Professor, técnico de som, produtor musical, eletrotécnico e engenheiro elétrico.
De família musical – a mãe cantava em regionais no subúrbio do Rio de Janeiro, RJ e o avô era seresteiro – chegou a aprender piano e violão, mas não se considerava apto a tocar como gostaria. Procurou se aproximar da música pelo lado técnico, em paralelo ao curso de eletrotécnica no CEFET – RJ e à faculdade de engenharia elétrica na Veiga de Almeida, pela qual se graduou.
Chegou a trabalhar na parte de manutenção em uma empresa da área de telefonia, mas o apelo da música foi mais alto e o engenheiro pediu apoio familiar para se estabelecer na área técnica da música.
A partir de meados da década de 1970, começou a pesquisar e conhecer equipamentos, instrumentos e amplificadores. Conheceu Acácio, um dos pioneiros do áudio no Rio de Janeiro, que trabalhava com a banda de baile Painel de Controle. Acompanhando o amigo, depois foi para os Famks (embrião da banda Roupa Nova), onde começou a trabalhar na área de manutenção de equipamentos. Após a saída de Acácio, também um dos pioneiros do áudio no Rio de Janeiro, assumiu a operação de áudio.
Enquanto trabalhava com os Famks, continuou a fazer trabalhos de manutenção e conserto de equipamentos de outros artistas, como os Mutantes.
Ainda no final dos anos 1970, foi responsável pelo sistema de sonorização dos desfiles do Grupo B, indicando, já na época, a necessidade de criar um processo que desse conta dos atrasos – o chamado “delay” – entre o som ouvido pela plateia e a escola de samba no decorrer da distância percorrida na Avenida. Processo que seria implantado anos mais tarde na Marquês de Sapucaí.
Em 1978 começou a trabalhar como técnico de gravação e mixagem nos estúdios da Odeon.
No início dos anos 1980, trabalhando na empresa Mac Audio, projetou ou ajudou a projetar sistemas em eventos históricos para o áudio brasileiro, como a visita do Papa e a missa no Maracanã ou o show da banda Earth Wind and Fire no Maracanãzinho e no Ibirapuera, em São Paulo. Neste evento conheceu o engenheiro de som da banda George Massemburg. Durante as atividades com a banda, pesquisou e aprendeu sobre os divisores de frequência, que direcionavam determinadas faixas de frequência aos falantes da caixa de som dimensionados para elas.
O que aprendeu com o Earth Wind and Fire, usou no projeto de sonorização do trio elétrico Tapajós, em 1980. Em um show da banda Famks em Salvador, Luis Caldas, que era diretor artístico do Trio Eletrico Tapajos , viu o resultado do sistema e levou isso para Orlando Campos, proprietário do Trio. Com a ajuda de Acácio, Framklim implantou um projeto com divisores de frequência que demorou dois anos até ser totalmente implantado, sendo a referência do som de trio elétrico dali por diante. Durante o projeto, se aproximou de nomes históricos do áudio na Bahia como João Américo e Carlos Corrêa.
No decorrer dos anos 1980, trabalhou em diversos álbuns fundamentais, inclusive do BRock. Um dos destaques foi o disco dos Paralamas do Sucesso “O Passo do Lui”, segundo da banda, lançado em 1984. Como coprodutor, procurou aproximar a sonoridade da banda ao que era feito, tecnicamente, no áudio da banda The Police, conforme as referências apresentadas pelos integrantes da banda. Pouco depois, saiu da EMI e começou a trabalhar nos estúdios da RCA.
Em 1985, trabalhando com os Paralamas do Sucesso e outros artistas nacionais, acompanhou o trabalho dos profissionais da Clair Brothers, uma das maiores locadoras de equipamentos de áudio no mundo, sediada nos EUA. No processo, pode acompanhar equipamentos e processos de trabalho que mudaram a forma de trabalhar com áudio no Brasil.
No início da década de 1990 a gravadora vendeu o estúdio aos técnicos de som com Framklim Garrido sendo um deles.
No decorrer da década de 1990, concentrou as atividades em projeto e consultoria.
Em 1998 se tornou professor do Instituto de Áudio e Vídeo, em São Paulo, SP: um dos primeiros cursos de áudio profissional no país.
Em 2000 participou da sonorização do evento “50 anos Maracanã”. No mesmo ano operou o som no evento feito por João Paulo II no Aterro do Flamengo, que teve público recorde de 2 milhões de pessoas.
Em 2002 fez a supervisão geral dos sistemas de sonorização da Marquês de Sapucaí
Durante os anos 2010, lecionou no MBA TV Digital e Novas Mídias, da Universidade Federal Fluminense (UFF). A universidade autorizou Framklim a lecionar no curso por conta do título de Notório Saber em áudio em Engenharia de Telecomunicações que o engenheiro ganhou da própria UFF anteriormente.
No decorrer da carreira gravou e operou diversos artistas nacionais e estrangeiros, dentre eles, Paralamas do Sucesso, Simone, 14 BIS, Blitz, Roupa Nova, Elis Regina, Milton Nascimento, Ivan Lins e Legião Urbana.
Entre os festivais nos quais atuou, estiveram o Hollywood Rock RJ/SP; Rock’n Rio I, Rock’n Rio II, Rock’n Rio III ( como engenheiro de Gravação no Palco Brasil.
Entre as turnês em que atuou, em diversas funções técnicas, estão Earth, Wind and Fire (1980), Kiss (1983), Lulu Santos (1991/1992) e Legião Urbana (1992/1993) entre outras.