
Nuno Roland
Albertinho Fortuna
Paulo Tapajós
Trio vocal que atuou na Rádio Nacional, e que foi integrado por três cantores de certo prestígio na radiofonia e nos discos. O trio foi criado exclusivamente para atuar no programa “Um milhão de melodias”, apresentado a partir de 1943 na Rádio Nacional. Nesse programa, uma espécia de parada musical, eram apresentados novos arranjos para músicas de sucesso. O trio estreou cantando a valsa “Nancy”, sucesso na voz de Francisco Alves. O trio fez também gravações comerciais, estreando em 1945, na Continental, com a interpretação da toada “De papo pro ar”, de Joubert de Carvalho e Olegário Mariano, e o samba “Pregões cariocas”, de João de Barro, em registro que contou com a participação do cantor Roberto Paiva. Nesse disco, foram acompanhados por Francisco Sergi e sua orquestra. Além da participação no programa “Um milhão de melodias” e da gravação de discos, o trio também acompanhou gravações de outros artistas como as cantoras Aracy de Almeida e Carmélia Alves.
Em 1949, gravou a valsa “Casamento na roça”, de Peterpan e Ary Folain, e a toada “Não adianta nem sanfona”, de Nássara e J. Rui com acompanhamento de orquestra. Ainda nesse ano, gravou, tendo como solista o cantor Nuno Roland a marcha “Lancha nova”, de João de Barro e Antônio Almeida. No ano seguinte, gravou com acompanhamento da Orquestra Continental o rojão “Catirina”, de Jararaca, e a toada “Segura a saia, Iaiá”, de Radamés Gnattali e Alberto Ribeiro. Ainda em 1950, gravou com acompanhamento de Francisco Sergi e sua orquestra as marchas do Fluminense, do Canto do Rio, do Flamengo e do Bangu, clubes de futebol do Rio de Janeiro, todas de Lamartine Babo. Também no mesmo ano, participou com o Trio Madrigal da gravação de Aracy de Almeida que registrou os sambas “A dor do amor”, de Antônio de Almeida e João de Barro e “Tem pena de mim”, de Hervê Cordovil.
Em 1951, gravou com o Trio Madrigal uma seleção de cantigas de São João em duas partes com composições de Lamartine Babo, João de Barro, Alberto Ribeiro, Assis Valente, Osvaldo Santiago e Benedito Lacerda. Em 1952, gravou a cena-caipira “Festa de São João”, de João de Barro, em duas partes, juntamente com Almirante, Jorge Goulart e Trio Madrigal. No mesmo ano, o trio gravou em conjunto com o Trio Madrigal o fox “Alice no país das maravilhas”, de S. Fain e Hilliard, com versão de João de Barro, o fado “Coimbra”, de Ferrão e Galhardo, os baiões “Maricota sai da chuva”, de Marcelo Tupinambá, e “Vamo, Maruca, vamo”, de Juca Castro e Paixão Trindade, além do tango “Mano a mano”, de Gardel, Rezzano e Flores Ghiaroni. Em 1953, gravou com o Trio Madrigal o baião “Mulher rendeira”, de motivo popular com arranjo de João de Barro, e com o Trio Madrigal e Carmélia Alves, a chula “Pau de arara”, de Luiz Bittencourt e José Menezes, e a toada “Tristezas do Jeca”, de Angelino de Oliveira, com acompanhamento de Bittencourt e sua orquestra. Nova gravação com o Trio Madrigal foi feita em 1954 com o título de “Tudo é baião”, de motivos populares com arranjos de João de Barro, em quatro partes divididas em dois discos com acompanhamento de Radamés Gnattali e sua orquestra. Além de atuar por mais de dez anos na Rádio Nacional, o trio gravou 15 discos pela Continental. Em 2002, no CD “Carmélia Alves – Eu sou o baião” do selo Revivendo foram relançadas as gravações das músicas “Saia de bico”, de motivo popular com arranjos de João de Barro, “O trem chegou”, de Hervê Cordovil, “Tristezas do Jeca”, de Angelino de Oliveira, e “Baião da garoa”, de Hervê Cordovil e Luiz Gozanga, nas quais o trio aparece acompanhando Carmélia Alves. Já no CD “Grandes versões – volume 4”, também do selo Revivendo, o trio aparece interpretando com Jorge Goulart e Trio Madrigal a versão de “Dominó”, de Jacques Plante com versão de Paulo Tapajós.
(Com Trio Madrigal)
(Com Trio Madxrigal)
(Com Trio Madrigal)
(Com Trio Madrigal e Carmélia Alves)
(Com Trio Madrigal)
(Com Trio Madrigal)
(Com Trio Madrigal)
(Com Trio Madrigal)
(Com Trio Madrigal)
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.