3.001
Nome do Grupo
Silveira e Barrinha
Componentes

Silveira

Barrinha

Dados Históricos e Artísticos

Cantores. Dupla sertaneja. Compositores.

Nivaldo Pedro da Silveira, o Silveira – Uberaba, MG-1934

Abílio Barra, o Barrinha – Conquista, MG-1929 – Goiatuba, GO-1984

Trabalharam no campo antes da carreira artística. Nivaldo e Abílio conheceram-se em festivais da região onde nasceram e tiveram a oportunidade de cantar juntos. Enquanto Silveira ficou estudando em Conquista, Barrinha foi para Goiás ainda bem jovem e a dupla não se consolidou. Voltando para casa de trem numa das festas de fim de ano, Abílio Barra avistou seu antigo companheiro Nivaldo Pedro, que dedilhava uma viola. Nivaldo logo chamou o amigo para lhe mostrar uma composição que fizera durante a viagem de São Paulo a Goiás. Os dois começaram a cantar e logo juntou uma pequena multidão para admirar a sua arte. Nascia ali a dupla Silveira e Barrinha. Depois de exaustivos ensaios seguiram para o Rio de Janeiro, onde se encontraram com o diretor da Continental, que os aconselhou a voltar para São Paulo. Neste período acompanharam um deputado em campanha, cantando em seus comícios. Em São Paulo dirigiram-se à sede da gravadora Continental e um incidente serviu para impulsionar sua carreira. Ao entrarem no elevador, encontram com o diretor da gravadora, que, achando muita graça de seus jeitos caipiras, pediu para que cantassem ali mesmo, na presença da cantora Marlene que estava em sua companhia. Marlene gostou e aplaudiu a apresentação da dupla. Em março de 1955, lançaram pela Continental o primeiro disco – de um lado o rasqueado “Bugra” de Silveira, e do outro o cururu “Macho baio rompedor”, de Barrinha. Um ano depois lançaram outro disco, trazendo o cururu “De São Paulo para Goiás”, a música que Barrinha mostrara a Silveira no trem, e o rasqueado “Morena de 18 anos”, também de Barrinha. Trabalharam na Rádio Nacional de São Paulo no programa de Nhô Zé, apresentado pelos compositores Anacleto Rosas Jr., e Arlindo Pinto. Em 1958, lançaram a embolada “Futebol dos violeiros”, de Silveira, Barrinha e Dito Mineiro, e o cururu ” Senhora Aparecida”, de Francisco Lacerda, Clarisse Salume e Soares Neto. No ano seguinte fizeram sucesso com “Cabocla fingida”, de Silveira. Voltaram para o Rio de Janeiro e estrearam com êxito na Rádio Mayrink Veiga. Em 1959, lançaram “Linda ciganinha”, de Silveira e Dito Mineiro, e “Chega de sofrer”, de Barrinha. Em fins dos anos 1950, realizaram longa excursão, percorrendo quase todos os estados brasileiros, o que lhes valeu o slogan de Dupla dos 23 Estados. Em 1960, lançaram um de seus maiores sucessos, “Copo de veneno”, de Silveira. Em 1961, gravaram diversas músicas tais como “Sangue e arena”, de Silveira, “Sombra de mulher”, de Silveira e Ado Benatti, e “Não me importo”, de Barrinha. Em 1962, gravaram “A embolada do bi”, em homenagem à conquista do bi campeonato mundial de futebol pela seleção brasileira. Em 1963, lançaram a moda de viola “Era atômica”, de Silveira e Bené Silva. Em 1964, a dupla se separou, indo cantar com novos parceiros. Silveira formou nova dupla com seu irmão Silveirinha e Barrinha passou a cantar com Silvério, em Goiás. Silveira e Barrinha voltaram a se juntar pouco depois, indo cantar num circo em Dracena, devido a apelos de seus fãs. Refizeram a dupla por mais oito anos. Em 1982, gravaram um último LP pela Xororó. Dois anos depois Barrinha veio a falecer e Silveira continuou gravando com Silveirinha. Silveira e Barrinha gravaram cerca de 30 discos em 78 rpm e 18 LPs, entre os quais, “Coração apaixonado”, pela RCA.

Discografias
[S/D] Todamérica 78 Alegria no sertão/Canção de aniversário
[S/D] Todamérica 78 Caçada/Nasci para boiadeiro
[S/D] RCA LP Coração apaixonado
[S/D] Beverly LP Silveira e Barrinha
[S/D] Continental LP Silveira e Barrinha
1963 RCA Camden 78 Embriagado/Adeus papai, adeus mamãe
1963 Caboclo 78 Era atômica/Meia-noite
1963 Caboclo 78 Rainha do meu coração/Nosso matrimônio
1963 Caboclo 78 Volta da ciganinha/Morena bonita
1962 RCA Camden 78 Coração da pátria/Coração apaixonado
1962 RCA Camden 78 Embolada do bi/Sou boiadeiro
1962 RCA Camden 78 Tu és quem chora/Mil amores
1961 RCA Camden 78 Não me importo/Grinalda branca
1961 RCA Camden 78 Sombra de mulher/Berrante de ouro
1960 RCA Camden 78. Brasil gigante/Longe de você
1960 RCA Victor 78 Santa Madalena/Copo de veneno
1959 Continental 78 Cabocla fingida/Canta, canta sabiá
1959 Caboclo 78 Coração de vitela/O canto do sabiá
1959 Continental 78 Menina dos olhos verdes/Malandrinha
1959 RCA Victor 78 Resposta da saudade/Mariquinha
1958 Continental 78 Futebol dos violeiros/Senhora Aparecida
1957 Todamérica 78 Burro preto/Amor fingido
1957 Todamérica 78 Saudade/Pião sem sorte
1956 Continental 78 De Sào Paulo para Goiás/Morena de 18 anos
1955 Continental 78 Bugra/Macho baio rompedor
Obras
A Embolada do bi (Silveira)
Adeus papai, adeus mamãe (José Fortuna e Barrinha)
Alegria no sertão (Barrinha e Mato Grosso)
Berrante de ouro (Barrinha)
Bugra (Silveira)
Burro preto (Silveira, Barrinha e Mato Grosso)
Canção de aniversário (Silveira, Francisco Lacerda e José Maffei)
Chega de sofrer (Barrinha)
Copo de veneno (Silveira)
Coração apaixonado (Barrinha)
Coração da pátria (Silveira, Lourival dos Santos e Sebastião Vitor)
Coração de vitela (Silveira, Barrinha e Moacyr dos Santos)
Cálice da amargura (Silveira)
De São Paulo para Goiás (Barrinha)
Embriagado (Silveira)
Era atômica (Silveira e Bené Silva)
Futebol dos violeiros (Silveira, Barrinha e Dito Mineiro)
Grinalda branca (Silveira)
Linda ciganinha (Silveira e Dito Mineiro)
Macho baio rompedor (Barrinha)
Malandrinha (Dito Mineiro e Silveira)
Mariquinha (Silveira e Dito Mineiro)
Meia-noite (José Fortuna e Barrinha)
Menina dos olhos verdes (Barrinha e Mato Grosso)
Mil amores (Barrinha)
Morena bonita (Barrinha)
Morena de 18 anos (Barrinha)
Nasci para boiadeiro (Clarice, Silveira e Barrinha)
Nosso matrimônio (Silveira e Nicanor)
Não me importo (Barrinha)
O canto do sabiá (Barrinha e Fernandes)
Rainha do meu coração (Barrinha e Benedito Seviero)
Resposta da saudade (Silveira e Costaneiro)
Sangue e arena (Silveira)
Saudade (Silveira e Barrinha)
Serenata (Barrinha e José Negrão)
Sombra de mulher (Silveira e Ado Benatti)
Sou boiadeiro (Barrinha)
Tu és quem chora (Silveira)
Volta da ciganinha (Silveira)
Volta do peão (Barrinha e Dálio Santana)