Oriundo da família do alaúde é também conhecido na França como “mandoline”, onde, inclusive, o instrumento é tão reverenciado que chega a ter um festival somente em louvação a ele, o “Festival Mandolines de Lunel”. Também na Itália o instrumento é reverenciado e conhecido por “mandolino”.
Segundo Arthur de Oliveira:
“Codofônico, o instrumento possui oito cordas emparelhadas (quatro duplas) em sol, ré, lá, mi, do grave para o agudo, postas em vibração por um plectro ou palheta. Como a sonoridade do instrumento é fraca, o modo de prolongá-la é obtido pela rápida agitação da palheta. Frequentemente usado na música erudita e para o qual Vivaldi escreveu concertos, assim como Mozart e Beethoven o usaram em suas obras. O compositor Verdi valeu-se dele para criar atmosfera em “Otelo” e “Falstaff”.
No início do século XX o instrumento veio substituir a bandola nas rodas de choro.
Tem como expoentes Luperce Miranda, o multiinstrumentista Garoto, Jacob do Bandolim, Rossini Ferreira, Joel Nascimento, Izaias do Bandolim, Evandro do Bandolim, Armandinho (do Trio Elétrico), Ronaldo do Bandolim, Déo Rian, Pedro Amorim, Nilze Carvalho, Bruno Rian, Carlos Henrique Machado (Baiano), o carioca Hamilton de Holanda, Rodrigo Lessa e o cearense Jorge Cardoso, além do gaúcho Luis Barcelos, da novíssima geração no século XXI, que em 2008 foi um dos convidados do “Festival Mandolines de Lunel” (interior da França), ao lado de outros grandes expoentes no instrumento como Joel Nascimento, Hamílton de Holanda e Pedro Amorim.
Fonte:
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.