João Augusto

No ano de 1976 começou produzindo discos de entrevistas com artistas (João Nogueira, Fafá de Belém, Chico Buarque etc) para a rádio. Segundo ele, o locutor recebia o disco e o script para fazer as perguntas.

No final dos anos 70 passou a trabalhar como produtor de programas, na Rádio Nacional, com Ricardo Cravo Albin, que apresentava o programa dominical “Canto Maior”.

Produziu artistas como Marina Lima, Eduardo Dusek Renato Russo, Legião Urbana e Erasmo Carlos, entre outros.

Contratado por Roberto Menescal trabalhou como produtor de discos e gerente artístico da gravadora Polygram, tendo produzido o LP “Meu amigo, meu herói”, de Zizi Possi, entre muitos outros.

Em 1985 lançou pelo selo Fontana o LP “Ritmos brasileiros”, no qual apresentava releituras de ritmos como o baião, o coco, a lambada e o xaxado a partir da mistura de instrumentos acústicos com aparatos tecnológicos.

No ano de 1993 assumiu como diretor artístico da gravadora EMI-Odeon, quando desenvolveu ativo programa de discos estratégicos, que iam do samba e do pagode a diversas vertentes do pop-rock. Lançou projetos audaciosos de recuperação do acervo da mesma gravadora feito em 78 rpm, entre os quais Francisco Alves e Carmen Miranda, abrigados em luxuosas edições de caixas, contendo encartes e cinco CDs. Desses projetos, o mais custoso foi o da cantora Carmem Miranda, cujos originais foram remasterizados no estúdio Abbey Road, em Londres (Inglaterra), sob supervisão pessoal do produtor. Desligou-se da EMI-Odeon em 1997, para dedicar-se a projetos pessoais ligados ao disco, inclusive criando, no ano seguinte, em 1998, a sua própria gravadora Deck Discos, segundo ele 100% nacional, com sua esposa Mônica e seus dois filhos Lígia e Rafael Ramos. Por sua gravadora lançou a roqueira baiana Pitty, o grupo de rock Los Hermanos, a banda Falamansa, Maranza, Revelação, Fernanda Takai, Gang do Eletro, Nação Zumbi e Sorriso Maroto, entre outros artistas.

No ano de 2009 comprou a fábrica de vinis Polysom, em Belford Roxo, cidade da Baixada Fluminense do Estado do Rio de Janeiro, considerada a única fábrica deste produto em toda a América Latina. Por ela fabricou os oito discos de carreira da banda Legião Urbana e os dois discos solos de Renato Russo, além da série “Clássicos em vinil” com 60 títulos lançados, destacando-se “Da lama ao caos” (Nação Zumbi), “Jards Macalé” (Jards Macalé, de 1972), “Usuário” (Planet Hemp) e “Supercariocas” (Picassos Falsos).