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Nome do Grupo
Zilo e Zalo
Componentes

Zilo

Zalo

Dados Históricos e Artísticos

Cantores. Compositores. Formada por Aníbio Pereira de Souza, o Zilo – Santa Cruz do Rio Pardo, SP-1935 – 06/01/2002 – São Paulo, SP.

Belizário Pereira de Souza, o Zalo – Santa Cruz do Rio Pardo, SP-1937 – 01/08/2012 – Mogi Guaçu, SP

Aníbio e Belizário nasceram no Sítio Ribeirão dos Cubas. O pai dançava catira nas festas da redondeza. Os filhos  acompanhavam-no desde pequenos. Aprenderam a tocar violão com 15 anos. Zalo também tocava viola. Trabalhavam na lavoura com o pai. Desde então começaram a compor algumas modinhas. 

Em 1954, cantavam na Rádio Difusora de Santa Cruz do Rio Pardo. Usavam o pseudônimo de uma dupla da região, Pereré e Pinguinha e cantavam repertório das duplas mais conhecidas da época. A família mudou-se para a capital paulista. Aníbio foi trabalhar num almoxarifado e Belizário, com o pai em um armazém de cereais. Em Vila Nova Cachoeirinha apresentaram-se pela primeira vez no Circo Rancho Alegre de Paiozinho. Tendo agradado ao público, foram convidados a participar do programa “Na casa dos fazendeiros”, de Paiozinho e Zé Tapera, na Rádio Cultura, transmitido semanalmente. Nesse período, assumiram o nome artístico de Zilo e Zalo.

Em seguida participaram do festival de Jubileu de Prata da Rádio Record, ficando entre os 10 primeiros colocados.  Em 1956, são convidados por Zacarias Mourão a participar da programação sertaneja da Rádio Bandeirantes. Passam a se apresentar no programa “Serra da Mantiqueira”, no “Brasil caboclo” e no “Novidades sertanejas”. Permaneceram na Rádio Bandeirantes até 1961.Iniciaram, ainda em 1956, uma série de apresentações em circos pelo interior do estado, dedicando-se exclusivamente à música.

Em 1958, foram convidados por Cascatinha, diretor artístico da Todamérica, a gravar o primeiro disco: “Adeus do mineiro”, de Teddy Vieira e Piraci, e “A volta do seresteiro”, de Zalo e Benedito Seviero. Com o sucesso alcançado, a dupla foi contratada pela Continental. Segue-se uma série de seis discos 78 rpm, todos sucessos de vendagem, dentre eles “Violão amigo”, de Zilo e Benedito Seviero, e “Castigo merecido”, de Zalo e Alcindo Machado. Em 1959 registraram a toada “Violão amigo”, de Zilo e Benedito Seviero e o baião “Castigo merecido”, de Zalo e Alcindo Machado. Em 1960 gravaram a canção rancheira “Se não fossem as mulheres” de Sebastião Vitor e Zilo e o cateretê “O silêncio do seresteiro”, de Zalo e Benedito Seviero. No mesmo ano gravaram o primeiro LP, ” Zilo e Zalo cantam para os fãs”. Em 1961 gravaram o tango “Mulher inocente”, de Zilo e Benedito Seviero, a guarânia “Alma aventureira”, de Luiz de Castro e Sebastião Vitor e a toada “Adeus do mineiro”, de Teddy Vieira e Piraci. 

Em 1962, passaram a fazer um programa semanal exclusivo ao lado de Edgar de Souza. No mesmo ano gravaram na Caboclo o tango “Remorso”, de Benedito Seviero e Jeca Mineiro e a canção rancheira “Conselho”, de Zalo e Tuta. Em 1963 gravaram a guarânia “Meus olhos nos teus”, de Zilo e Romancito Gomes e a canção rancheira “Sem ela não sei viver”, de Zilo e Goiá. No mesmo ano gravara, duas parcerias de Zalo e Benedito Seviero, o “Tango da traição” e a canção rancheira “Amarga confissão”, além do rasqueado “Engano do carteiro”, de Léo Canhoto. Em 1964 gravaram a canção rancheira “Canção da madrugada” de Benedito Seviero e Sebastião Aurélio e o carrilhão “Aliança abandonada”, de Zalo e Benedito Seviero. No mesmo ano, gravaram na Sertanejo a guarânia “Feitiço espanhol”, de Goiá e Zacarias Mourão. 

Em 1965, lançaram “Grande esperança”, de Goiá e Francisco Lázaro, pela Chantecler. Como resultado do sucesso obtido, a gravadora lançou um compacto no mercado internacional, tornando-os a primeira dupla sertaneja a vender discos no exterior.

Em 1973, transferiram-se para a Rádio Record no início do programa “Linha sertaneja classe A”, apresentado pelo compositor Sebastião Vitor e, posteriormente, por Zé Béttio. Permaneceram na Record até 1982.  Em 1983, abandonaram os programas de rádio para se dedicar somente aos shows.

A dupla possui um trabalho em torno de 400 músicas gravadas durante a carreira. Algumas são composições próprias ou com parcerias e outras de variados compositores  sertanejos. Entre os vários sucessos estão “O milagre do ladrão”, de Zilo e Zé Canhoto, “A vingança do caçador”, de Teddy Vieira e Zalo, “Castelo de areia”, de Carreirinho, “Alma do Ferreirinha”, de Zilo e Jeca Mineiro, “Queixas de amor”, de Zilo e Zalo.

Entre os diversos programas onde regularmente se apresentaram, está o “Viola, minha viola”, de Inezita Barroso, exibido na TV Cultura.  A dupla se desfez em 2002, com a morte de Zilo. Zalo veio a falecer 10 anos depois.

Discografias
1995 Gravações MM Zilo e Zalo em modas de viola
1992 Discos Globo LP Zilo e Zalo volume 3
1964 Sertanejo 78 Canção da madrugada/Aliança abandonada
1964 Sertanejo 78 Feitiço espanhol/Louca ilusão
1963 Sertanejo 78 Amarga confissão/Tango da traição
1963 Sertanejo 78 Engano do carteiro/Querer bem
1963 Sertanejo 78 Meus olhos nos teus/Sem ela não sei viver
1963 Sertanejo 78 Vingança do caçador/Alma do Ferreirinha
1962 Caboclo 78 Mensagem de amor/Pecado mortal
1962 Caboclo 78 Meu regresso/Mágoa sentida
1962 Caboclo 78 Remorso/Conselho
1962 Caboclo 78 Serenata do adeus/Flor da bohemia
1961 Caboclo 78 Adeus do mineiro/A volta do seresteiro
1961 Caboclo 78 Alma aventureira/Covardia
1961 Caboclo 78 Escuta minha canção/Mulher inocente
1961 Caboclo 78 Meu fracasso/Arrependida
1961 Caboclo 78 Sombra do passado/Preço da traição
1960 Caboclo 78 O mesmo amigo/Nunca mais
1960 Caboclo 78 Queixas de amor/Alma inocente
1960 Caboclo 78 Se não fossem as mulheres/O silêncio do seresteiro
1960 Caboclo 78 Tango da meia-noite/Queixas de amor
1960 LP Zilo e Zalo cantam para os fãs
1959 Todamérica 78 Violão amigo/Castigo merecido
1958 Todamérica 78 Adeus do mineiro/A volta do seresteiro
Obras
A vingança do caçador (Teddy Vieira e Zalo)
A volta do seresteiro (Zalo e Benedito Seviero)
Aliança abandonada (Zalo e Benedito Seviero)
Alma do Ferreirinha (Zilo e Jeca Mineiro)
Alma inocente (Zilo e Benedito Seviero)
Amarga confissão (Zalo e Benedito Seviero)
Castigo merecido (Zalo e Alcindo Machado)
Conselho (Zalo e Tuta)
Covardia (Zilo e Mário Bernardino)
Flor da bohemia (Zalo e Benedito Seviero)
Louca ilusão (Zalo e Osvaldo Galhardi)
Mensagem de amor (Zalo e Goiá)
Meus olhos nos teus (Zilo e Romancito Gomes)
Mulher inocente (Zilo e Benedito Seviero)
Mágoa sentida (Zilo e José Dionísio)
Nunca mais (Zalo, Miltinho e Sebastião Vitor)
O milagre do ladrão (Zilo e Zé Canhoto)
O silêncio do seresteiro (Zilo e Sebastião Vitor)
Preço da traição (Zalo e Benedito Seviero)
Queixas de amor (Zilo e Sebastião Vitor)
Querer bem (c/ Tuta)
Se não fossem as mulheres (Zalo e Benedito Seviero)
Sem ela não sei viver (Zilo e Goiá)
Sombra do passado (Zilo e Benedito Seviero)
Tango da meia-noite (Zilo e Benedito Seviero)
Tango da traição (Zalo e Benedito Seviero)
Violão amigo (Zilo e Benedito Seviero)
Última noite (Zalo e Benedito Seviero)