3.005
Nome do Grupo
Venâncio e Corumba
Componentes

Venâncio

Corumba

Dados Históricos e Artísticos

Cantores. Compositores.

Marcos Cavalcanti de Albuquerque, o Venâncio – nasceu em Recife, PE, em 7/10/1909, e faleceu em 18/9/1981.

Manoel José do Espírito Santo, o Corumba – Recife, PE-11/6/1914

Venâncio iniciou a carreira artística cantando cocos nas festas de São João, Santana e São Pedro. Um dia foi convidado para substituir um ator numa apresentação teatral e acabou gostando tanto que foi fazer curso de teatro no Círculo Operário. Tornou-se diretor teatral do grupo de teatro do próprio círculo. Em 1928, conheceu Manoel José, o Corumba, formando uma das mais longas parcerias da música nordestina. Começaram a se apresentar na Rádio Clube de Pernambuco, onde permaneceram durante 11 anos, apresentando programas musicais e humorísticos. No princípio da década de 1940 resolveram mudar para o Rio de Janeiro para dar prosseguimento à carreira artística. Trabalharam nas rádios Tupi e Tamoio. Em 1950, gravaram a batucada “Sai da frente”, de Enedino Silva, Clementino Barreto e Edgard Amaral, e a marcha “O doido”, de Enedino Silva e Edgard Amaral. No mesmo ano, integraram o elenco da peça “As rolhas vão rolar”, realizando temporada em São Paulo, onde acabaram por fixar residência. Assinaram contrato com a Rádio Nacional paulista e montaram a Venca Promoções para empresariar artistas, especialmente nordestinos. Em 1952, gravaram os baiões “Tá mudado” e “Modelo de Adão”, de autoria da dupla. Em 1953, gravaram um de seus maiores sucessos, a toada “O boi na cajarana”. Em 1956, gravaram outro grande sucesso e que se tornaria um clássico da música popular brasileira, o baião “Último pau-de-arara”, em parceria com José Guimarães e que seria regravado também com grande sucesso em 1973 pelo cantor cearense Fagner. Também foi gravada por Ari Lobo e Catulo de Paula. Tiveram composições gravadas por diferentes artistas, entre os quais Zito Borborema e Seus cabras-da-peste, que gravou em 1956 o rojão “Mata sete”, um grande sucesso; Gilvan Chaves, que, em 1957, gravou a toada “Saudade não mata ninguém”; Jackson do Pandeiro, que, em 1961, gravou o arrasta-pé “Dá eu pra ela”, e Jair Rodrigues, que, em 1962, gravou o samba “Coincidência”, entre outros. Em 1968, a dupla se desfez. Corumba tornou-se empresário. Venâncio, por sua vez, continuou a compor, sempre se voltando para os aspectos folclóricos da música nordestina. Criou o grupo Baianos de Aracaju e com ele gravou o disco “Brasil com “S”, pela RGE-Fermata em 1977, alcançando boa aceitação por parte da crítica. Criou ainda a gravadora Crazy, que, apesar do nome americano, se especializou em gravar música brasileira.

Discografias
1960 Sertanejo 78 Nós todos somos baianos/Trocadilhos
1960 Sertanejo 78 O boi deu/Faz pena deixá o mundo
1958 RGE 78 Castigo da seca/Piada do papagaio
1957 RGE 78 Devagar se vai ao longe/Gemedeira
1957 RGE 78 Onde o socó choca/Paulificante
1956 Odeon 78 Festa do Caramuru/23 de junho
1956 Odeon 78 Último pau-de-arara/Saudade de você
1954 Todamérica 78 Cadeia da vila/Gavião
1953 Todamérica 78 O boi na cajarana/Saudades de brejão
1952 Todamérica 78 Jogo do bicho/Meu papagaio
1952 Todamérica 78 Tá mudado/Modelo de Adão
1951 Sinter 78 Tempo de molecote/Lembrando o sertão
1950 Sinter 78 Baião de viola/Cocota na rancheira
1950 Sinter 78 Sai da frente/O doido
Obras
23 de junho (c/ Jorge Costa)
A dica do deca
Antoninho Pizada
Azulão da mata
Ação de despejo
Baião da corda
Baião de viola
Balada do homem sem Deus (Venâncio e José Ramos)
Castigo da seca
Cocota na rancheira
Coincidência
Coração de fera (Corumba e Santos)
Devagar se vai ao longe
Dá eu pra ela
Faz pena deixá o mundo (c/ Antônio Valença)
Festa do Caramuru (c/ Jorge Costa)
Gemedeira (Venâncio e L. Batista)
Jogo do bicho
Lembrando o sertão
Mais um beijo (Venâncio e José Ramos)
Mata sete
Meu papagaio
Modelo de Adão
Nós todos somos baianos
O boi deu (c/ Renato Rodrigues)
O boi na cajarana
Onde o socó choca
Paulificante
Piada do papagaio
Pijama de madeira
Pra mim (Corumba e Zé do Baião)
Saudade não mata ninguém
Saudades de brejão
Tempo de molecote
Trocadilhos
Tá mudado
Vizinha faladeira (Venâncio e Jorge Costa)
É onça?
Último pau-de-arara (c/ José Guimarães)