
Zé da Velha
Silvério Pontes
Duo de instrumentistas de renome no cenário musical brasileiro. Silvério Pontes – Silvério Rocha Pontes (Laje do Muriaé, RJ/circa de 1970). Compositor. Instrumentista. Filho de trompetista, ganhou o primeiro trompete aos oito anos e logo depois ingressou na Lira da Esperança, banda de música de sua cidade. Aos 17 anos, mudou-se para Niterói, passando a tocar nos bares da cidade. Zé da Velha – José Alberto Rodrigues Matos (Aracaju, SE/4/4/1942). Trombonista. Estudou música e trabalhou como telegrafista. Seu pseudônino foi originado porque tocava com Pixinguinha, Donga e João da Bahiana no conjunto da Velha-Guarda antes da extinção do grupo, em 1958. De Zé da Velha Guarda ficou somento Zé da Velha, tendo começado ao lado dos mestres quando tinha apenas 17 anos. No início da década de 1980 formaram a dupla Zé da Velha e Silvério Pontes.
Em 1995 a dupla lançou “Só gafieira”, o primeiro disco.
No ano de 1998 a dupla lançou o CD “Tudo dança” pela gravadora Rob Digital. Este disco permaneceu cinco semanas na lista de recomendados do jornal O Globo, sendo indicado, pela crítica especializada, como um dos melhores lançamentos do ano.
Ao final de 2000, lançou o terceiro CD, “Ele e eu”. No disco gravaram choros como “Voltei ao meu lugar” (Ivan Paulo da Silva) com a participação especial de Francis Hime ao piano, “Ele e eu” (Pixinguinha e Benedito Lacerda), “Cordas de aço (Cartola), “Carioquinha” (Waldir Azevedo), “Alvorada” (Cartola, Carlos Cachaça e Hermínio Bello de Carvalho) e “Pecado capital” de Paulinho da Viola, entre outros. A festa e o show de lançamento do CD foram realizados na Fundição Progresso, na Lapa.
Em 2002, a dupla apresentou-se no “Evento Instituto Ambiental Biosfera”, na Praça do Lido, no Rio de Janeiro e no Teatro Municipal de Niterói com o show “Samba Instrumental”, no qual contou com as participações especiais de Rildo Hora, Dona Ivone Lara e Luiz Melodia. O show gerou o primeiro disco ao vivo da dupla. Neste mesmo ano, participaram do projeto “Quintas no BNDES”, na ocasião, receberam como convidado o gaitista Rildo Hora. Ao lado de Guinga, Altamiro Carrilho e Turíbio Santos, entre outros, foram uma das atrações especiais do “Festival Rio Choro”, apresentado no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Em 2003, pela gravadora Niterói Discos, a dupla lançou o primeiro disco ao vivo, “Samba Instrumental”, no qual foram incluídas “Escurinho” (Geraldo Pereira) com participação especial de Luiz Melodia; “Alguém me avisou” (Dona Ivone Lara) com a participação da compositora; “Folhas secas” (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), participação especial de Zé Paulo Becker; “Ao pés da cruz” (Marino Pinto e Zé Gonçalves) e “Louco” (Wilson Baptista e Henrique Almeida), ambas com a participação especial de Rildo Hora. No CD também foram incluídas “Vou deitar e rolar” (Baden Powell e Paulo César Pinheiro), “Aos meninos da Mangueira” (Rildo Hora e Sérgio Cabral) e “Da cor do pecado”, de Bororó, entre outras.
Em 2005, ao lado do grupo Época de Ouro, Orquestra de Música Popular Villa-Lobos, Nó Em Pingo DÁgua, Joel Nascimento, Altamiro Carrilho e Ademilde Fonseca, apresentou-se no evento “Na cadência do choro”, no Circo Voador, no Rio de Janeiro.
Em 2011 se apresentaram no primeiro “Festival de Choro e Samba de Paraty”, ao lado de artistas como Paulinho da Viola, Luiz Melodia, Áurea Martins, Daniela Spielmann, Henrique Cazes e Joel do Nascimento. O homenageado dessa primeira edição do festival foi o músico, compositor e arranjador Paulo Moura. Além dos shows, realizaram-se palestras com o músico Henrique Cazes e o escritor Sérgio Cabral, mediadas pelo pesquisador e musicólogo Ricardo Cravo Alvim. Realizou uma temporada de shows no Centro Cultural Cordão do Bola Preta, recebendo como convidados artistas como Áurea Martins, João Donato, Carlos Malta, Elisa Addor, Rildo Hora e Dorina.
Em 2012 participou da gravação do DVD “Casuarina – 10 anos de Lapa”, interpretando, ao lado de Marcos Sacramento, a música “Devagar com a louça” (Haroldo Barbosa e Luis Reis), em show que contou com a participação de artistas que fizeram parte do cenário de revitalização do bairro da Lapa, como Eduardo Gallotti, Teresa Cristina, Moyseis Marques, Marcos Sacramento, Nilze Carvalho, Pedro Miranda, Zé Paulo Becker, Áurea Martins, Áurea Martins, entre outros.
Em 2015 lançou, pelo selo Lua Nova, o CD “Ouro e Prata” em comemoração aos 50 anos de carreira de Zé da Velha e aos 25 da dupla, com participação especial de Dominguinhos em “Músicos e poetas” (Sivuca).
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.