
Pesquisador. Colecionador. Fotógrafo. Neto do folclorista Mello Moraes Filho e primo de Vinícius de Moraes. Sua infância foi cercada de música o que acabou por lhe despertar o gosto e interesse pela pesquisa musical. Dois dos filhos de seu avô eram seresteiros. Quando era criança, em sua casa frequentemente havia saraus de modinhas aos quais compareciam nomes como Lúcio Rangel, Sérgio Porto, Bororó, Dilermando Reis, Orestes Barbosa, Rubem Braga e Vinícius de Moraes, entre outros. Deu sequencia a tradição familiar de saraus e recebia constantemente em sua casa nomes como José Ramos Tinhorão, Ismael Silva,Bide, Nelson Cavaquinho e Baden Powell, entre outros. Faleceu de complicações de um câncer no pulmão.
Começou sua famosa coleção herdando os discos do avô. O destino acabou dando-lhe uma ajuda, pois foi colega de turma de uma das netas de Fred Figner, dono da Casa Edison, pioneira na gravação de discos no Brasil. Com essa amizade aproximou-se da família Figner e acabou tendo acesso a importantes documentos sobre a gravadora e seus artistas. Na década de 1950, manteve com o irmão José Moraes Franceschi um estúdio fotográfico. Como fotógrafo, trabalho na Revista da Semana, no Diário Carioca e no Jornal do Brasil. Em 1984, lançou o livro “Registro sonoro por meios mecânicos no Brasil”. Sua coleção de discos, uma das mais importantes do Brasil foi vendida ao Instituto Moreira Salles no começo dos anos 2000. Em 2002, lançou o livro “A Casa Edson e seu tempo”. Em 2010, lançou o livro “Samba de sambar do Estácio – 1928 a 1931”.