
Professora. Pesquisadora do CNPq. Regente coral. Arranjadora coral. Escritora. Passou a infância no Bairro de Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde tomou contato íntimo com o folclore brasileiro. Ainda na infância começou a estudar piano. Na década de 1960 ingressou no curso técnico da Escola de Música da UFRJ. Graduou-se em Educação Artística. Fez Licenciatura em Música, Graduação em Canto e Piano. Fez várias especializações e aperfeiçoamentos, além de Pós Graduação Latu Sensu em Folclore, Iniciação Musical, Didática e Educação Musical.
Atuou como professora de Educação Artística em escolas públicas de 1º Grau, onde desenvolveu trabalho como regente coral. Foi professora de Percepção Musical da UNIRIO, no Rio de Janeiro, no período de 1972 a 1994, Professora Adjunta IV, do Instituto Villa-Lobos e Professora Titular de Percepção Musical na Escola de Música da UFRJ. Desenvolvendo intensa e profícua atividade de pesquisa em música, participou de diversos congressos, encontros, seminários e cursos de férias, como conferencista, membro de mesa-redonda e/ou professora, sendo laureada em diversos concursos de monografias. Em 1983 recebeu menção honrosa no Prêmio Silvio Romero, do Instituto Nacional do Folclore, com “As pastorinhas de Realengo”, publicando o ensaio em 1987 pela Editora da UFRJ. Em 1988 tirou o primeiro lugar no concurso do Museu Villa-Lobos/Pró-Memória/MinC, com “Villa-Lobos visto sem preconceito”. No mesmo ano ficou em terceiro lugar no Prêmio Grandes Educadores Brasileiros do INEP/MEC, com “Villa-Lobos o educador” e em quarto lugar no Prêmio Villa-Lobos, sua vida e obra, promovido pela Organização dos Estados Americanos e governo brasileiro. Em 1989 tirou o primeiro lugar no concurso Lúcio Rangel, da Funarte, com “Jacob, um bandolim inesquicivel”. No mesmo ano publicou o livro “500 canções brasileiras”, pela Luiz Bogo Editor. Em 1993, publicou “As estruturas modais da música folclórica” pela UFRJ. Em 1995 publicou “Correntes pedagógico-musicais brasileiras: um estudo”, também pela UFRJ. No mesmo ano, recebeu o prêmio especial da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, Prêmio Carioca de Pesquisa Monográfica, com “Sôdade do Cordão”. Em 1997 publicou “Jacob do Bandolim”, pela Funarte. No mesmo ano publicou “Villa-Lobos o educador” pelo INEP/MEC. Também publicou artigos em várias revistas, entre as quais, “Revista Brasileira de Música”, “Revista da Academia Nacional de Música”, “Revista Piracema”, “Revista Brasiliana da Academia Brasileira de Música”, “Revista Interfaces do CLA” e “Revista Brasileira de Música Contemporânea”.
Entre diversas atividades técnicas, de representação e administração universitária, foi chefe da Seção Técnica de Ensino e Pesquisa do Instituto Villa-Lobos, da UNIRIO, coordenadora de Graduação da Escola de Música da UFRJ e membro da Comissão de pós-graduação da Escola de Música da UFRJ. Desenvoulveu pesquisa sobre os ritmos populares, sua prática nas baterias das escolas de samba e o ensino formal do ritmo na UNIRIO e na UFRJ. Realizou ainda pesquisa sobre o carnaval do início do século até os anos 1940, levantando melodias inéditas dos cordões das primeiras décadas. Participou de programas nas Rádios MEC e Nacional do Rio de Janeiro e na TV Educativa, também do Rio de Janeiro.
Teve seus trabalhos retratados pela crítica especializada dos jornais “O Globo”, “O Dia”, “Jornal do Brasil”, “Jornal do Comércio” e “A Folha de São Paulo”. Ministrou cursos de Pós-Graduação na UNIRIO, na UFRJ e na Universidade Nacional de Rosário, na Argentina. É membro titular da Academia Nacional de Música. Seu trabalho é considerado de grande relevância pela crítica especializada, como pode ser observado nas observações do musicólogo Brian Hodel, no artigo “Ear training for guitarists”, publicado na revista Guitar Review número 68, em 1987, e na “História da música no Brasil” do musicólogo Vasco Mariz.
Em 2000 publicou pela editora Elf o livro “Villa-Lobos – Sôdade do cordão” e pela Musimed, a “Pedagogia musical brasileira no século XX – metodologias e tendências”.
Em 2002, publicou o livro “O modalismo na música brasileira”, pela Musimed. No mesmo ano, recebeu a medalha Pedro Ernesto da Câmara Municipal do Rio de Janeiro e foi agraciada com a “Woman of Achievement Award”, pelo IBC de Cambridge, Inglaterra. Seu nome constitui verbete no “Who’s who in the 21st Century” do Internacional Biographical Centre de Cambridge, Inglaterra, do “Guia da Música Contemporânea Brasileira do Centro de Documentação de Música Contemporânea da UNICAMP, do “Dicionário de Folcloristas Brasileiros”, em sua 5ª edição e do “Cadastro Nacional de Folcloristas da Comissão Nacional de Folclore do IBECC/UNESCO. Em 2018, estimulada pelo nascimento de seu neto José, resolveu resgatar seus cadernos com canções infantis e lançou o CD “Cantando e brincando com Vovó Linda” reunindo clássicos da educação infantil musical como o trabalho de Liddy Chiaffarelli, educadora, musicista e pianista. Segundo suas palavras: “Quis recuperar a melodia que envolvia e valorizava o movimento, o cancioneiro do aprendizado, da suavidade. As músicas primam pela delicadeza e são acompanhadas por violão, cavaquinho, viola sertaneja e contrabaixo”. Em 2019, foi lançado o segundo volumes com dois CDs, um com 27 músicas e o segundo com playbacks para os educadores usarem em sala de aula. O nome artístico “Vovó Linda” foi dado por sua filha.