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Nome artístico
Delegado
Nome verdadeiro
Hégio Laurindo da Silva
Data de nascimento
29/12/1921
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
12/11/2012
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Dançarino. Passista. Músico.
Filho de Maria e Miguel Laurindo da Silva, tecelão e dançarino de gafieiras do Rio de Janeiro.
Nasceu no Morro de Santo Antônio, uma das favelas do complexo da Mangueira.
Quanto ao seu pseudônimo, destacamos um trecho do livro “Delegado e Dionísio – Vidas em passos de arte”, de Sérgio Gramático Júnior:

“… Cada hora aparecia de mãos dadas com uma cabrochinha nova, deixando aflorar seu jeito mulherengo desde muito cedo. A vista apurada de Mané Araújo (irmão mais velho do compositor Geraldo Pereira) não podia deixar essa passar em registro e para aquele moleque danado, bom de lábia e namorador, cunhou o apelido que se tornaria famoso internacionalmente: Delegado, pois prendia as meninas no papo…”.

Mestre-sala da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, aos cinco anos de idade já imitatava os passos de seu ídolo na época, o mestre-sala Jorge Rasgado. Por essa época, ajudava no sustento da casa vendendo jornais e garrafas. Mais tarde fez parte do time semi-profissional do Esporte Clube Cerâmica.
Como dançarino fez parte da Companhia de Carlos Machado apresentando-se no Cassino da Urca, na boite Nigth and Day e em vários países.
Integrando as excursões da Mangueira apresentava seu show “Delegado e Suas Cabrochas”.
No ano de 2005, integrando a Velha-Guarda da Mangueira, apresentou-se regularmente com o grupo e ainda trabalhava como o principal instrutor do projeto “Mangueira do Amanhã”, no qual atuava na formação de mestre-salas e porta-bandeiras.
Durante a carreira de dançarino conheceu vários países da Europa, América do Sul e ainda os Estados Unidos.

Dados Atividade Específica

Fez parte do Bloco Carnavalesco Unidos da Mangueira, que mais tarde, junto a outros blocos do morro, vieo a formar a escola de samba Mangueira. Na escola fez parte da bateria tocando surdo e mais tarde chegou a diretor de harmonia e de bateria. Criou e participou de várias alas da escola.
Como mestre-sala fez dupla com as porta-bandeiras Nininha, Neide e Mocinha, com as quais recebeu por 36 vezes a nota máxima nos desfiles da escola.
No ano de 2006, já como aposentado, era considerado uma das figuras referenciais da Mangueira e de seu time de estrelas.

BIBLIOGRAFIA CRÍTICA:

JÚNIOR, Sérgio Gramático. Delegado e Dionísio – Vidas em passos de arte. Rio de Janeiro: Hama Editora, 2011.