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Nome artístico
Cesar Ladeira
Nome verdadeiro
Cesar Rocha Brito Ladeira
Data de nascimento
11/12/1910
Local de nascimento
Campinas, SP
Data de morte
8/9/1969
Local de morte
Campinas, SP
Dados biográficos

Radialista. Foi casado com a atriz Renata Fronzi. Seus filhos Cesar Fronzi Ladeira e Renato Fronzi Ladeira, foram os criadores da banda de rock A Bolha. Em 1928, com 18 anos, mudou-se para São Paulo a fim de estudar Direito e matriculou-se na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.Pouco depois largou a faculdade e foi trabalhar no jornal O Diário de São Paulo.

Dados Atividade Específica

Em 1926, com apenas 16 anos de idade, escreveu um artigo para o “jornal para moças” “A Kermesse”, utilizando o pseudônimo de Itoby de Alencar. Mais tarde, passou a escrever semanalmente para o jornal “Diretrizes”, assinando uma coluna com o título de “Manhã, tarde e noite”. Em 1929, ingressou como redator no jornal O Diário de São Paulo. Em seguida passou a trabalhar no jornal “Correio da tarde”. Iniciou a carreira radiofônica em 1931, como locutor da Rádio Record de São Paulo. Em 1932, celebrizou-se com suas transmissões em prol dos paulistas durante a chamada Revolução Constitucionalista. Foi preso e depois de solto, foi para o Rio de Janeiro, sendo contratado em 1933 pela Rádio Mayrink Veiga, como locutor e diretor artístico. Uma de suas primeiras ações como diretor artístico foi a criação da “Classe dos artistas exclusivos”. Assim, contratou para a Mayrink Veiga os artistas Francisco Alves, Carmen Miranda, Jorge Fernandes, Madelou de Assis, Silvinha Melo, Bando da Lua, Elisinha Coelho, Irmãos Tapajós, Patrício Teixeira e Luiz Barbosa. Segundo o pesquisador Antônio Epaminondas no livro “Brasil brasileirinho”: “Ao seu tempo na Mayrink Veiga, seu horário de trabalho começava às seis da tarde indo até meia-noite. Cesar fazia de tudo: anunciava, lia crônicas sentimentais, comentários políticos, apresentava cantores, interpretava esquetes, etc. Ficaram famosas suas cenas radiofônicas com Cordélia Ferreira, de voz grave, estranha, diferente, mas, que contava com inúmeros admiradores. (…) Cesar Ladeira criou uma escola, tornando o locutor o principal ponto de ligação entre a emissora e os ouvintes. Sua dicção era perfeita e a beleza da sua voz valorizava qualquer script. Seu estilo marcou época no rádio brasileiro, fazendo outros locutores em suas estações mais ou menos a mesma coisa que Cesar na Mayrink”. Em 1935, atuou no filme “Alô alô Brasil”, dirigido por Wallace Downey, Braguinha e Alberto Ribeiro. Em 1936, foi convidado por Joaquim Rolla, proprietário do Cassino da Urca, para trabalhar lá como diretor artístico. Para promover o cassino, criou o célebre bordão “A E I O Urca”. Em 1946, atuou no filme “Sob a luz do meu bairro”, dirigido por Moacyr Fenelon. Em 1948, foi contratado pela Rádio Nacional, onde, ao longo de dez anos, apresentou o programa “Seu criado, obrigado”, ao lado de Daisy Lúcidi, entre outros programas. Em 1949, com o irmão mais velho, criou a Rádio Relógio. Em 1967, passou a atuar em programas humorísticos na TV Tupi. Criou diferentes epítetos para os mais variados cantores e cantoras. Os mais famosos foram: “A Pequena Notável”, para Carmen Miranda; “O cantor que dispensa adjetivos”, para Carlos Galhardo; “O caboclinho querido”, para Sílvio Caldas, e “A garota grau dez”, para Emilinha Borba.