
Fauzi Beydoun
Zé Orlando
Netto
Frazão (2)
Achiles Rabelo
João Rodrigues (2)
Grupo de roots reggae formado por Fauzi Beydoun (voz e guitarra), Zé Orlando (voz), Netto (guitarra), Frazão (teclados), Achiles Rabelo (baixo) e João Rodrigues (bateria) em São Luís (MA) em 1986. Seus integrantes se conheceram na Escola de Cegos do Maranhão, dos quais quatro são completamente cegos e um tem visão parcial. Surgiu como grupo de baile e se chamava Banda Cartaz. Fazia apresentações na capital e no interior com um repertório bastante eclético. A banda tinha um empresário que era dono dos instrumentos e da aparelhagem. Quando o empresário, que também era sargento, resolveu terminar a banda e vender a aparelhagem, o comprador que surgiu foi o radialista e animador cultural Fauzi Beydoun, que iniciava a sua carreira como cantor de reggae. Como achou os músicos cegos talentosos, acabou convidando-os para formar o conjunto Fauzi e Banda Cartaz. O grupo só passou a se chamar Tribo De Jah no início dos anos 90. Em 1992, lançou o primeiro disco, “Regueiros guerreiros”, distribuido por selo independente, e vendido basicamente no Maranhão e estados adjacentes. No mesmo ano abriu os shows de Gregory Isaacs, um dos nomes mais importantes do reggae jamaicano, em São Luís. Em 1994, lançou o segundo disco, o LP “Roots reggae”. No ano seguinte, foi convidado a participar de um dos principais festival de reggae do mundo, o “Sunsplash Festival”, realizado todos os anos em Mandigo Bay, Jamaica, abrindo os shows de Dennis Brown e Mutabaruka. Com o êxito obtido no festival, o grupo foi contratado pela Indie Records e, em 1996, lançou o CD “Ruínas da Babilônia”. Com a distruição em nível nacional, o disco vendeu 90 mil cópias, e a banda passou a ser conhecida em outras regiões do país, tendo se apresentado em casas de show como o Canecão e o Metropolitan, no Rio de Janeiro, e Palace e Olympia, em São Paulo. O disco seguinte, “Reggae na estrada”, resultou no primeiro disco de ouro da banda por ter 100 mil cópias vendidas. Em 1999, lançou pela Indie Records o CD “2000 anos -ao vivo”, no qual interpretou ao vivo os seus maiores sucessos. No ano seguinte, retornou ao Canecão para lançar o CD “Além do véu de Maya”, pela mesma gravadora. Em 2001 a banda gravou o CD “A Bob Marley”, exaltando os 20 anos da morte do cantor e no qual foram incluídas versões em português de suas composições. O CD reuniu 16 músicas, dez delas gravadas ao vivo em show no Bar Opinião, em Porto Alegre. O disco ainda contou com participações especiais: Samuel Rosa (Skank) em “Um só amor”, versão para “One love”; Falcão (vocalista do Rappa) soltou a voz em “Guerra”, versão para “War” e o integrante do Charlie Brown Jr., o cantor Chorão, interpretou “Mundo em confusão” (So much trouble). Em 2003, o grupo, ao lado de Lulu Santos, Natiruts, Cidade Negra, J. Quest, L.S. Jack, O Rappa, Titãs e Skank, foi uma das atrações do “Pop Festival Telefônica Tim” apresentado na Sociedade Hípica do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano o grupo lançou no Canecão o CD “Guerreiros da tribo”, pela gravadora Indie Records, disco no qual incluiu “Floradas de amor”, “Neguinho babaçu”, “Povos do terceiro mundo” (versão de Fauzi Beydoun da música do africano TikeJah Fakoly) e ainda a faixa de trabalho “Rainha da sedução”. A banda também tocou sucessos de carreira: “Ruínas da Babilônia”, “Chama” e “Uma onda que passou”, além de composições do disco novo. Participou do Festival Internacional de reggae do Maranhão e seguiu em turnê por diversas cidades dos Estados Unidos.