1ª formação
Dominguinhos
Zito Borborema
Miudinho
2ª formação
Coroné
Lindu
Cobrinha
3ª formação
Coroné
Beto do Acordeon
Luiz Mário
4a formação
Jonas Santana – zabumba
Beto Sousa – sanfona
Cantores. Instrumentistas. Trio de forró. O trio foi apadrinhado pelo compositor baiano Gordurinha e o seu nome foi dado por Luiz Gonzaga. A primeira formação do trio foi em 1957 com Dominguinhos, Zito Borborema e Miudinho. Em 1960, o trio mudou-se para o Rio de Janeiro, alterando sua formação com a entrada de Lindu, Cobrinha e Coroné. Gravaram o primeiro disco em 1964 pela Copacabana, interpretando os cocos “Chupando gelo”, de Edésio Deda, e “Retrato da Bahia”, de Lindolfo Barbosa. No mesmo ano, gravaram de Gordurinha o baião “Carta a Maceió” e, de Elias Alves, o também baião “Defesa de baiano”. Gravaram diversos LPs, entre os quais “Adeus, Rosinha”, pela Japoti, “Forró pesado”, pela Copacabana, e “Os rouxinóis da Bahia”, também pela Copacabana. Um dos maiores sucessos do trio nos anos 1960 foi “Chupando gelo”, de Edésio Deda. Em 1970 gravou de Antônio Barros e J. Luna, “Procurando tu”, que vendeu mais de um milhão de cópias. Por conta da alta vendagem, foram premiados, no mesmo ano, com o Troféu Chico Viola, uma premiação organizada pela Associação dos Funcionários das Emissoras Unidas (AFEU), e exibida pela TV Record de São Paulo. Em 1976, lançaram o LP “O alegríssimo Trio Nordestino”, com destaque para “Forró brasileirão”, de Severino Ramos, “Cadeira de balanço”, de Assisão e Lindolfo Barbosa, “Me bote no colo”, de Severino Ramos e Antônio Rodrigues, e “Cintura de abelha”, de José Marcolino. Em 1977, lançaram “Estamos aí pra balancear”, interpretando, entre outros, “Menina apimentada”, de Lindolfo Barbosa e Assisão, “Forró do bole-bole”, de João Silva e Raymundo Evangelista, “Vou ficar doidão”, de Dominguinhos e Anastácia, e “Que diabo tem você”, também de Dominguinhos e Anastácia. Em 1980 lançou pela Copacabana o LP “Corte o bolo”, com destaque para “Toque toque”, de Lindolfo Barbosa e Barthô Galeno. Com a morte de Lindolfo Barbosa, o Lindu, e de Cobrinha, o trio terminou dissolveu. Em 2000, Coroné, o componente remanescente, aliou-se ao produtor Talmo Scaranari para gravar um tributo ao Trio Nordestino, contando com a presença de Beto do Acordeom, no acordeom, e de Luiz Mário, filho de Lindu, no triângulo, CD “Xodó do Brasil”, onde interpretam diversos clássicos da música nordestina, tais como “Asa branca”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, “Forró do Limoeiro”, de Edgard Ferreira, “Súplica sertaneja”, de Gordurinha e Nelinho, e “Último pau-de-arara”, de Venâncio e Corumba, entre outras. Regravaram também dois grandes sucessos do trio original, “Meu Pitiguari”, de Agripino Arueira e Rosilda Santos, e “Na emenda”, de Manuel Euzébio e Juarez Santiago, sendo que, nesta última, graças a um recurso tecnológico, a voz de Lindu aparece fazendo dueto com a de seu filho. No mesmo ano, a Polydisc lançou “20 supersucessos”, remasterizados, contando, entre outros, com os sucessos, “Cuidado com as coisas”, de Antônio Barros, “As Marias que eu amei”, de Renê Bitencourt e Francisco Xavier, “A Bahia tem”, de Tito Mendes e Almeidinha, “No meio das meninas”, de Lindolfo Barbosa, e “Vamos chamegar”, de Dilson Dória e Elino Julião, entre outras. O trio voltou a atuar com essa nova formação e apresentou-se no Rio de Janeiro, no projeto “Canta Brasil”, na casa de espetáculos Asa Branca, no bairro da Lapa. Ainda em 2000 lançou o CD “Nós tudo junto”, comemorando 40 anos de carreira, trazendo sucessos como “Tá chegando mais”, “Chupando gelo” e “Machucando sim”. O Trio tornou-se em fins do século XX um dos mais requissitados no movimento conhecido como novo forró. Em 2001 lançou o CD “Balanço bom”, pela Abril Music, que contou com as participações do Trio Virgulino na faixa “Forró e paixão” e do Rastapé nas faixas “Cochilou o cachimbo cai” e “Balanço bom”. Regravou também “Fumacê”, de Rossini Pinto e SolangeCorrêa. No mesmo período, apresentou-se em diversas casas de espetáculos, como o Malagueta, em São Cristovão no Rio de Janeiro. A partir de 2002, passaram a realizar turnês pelo exterior, se apresentaram em mais de dez países, entre eles EUA, França, Inglaterra e Alemanha. Em 2003, o Trio lançou pela Indie Record o CD “O baú do Trio Nordestino”, com 14 faixas, quase todas em pot-pourri e que contou com as participações especiais de Alceu Valença, Elba Ramalho, Lenine, Dominguinhos, Forroçacana e Fagner. Fazem parte desse disco sucessos como “Bichinho danado”, “Menina da noite”, “Petrolina”, “Juazeiro” e “Procurando tu”. Nesse ano, participou na Fundição Progresso, Rio de Janeiro do show comemorativo dos 45 anos de carreira que contou com as participações especiais de Elba Ramalho, Dominguinhos e Forroçacana.
Em 2004, foi lançado, também pela Indie Records, o CD “O Baú do Trio Nordestino – 2” que contou com as participações especiais do grupo Falamansa na faixa “Amor de São João”, Eduardo Krieger; Bezerra da Silva em “Parada boa”, de Dino Gaudêncio Braia e Tavinho Paes; Alcione, na música “O neném”, de Cecéu e Quininho Valente no pot-pourri “Meu pitiguari”, de Agripino Aroeira e Rosilda Santos, “Chora viola, de Venâncio e Corumba e “Na emenda”, de Manoel Euzébio e Juarez Santiago. Destacaram-se ainda as faixas “Apague o candeeiro”, de João Silva e Raimundo Evangelista; “Bola de meia”, de Duani e “Atira no bicho”, de Agripino Aroeira e Onildo Almeida. Em 2005, o grupo se apresentou no Clube Sírio e Libanês, na zona sul do Rio de Janeiro, dentro do projeto Forró Carioca, finalizando um show que contou com Mestre Zinho, Trio Girassol e o Trio Xamego. Em 11 de abril do mesmo ano, o Trio perdeu o último integrante que participara de sua formação original, com a morte do zabumbeiro Coroné. Em outubro do mesmo ano, a Indie Records lançou o CD “O melhor do Trio Nordestino”, trazendo um painel representativo da produção de cocos, forrós e xaxados. No disco, o grupo recebe convidados como Alceu Valença, Elba Ramalho e Dominguinhos. É destaque o pot-pourri com “Procurando tu”, “Petrolina”, Juazeiro” e “Paixão de Beata”. Ainda em 2005, Coroneto assumiu o lugar do avô, Coroné, no Trio. Em 2011, apresentaram-se em programas especiais na TV Alerj e também no canal Sportv. Em 2017, lançaram o CD “Trio Nordestino canta o nordeste”, pela Biscoito Fino, prestando uma homenagem a diversos compositores nordestinos, regravando clássicos como “Sebastiana”, de Rosil Cavalcanti, “Tenho sede”, de Dominguinhos e Anastácia, “Bate coração”, de Ceceu, e “A morte do vaqueiro”, de Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho. O disco teve participações especiais de Zeca Pagodinho, em “Súplica Cearense”, de Gordurinha e Nelinho, e Lucy Alves, em “Carcará”, de João do Vale e José Cândido. Na época possuíam, aos 60 anos de trajetória, mais de 50 discos lançados. Em 2018, foram indicados ao Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Grupo regional.