeo, transformou o estilo “cinema-verité” em “cinema-fausseté”, realizando o documentário “Brasil campeão do mundo de 1950” e, em “Casablanca”, além de obrigar Humphrey Bogart a dizer, “Play it again, Sam!” (frase inexistente no original), criou um final feliz: Humphrey Bogart e Ingrid Bergman juntos e felizes para sempre.
Em 1999, escreveu o texto do songbook “A Cor do Som”, publicado pela Editora Gryphus no ano seguinte.
Foir responsável, em 2000, pela coordenação do Festival da Música Brasileira (Rede Globo e VPI).