
Produtor musical. Discotecário. Radialista. Apresentador de TV. Jornalista. Disquei Jockei.
Ex-professor de Geografia do Colégio de Aplicação da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), na qual lecionou até o final da década de 1960.
No início da década de 1970 foi um dos primeiro, ao lado de outros discotecários como Ademir Lemos, a produzir os bailes iniciais de soul music no Brasil. Por essa época, junto a Ademir Lemos e ao discotecário Mário Henrique Peixinho, criou o evento “Bailes da Pesada”, na Choperia Canecão, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O “Primeiro Baile da Pesada” aconteceu no dia 12 de julho de 1970, no Canecão e era basicamente com músicas do soul music americano. Logo depois, após os donos do Canecão resolverem acabar com a música mecânica, passou a apresentar o evento de forma itinerante em vários clubes e ginásios da Zona Norte e da Baixada Fluminense. Por essa época, começaram a surgir outros discotecários influenciados por sua iniciativa como Mr. Paulão e Dom Filó (Equipe Soul Grand Prix); Rômulo Costa e Giberto Guarani (Equipe Som 2000 e Guarani 2000, mais tarde renomeada para Furacão 2000); Messiê Limá, Mister Funk Santos e Ricardo Lamounier, assim como equipes de som, tais como A Cova, Saturno e Cash Box, todos com base na divulgação do gênero americano soul music.
Faleceu em decorrência de um infarto do miocárdio aos 33 anos.
Seu jargão mais conhecido foi “Hello crazy people, Big Boy rides again”.
Criador dos programas diários na Rádio Mundial, “Big Boy Show” e”Ritmos de Boite”, um na Rádio Excelsior de São Paulo e um semanal especializado em Beatles, o “Cavern Club”, também na Rádio Mundial AM.
Em seu programa “Papo Pop”, na TV Record de SP, lançou grupos brasileiros de vanguarda. Foi também o responsável pela implantação do Projeto Eldo Pop, no início das transmissões em FM no Brasil.
Faleceu vitimado por um ataque de asma em quarto de hotel na cidade de São Paulo.
Foi um dos primeiros DJ (Disque Jóquei) a ganhar um programa em uma emissora AM (na época não existia FM), na Rádio Mundial 860 AM, onde levou ao ar entrevistas que fez com Mick Jagger, James Brown e Stevie Wonder.
Como jornalista musical assinou a coluna “Top Jovem” no jornal O Globo e apresentava uma coluna musical no “Jornal Hoje”, na TV Globo.
Entre 1970 e 1974 produziu quatro LPs com músicas para bailes, em um deles, do ano de 1972, o disco “Baile da Cueca”, fora encartada a peça íntima masculina no LP. Neste mesmo ano de 1972 participou como ator do programa de Chico Anysio, no qual interpretou o personagem “Índio Jerônimo”.
No ano de 1973 foi um dos primeiro locutores e programadores da frequência FM, na época, em fase de teste, assinando a programação da Eldo Pop, do Sistema Globo de Rádio.
A cantora e compositora Fernanda Abreu o citou na letra da música “Entidade urbana”, lançada no ano 2000.
Em 2013 sua viúva Lúcia Duarte e um de seus filhos, o produtor de televisão e também DJ Leandro Petersen criaram a página “Big Boy rides again”, no FaceBook, um dos principais sites de relacionamento da época, a qual foi acessada por amigos e milhares de fãs e admiradores do discotecário.
Em 2023 foi colocada a venda a discoteca com 20 mil discos. Entre os discos, prevalecia a música negra norte-americana. A discoteca ficava em um apartamento em Botafogo sob o cuidado dos filhos. A intenção dos filhos era que a discoteca fosse para alguma instituição que a preservasse coesa e com a possibilidade de digitalização e disponibilização, neste formato, ao público.
BIBLIOGRAFIA CRÍTICA CONSULTADA:
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010.