Primeira formação
Arnaldo Antunes
Branco Mello
Marcelo Fromer
Nando Reis
Paulo Miklos
Sérgio Britto
Tony Bellotto
Ciro Pessoa
André Jung
Formação clássica
Marcelo Frommer
Sérgio Britto
Toni Bellotto
Branco Mello
Charles Gavin
Paulo Miklos
Arnaldo Antunes
Nando Reis
Formação nos anos 2020
Branco Mello
Sérgio Britto
Toni Bellotto
Grupo formado na cidade de São Paulo em 1982.
Em sua segunda formação constavam Paulo Miklos (saxofone e voz), Marcelo Fromer (guitarra, violão e voz), Arnaldo Antunes (voz e vocal), Sérgio Britto (voz e teclados), Charles Gavin (bateria), Toni Belloto (guitarra e voz), Branco Mello (voz) e Nando Reis (voz e violão).
Foi considerado um dos conjuntos mais significativos do Brock que eclodiu na década de 1980.
Sua primeira formação contava com a participação de André Jung, atualmente baterista do IRA!, substituído nas baquetas por Charles Gavin dois anos depois.
Quando se reuniu com o nome Titãs do Iêiêê, a maioria dos seus integrantes já tinha participado de outros grupos, principalmente Aguilar & Banda Performática, nos casos de Arnaldo Antunes e Paulo Miklos, e Trio Mamão, com Branco Mello e Marcelo Fromer. Nando Reis era egresso da banda Sossega Leão.
O primeiro show do grupo aconteceu em agosto de 1982, no Teatro da Lira Paulistana, espaço da vanguarda paulistana, de Arrigo Barnabé e Itamar Assumpção.
Em 1984, com o nome simplificado para Titãs, lançou o primeiro disco, produzido por Peninha, logo obtendo êxito com a faixa “Sonífera ilha” (Branco Mello, Marcelo Fromer, Toni Bellotto, Carlos Barmack e Ciro Pessoa). No ano seguinte, dessa vez produzido por Lulu Santos, gravou o LP “Televisão”, cuja faixa-título homenageava o comediante Ronald Golias, bem tocada nas rádios, assim como “Insensível” (Sérgio Britto). Um ano depois, Toni Belloto e Arnaldo Antunes foram presos por porte e tráfico de heroína, respectivamente, sendo o primeiro condenado a seis meses e o segundo a três anos. Vários shows foram cancelados e ambos cumpriram suas penas em liberdade. Em janeiro de 1986, o Jornal do Brasil publicaria um artigo de Arnaldo Antunes, no qual ele agradecia a todos que o apoiaram e não viram nesse fato uma transgressão clicherizada do mito do roqueiro marginal. Ainda em 1986, o grupo lançou o LP “Cabeça dinossauro”, disco que definitivamente o consagraria no cenário do rock nacional. Criado na atmosfera posterior ao episódio da prisão, o LP, com sonoridades bem mais pesadas que as anteriores, apresentava uma série de composições com títulos curtos e diretos, tais como “Igreja”, “Família”, “Polícia”, “Estado violência” etc. O disco foi um sucesso, vendendo mais de 380 mil cópias.
No ano de 1987, seria a vez do disco “Jesus não tem dentes no país dos banguelas”, LP foi produzido por Liminha, ex-integrante do grupo Mutantes. O maior sucesso do disco foi “Comida”, uma composição de protesto que, em vez de pedir comida, pedia arte e cultura. O release do disco distribuído para a imprensa contava com um elogioso texto do poeta paranaense Paulo Leminski. No ano seguinte, em 1988, o grupo participou da primeira edição do “Hollywood Rock”, no Rio e em São Paulo, dividindo a noite com o IRA! E com o grupo norte-americano Pretenders. Em ambas as cidades, o show foi considerado, por público e crítica, como o melhor da noite. Ainda no mesmo ano, participaria também do “Festival de Montreux”, na Suíça. Desse show resultaria o disco ao vivo “Go back”, que vendeu mais de 320 mil cópias, no qual o grupo incluiu a faixa-título “Go back”, música de Sérgio Britto sobre poema de Torquato Neto – poeta ligado ao Tropicalismo que se suicidou em 1972. Ainda deste disco regravariam várias faixas que foram sucessos anteriores: “Polícia” (Toni Bellotto), “Não vou me adaptar” (Arnaldo Antunes), “Jesus não tem dentes no país dos banguelas” (Nando Reis e Marcelo Fromer), “Nome ao bois” (Nando Reis, Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Toni Bellotto) e “Marvin” (R. Dunbar e G. N. Johson) com versão de Sérgio Britto e Nando Reis.
O disco seguinte seria “Ô blesq blom”, último que contaria com Arnaldo Antunes como membro efetivo da banda. Diferentemente dos dois discos anteriores, marcados por um registro mais punk-hard core, com andamentos rápidos e guitarras distorcidas, este LP apresentava maior influência da MPB, particularmente do Tropicalismo. Foi, inclusive, Caetano Veloso quem escreveu o release distribuído para a imprensa. O maior sucesso do LP foi a música “Flores” (Charles Gavin, Antonio Bellotto, Paulo Miklos e Sérgio Britto), bem executada nas rádios de todo o país. O LP vendeu 230 mil cópias. Outras composições do grupo ainda se destacariam: “O pulso” (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Antonio Bellotto), “Deus e o diabo” (Sérgio Britto, Paulo Miklos e Nando Reis), “O camelo e o dromedário” (Paulo Miklos, Nando Reis, Antonio Bellotto e Marcelo Fromer) e “Medo”, de autoria de Antonio Bellotto, Marcelo Fromer e Arnaldo Antunes.
Apesar da saída de Arnaldo Antunes, o grupo prosseguiu com suas atividades lançando vários discos e obtendo sucessos com músicas próprias e versões de músicas de outros compositores.
Em 1997 lançou o CD “Acústico MTV – Titãs” chegou à marca de 1,8 um milhão de cópias. No ano posterior, em 1998, o grupo lançou o CD “Titãs volume dois”, produzido por Liminha, no qual incluiu vários sucessos da banda e ainda “É preciso saber viver”, de Roberto e Erasmo Carlos, muito executada nas emissoras de toda o país. No CD também constaram as composições “Amanhã não se sabe” (Sérgio Britto), “Desordem” (Sérgio Britto, Marcelo Fromer e Charles Gavin), “Senhor delegado” (Antoninho Lopes e Jaú) e “Eu não aguento” (Sérgio Boneka, C. Over e Trambolhinho), entre outras.
No ano de 1999 a banda lançou o CD “As dez mais”, no qual interpretou apenas músicas de compositores que não os do grupo, entre as quais “Querem acabar comigo”, de Roberto Carlos, “Pelados em Santos”, dos Mamonas Assassinas, “Sete cidades”, da Legião Urbana, e “Aluga-se”, de Raul Seixas. O disco contou com a participação de Eumir Deodato, que fez os arranjos para cordas e sopros. O clip de “Pelados em Santos” foi criado pelo publicitário Washington Olivetto, que parodiou o anúncio do Bombril.
No ano de 2001 o grupo perdeu um de seus integrantes, o músico Marcelo Fromer, vítima de atropelamento por moto na Avenida Europa, em São Paulo. Neste mesmo ano, o grupo lançou o disco “A melhor banda de todos os tempos da última semana”, CD no qual prestou homenagem ao companheiro falecido, com várias composições de sua autoria. O disco vendeu 250 mil cópias e uma de suas faixa, a composição “Epitáfio”, de Sérgio Britto, foi incluída na trilha sonora da novela “Desejos de mulher”, da Rede Globo e do programa “Fama”, da mesma emissora.
Em 2002 Nando Reis deixou a banda para seguir carreira solo e foi lançada a biografia do grupo “A vida até parece uma festa” de Herica Marmo e Luis André Alzer. Ainda em 2002, a banda apresentou-se no ATL Hall, no Rio de Janeiro e foi citada várias vezes no livro “Dias de luta: O rock e o Brasil dos anos 80”, de Ricardo Alexandre. No ano seguinte, em 2003, o grupo, ao lado de Lulu Santos, Natiruts, Tribo de Jah, Cidade Negra, L.S. Jack, Jota Quest, O Rappa e Skank, foi uma das atrações do “Pop Festiva Telefônica Tim” apresentado na Sociedade Hípica do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, ao lado de Frejat, Raimundos, Pato Fu e Ira!, a banda participou do CD “Assim, assado”, disco em homenagem ao 30 anos de lançamento do primeiro LP do grupo Secos & Molhados. Ainda em 2003, o grupo lançou o primeiro disco pela nova gravadora BMG, o CD “Como estão vocês?”, no qual foram incluídas as inéditas “Eu não sou um bom lugar” (Branco Mello e Tony Bellotto) e “Esperando para atravessar a rua” (Tony Belloto, Charles Gavin e Arnaldo Antunes) e ainda “A guerra é aqui”, “Vou duvidar” e “KGB”.
No ano de 2004 o grupo fez três shows de lançamento do CD no Canecão, seguindo para uma turnê nacional e, posteriomente, internacional. Neste mesmo ano, foi o vencedor do “Prêmio Tim 2004” na categoria “Melhor Grupo de Pop-Rock”. No ano seguinte, em 2005, a composição “Enquanto houver sol” (Carlinhos Brown), música de trabalho da grupo, alcançou o terceiro lugar, segundo o ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de Direito Autoral), como uma das músicas mais executadas nos primeiros meses do ano. Neste mesmo ano lançou o CD e DVD “MTV ao vivo”, com 20 faixas, entre as quais as inéditas “Anjo exterminado” (Sérgio Brito), “Vossa excelência” (Charles Gavin, Paulo Miklos e Tony Bellotto) e “O inferno são os outros”. No disco foram incluídos alguns sucessos de carreira do grupo, entre os quais “AA UU”, “Cabeça dinossauro”, “Polícia”, “Flores”, “Bichos escrotos”, “Enquanto houver sol” e “A melhor banda dos últimos tempos da última semana”.
No ano de 2006 nas comemorações de 20 anos do disco “Cabeça dinossauro”, considerado o melhor e principal álbum da banda por vários motivos, foi lançado uma edição comemorativa do LP. O disco original teve produção musical de Liminha e foi lançado em 1986. Pouco mais de seis meses após o lançamento chegou à marca de 100 mil cópias vendidas e no mesmo ano chegou a 250 mil. As razões para a vendagem tão expressiva, na época, foram a mudança radical do grupo para um rock mais pesado, o uso de scratches em fusão com a bateria eletrônica e guitarras, além das composições que viriam a ser os principais sucessos do grupo, entre as quais “O quê”, “Polícia”, “Família”, “Igreja”, “Bichos escrotos”, “Homem primata”, “Porrada”, “Estado de violência” e “A face do destruidor”. Segundo o produtor do disco Ezequiel Neves: “Cabeça dinossauro foi um bombardeio em meio a tudo que se fazia. Foi quando os Titãs se revelaram. Eles vieram cuspindo fogo”. A primeira versão em CD do disco também vendeu mais 100 mil cópias. Em 1997 em edição da revista “Bizz” o disco foi escolhido como o melhor disco de rock no Brasil em todos os tempos. A edição comemorativa de “Cabeça dinossauro” contou com o CD com as 13 faixas originais, um DVD com o antológico show da turnê (lançado em VHS) incluindo a final da turnê no Rio de Janeiro, em show no Teatro Carlos Gomes, na época (1987), recém reformado e destruído durante o show em uma catarse do público. No mesmo pacote de luxo pelas comemorações foi incluído ainda uma música inédita “Vai pra rua”, de Arnaldo Antunes e Paulo Miklos, excluída do LP na época e ainda um CD com as versões originais de antes da gravação no estúdio Nas Nuvens, de Liminha.
Em 2009 lançaram o disco de inéditas – o primeiro desde 2003 – “Sacos Plásticos”, o décimo terceiro trabalho da banda. O disco foi produzido por Rick Bonadio e lançado pela Arsenal Music. O trabalho teve também uma versão especial (CD + DVD) lançada em fevereiro de 2010. As músicas incluídas foram “Amor por Dinheiro” (Sérgio Britto/Tony Bellotto), “Antes de Você”(Paulo Miklos), “Sacos Plásticos” (Branco Mello/Paulo Miklos), “Porque Eu Sei que É Amor” (Sérgio Britto/Paulo Miklos), “A Estrada”(Tony Bellotto/Sérgio Britto), “Agora Eu Vou Sonhar”(de Sérgio Britto, com trecho do discurso “I Have a Dream”, de Martin Luther King, de 1963), “Quanto Tempo” (Tony Bellotto), “Deixa eu Sangrar” (Sérgio Britto), “Problema” (PauloMiklos/Arnaldo Antunes/Liminha), “Não Espere Perfeição” (Branco Mello/Sérgio Britto), “Quem Vai Salvar Você do Mundo?” (Sérgio Britto), “Múmias” (Paulo Miklos), “Deixa Eu Entrar” (Tony Bellotto/Andreas Kisser/Sérgio Britto), “Nem Mais uma Palavra” (Sérgio Britto), “Antes de Você” (Versão Acústica). O disco teve participação especial de Andreas Kisser na guitarra em “Deixa eu entrar”. A música “Antes de Você”, foi tema do personagem Vicente (Henri Castelli) na trilha sonora da telenovela Caras & Bocas, exibida na faixa das 19h da Rede Globo. “Porque Eu Sei Que é Amor”, fez parte da trilha sonora de Cama de Gato, exibida às 18h na TV Globo. O álbum foi indicado e venceu o Grammy Latino de “Melhor Álbum de Rock Brasileiro de 2009”, empatando com o álbum “Agora”, do NX Zero. Este foi o último disco gravado antes da saída de Charles Gavin da banda, em 2010.
No ano de 2011 a banda foi uma das principais atrações do “Rock In Rio IV”, apresentando-se com grande sucesso de público e crítica no principal espaço do festival, o Palco Mundo, dividindo o palco com a banda Os Paralamas do Sucesso e a Orquestra Sinfônica Brasileira. No ano seguinte, em 2012, a banda apresentou-se no projeto “Álbum”, do Sesc Belenzinho, em São Paulo, somente com o repertório do disco “Cabeça Dinossauro”. Não mais um octeto e com a formação de um quinteto integrado por Paulo Miklos (guitarra e voz), Sérgio Britto (baixo, teclado e voz), Toni Bellotto (guitarra e voz) e Branco Mello (baixo e voz), além do novo integrante Mário Fabre (bateria e voz) substituindo Charles Gavin, o grupo apresentou todo o repertório do álbum “Cabeça dinossauro”, perfilando as composições “O quê”, “Polícia”, “Família”, “Igreja”, “Bichos escrotos”, “Homem primata”, “Dívidas”, “Porrada”, “Estado de violência”, “A verdadeira Mary Poppins”, “Nem sempre se pode ser Deus”, “Flores”, “O pulso”, “Diversão”, “AA UU”, “Igreja”, “Será que é isso que eu necessito?”, “Tô cansado” e “A face do destruidor”, a faixa-título “Cabeça dinossauro”, além da inédita “Fala, Renata”. Após à apresentação em São Paulo o grupo saiu em turnê nacional com o show, passando pelo Rio de Janeiro e pelas principais capitais brasileiras. Neste mesmo ano, com essa formação, gravou o DVD “Cabeça dinossauro Ao Vivo” no Circo Voador, com direção de Oscar Rodrigues Alves.
Em 2013 a banda lançou o CD e DVD em show no Circo Voador, na Lapa, no centro do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano foi contemplada no “24º Prêmio da Música Popular Brasileira” com o prêmio de “Melhor Grupo Pop de 2013”. Neste mesmo ano a banda participou do CD “Canão é bom”, disco em comemoração ao aniversário de 40 anos do rapper paulistano Sabotage. No CD, produzido por Daniel Ganjaman e Tejo Damasceno, também participaram os grupos Sepultura, Racionais MCs, além de rapper RappinHood e os filhos de Sabotage, Sabotinha e Tamires.
Em maio de 2014 foi lançado o álbum “Nheengatu”, pela Som Livre, com produção de Rafael Ramos. Foi o primeiro trabalho lançado com o baterista convidado Mario Fabre, que substituiu Charles Gavin em 2010. No mesmo ano o álbum foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock Brasileiro. O disco foi dedicado a Rachel Salém, esposa de Paulo Miklos, falecida em 2013. As músicas incluídas foram “Fardado”(Sérgio Britto/Paulo Miklos), “Mensageiro da Desgraça” (Miklos/Tony Bellotto/Britto), “República dos Bananas” (Branco Mello/Angeli/Hugo Possolo/Emerson Villani) “Fala, Renata” (Bellotto/Miklos/Britto), “Cadáver Sobre Cadáver” (Miklos/Arnaldo Antunes), “Canalha” (Walter Franco), “Pedofilia” (Britto/Miklos/Belloto), “Chegada ao Brasil (Terra à Vista)” (Mello/Villani/Aderbal Freire), “Eu Me Sinto Bem” (Bellotto/Britto/Miklos), “Flores Para Ela” (Britto/Mario Fabre), “Não Pode” (Britto), “Senhor” (Bellotto), “Baião de Dois” (Miklos) e “Quem São os Animais?”(Britto).
No ano de 2015 foi lançado “Nheengatu ao Vivo”, o quinto disco ao vivo dos Titãs. No ano posterior, em 2016, Paulo Miklos deixou o grupo, sendo substituído pelo guitarrista e compositor Beto Lee (filho de Rita Lee e Roberto de Carvalho). Neste mesmo ano estreou no Teatro Sesc Ginástico, no Centro do Rio de Janeiro, o musical “Cabeça Dinossauro”, dirigido por Felipe Vidal, também cenógrafo; com direção musical de Luciano Moreira e Felipe Vidal, iluminação de Tomás Ribas e videografismo de Eduardo Souza, além de estrelado pelos músicos-atores Felipe Antello, Guilherme Miranda, Gui Stutz, Leonardo Corajo, Lucas Gouvêa, Luciano Moreira e Sérgio Medeiros. O elenco interpretou musical e cenicamente as 13 composições do disco emblemático, lançado em 1986.
No ano de 2018 a banda estreou no Teatro Paulo Autran, do SESC Pinheiros, em São Paulo, a ópera-rock “Doze Flores Amarelas”, integrada por Branco Mello, Tony Bellotto e Sérgio Brito (fundadores) e Beto Lee (guitarra – filho de Rita Lee) e Mário Fabre (bateria), com a participação das atrizes-cantoras Yas Werneck (rapper carioca); Cyntia Mendes (cantora de rock de Rondônia) e Corina Sabbas (cantora de Brasília). O musical contou com roteiro de Hugo Posollo e Marcelo Rubens Paiva, direção cênica de Otávio Juliano e Hugo Pasollo, além de direção musical dos próprios integrantes da banda que interpretaram 25 composições inéditas, tais como “Me estuprem”, “A festa”, “Disney drugs” e “O Facilitador”. O musical também foi apresentado no palco do Teatro Opus, em São Paulo, quando foi gravado um DVD e um CD duplo com a trilha sonora, produzido por Rafael Ramos, e lançado pela gravadora Universal Music.
A partir de 2018 Branco Mello se tratou de câncer na laringe curado em 2021.
No ano de 2019 apresentou-se no “Rock In Rio”, recebendo como convidados Ana Cãnas, Érika Martisn e Edi Rock no Palco Sunset.
Em 2022 foi anunciado o reencontro com os sete integrantes remanescentes da formação clássica (com a exceção de Marcelo Fromer, falecido em 2001) para comemorar os 40 anos da criação da banda. Arnaldo Antunes, Nando Reis, Paulo Miklos, Charles Gavin, Branco Mello, Tony Bellotto e Sérgio Britto anunciaram dez datas de show entre abril e junho de 2023. Liminha foi convidado e aceitou tocar guitarra no lugar de Marcelo Fromer. A filha de Marcelo Fromer, Alice Fromer, também foi convidada para a turnê batizada “Todos Ao Mesmo Tempo Agora”. Arnaldo deixou a banda em 1992, Nando Reis em 2002, Gavin em 2010 e Miklos em 2016. O grupo ainda fazia shows como Titãs Trio, com Branco Mello, Sergio Britto e Tony Bellotto como integrantes originais. Os shows foram definidos em dez capitais: Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte(MG), Florianópolis(SC), Porto Alegre(RS), Salvador(BA), Recife(PE), Fortaleza(CE), Brasília(DF), Curitiba(PR) e São Paulo(SP).
No ano de 2023 a banda deu início a turnê com a formação clássica comemorando os 40 anos do grupo. O show aconteceu na Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro. O repertório do show teve as músicas “Diversão” (Nando Reis e Sérgio Britto); “Lugar Nenhum” (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer, Sérgio Britto, Charles Gavin e Tony Bellotto); “Desordem” (Charles Galvin, Marcelo Fromer e Sérgio Britto). “Tô Cansado”( Arnaldo Antunes e Branco Mello); “Igreja”(Nando Reis); “Homem Primata” (Ciro Pessoa, Marcelo Fromer, Nando Reis e Sérgio Britto); “Estado Violência”(Charles Gavin); “O Pulso”( Toni Bellotto, Marcelo Fromer e Arnaldo Antunes); “Comida”(Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Britto); “Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas” (Marcelo Fromer e Nando Reis); “Nome aos Bois” (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer, Nando Reis e Tony Bellotto); “Eu Não Sei Fazer Música”(Nando Reis, Arnaldo Antunes, Paulo Miklos, Branco Mello, Marcelo Fromer, Sérgio Britto, Charles Gavin e Tony Bellotto); “Cabeça Dinossauro”( Arnaldo Antunes, Paulo Miklos e Branco Mello); “Epitáfio”(Sérgio Britto); “Os Cegos do Castelo”(Nando Reis); “Pra Dizer Adeus” (Nando Reis e Tony Bellotto); “Toda Cor”( Carlos Barmack, Ciro Pessoa e Marcelo Fromer); “Não Vou me Adaptar”(Arnaldo Antunes); “Marvin”( Sérgio Brito, R. Dunbar, Nando Reis e G. N. Johnson); “Go Back”( Sérgio Britto e Torquato Neto); “É Preciso Saber Viver”( Erasmo Carlos e Roberto Carlos); “32 Dentes”( Branco Mello, Marcelo Fromer e Sérgio Britto); “Flores”( Paulo Miklos, Sérgio Britto, Charles Gavin e Tony Bellotto); “Televisão”( Tony Belotto, Marcelo Fromer e Arnaldo Antunes); “Porrada”( Arnaldo Antunes e Sérgio Britto); “Polícia”(Tony Bellotto); “AA UU”( Marcelo Fromer e Sérgio Britto); “Bichos Escrotos” (Nando Reis, Arnaldo Antunes e Sérgio Britto); Miséria (Arnaldo Antunes, Paulo Miklos e Sérgio Britto); Família(Arnaldo Antunes e Toni Bellotto) e “Sonífera Ilha”( Branco Mello, Carlos Barmack, Ciro Pessoa, Marcelo Fromer e Tony Bellotto).
Em 2024 o trio remanescente da banda lançou EP “Microfonado”, pela Midas Music. O trabalho teve a produção de Rick Bonadio e Sergio Fouad. Foram gravadas nove músicas, sendo quatro da época com formações clássicas e cinco do disco de inéditas “Olho furta-cor”. O trabalho teve participações de Ney Matogrosso, Preta Gil, Lenine, Major RD, Bruna Magalhães e Cys Mendes. Cada música teve uma fala dos integrantes sobre elas. As músicas registradas foram “Sonífera ilha” (Branco Mello, Marcelo Fromer, Tony Bellotto, Carlos Barmack e Ciro Pessoa), “Apocalipse só” (Sergio Britto e Tony Bellotto com participação de Ney Matogrosso), “Como é bom ser simples” (Branco Mello, Bento Mello e Hugo Possolo, com participação de Preta Gil), “Um mundo” (Sergio Britto e Tony Bellotto, com participação de Cys Mendes), “Porque eu sei que é amor” (Sérgio Britto e Paulo Miklos com participação de Bruna Magalhães), “Marvin” ( (Ronald Dunbar e General Johnson, com versão em português de Nando Reis e Sergio Britto, participação de Victor Kley), “Cabeça dinossauro (Arnaldo Antunes, Branco Mello e Paulo Miklos, participação de Major RD), “A melhor banda de todos os tempos da última semana” (Branco Mello e Sérgio Britto) e “Raul” (Sérgio Britto, com participação de Lenine). Neste mesmo ano, de 2024, a banda encerrou a turnê “Encontros”, que reuniu os ex-membros, assim como remanescentes do grupo, executando composições de vários discos de carreira, e ainda, novas músicas do disco da banda de título “Microfonado”, no qual contaram com participações especiais de Ney Matogrosso, Lenine e Preta Gil, em releituras de “Sonífera ilha”, “Cabeça dinossauro” e “Marvin”, apresentadas em show, de despedida da turnê, no Espaço Vivo Rio, no Aterro do Flamengo, zona sul da cidade do Rio de Janeiro.
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Edição comemorativa com extras
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
ALBIN, Ricardo Cravo. MPB, a história de um século. Rio de Janeiro: Atrações Produções Ilimitadas/MEC/Funarte, 1997.
ALBIN, Ricardo Cravo. O Livro de Ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações S.A., 2003.
ALEXANDRE, Ricardo. Dias de luta: O rock e o Brasil dos anos 80. São Paulo: Editora DBA, 2002.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
DAPIEVE, Arthur. BRock: o rock brasileiro dos anos 80. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995.
FUSCALDO, Chris. Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira. Rio de Janeiro: Editora Garota FM Books, 2018. 2ª ed. Idem, 2020.
MARCONDES, Marcos Antônio. (Ed.). Enciclopédia da música Brasileira – erudita, folclórica e popular. 3. ed. São Paulo: Arte Editora/Itaú Cultural/Publifolha, 1998.
MARMO, Herica e ALZER, Luis André. A vida até parece uma festa. São Paulo: Editora Record, 2002.