
Cleberson Horst
Ricardo Feghali
Kiko
Nando da Silva
Serginho de Lima
Paulinho dos Santos
Grupo de pop-rock integrado por Cleberson Horst (teclados e voz), Ricardo Feghali (teclados e voz), Kiko (guitarra e voz), Nando Oliveira da Silva (baixo e voz), Serginho de Lima (bateria e voz) e Paulinho dos Santos (voz e percussão). Iniciou a carreira no começo da década de 1970, com o nome Fanks. Por sugestão de seu produtor, Mariozinho Rocha, o nome foi modificado para Roupa Nova em 1981, em referência ao nome de uma música composta por Milton Nascimento e Fernando Brant, gravada no disco de estréia neste mesmo ano. No primeiro LP, o grupo interpretou composições que logo se tornaram sucesso: “Sapato velho” (Um, Claudio Nucci e Paulinho Tapajós), “Bem simples” (Ricardo Feghali), “E o espetáculo continua” (Octávio Burnier e Ivan Wrigg), “Canção de verão” (Thomas Roth e Luiz Guedes) e a composição “Roupa Nova”, de autoria de Milton Nascimento e Fernando Brant. Neste mesmo ano, foi a banda de apoio na gravação do disco “Nos bailes da vida”, de Milton Nascimento. Exerceria a mesma função em 1982, ao gravar com Gal Costa a música “Açaí”, de Djavan. Ainda no ano de 1982, lançou o segundo disco, do qual se destacou a música “Clarear” (Octávio Burnier e Mariozinho Rocha), tema de novela da Rede Globo, dando um grande impulso à carreira do grupo. Outras canções destacaram-se deste mesmo LP, entre elas “Vôo livre” (Luiz Guedes e Thomas Roth), “Lumiar” (Beto Guedes e Ronaldo Bastos) e “Faz a minha cabeça” (Ricardo Feghali, Serginho e Ronaldo Bastos). Em 1983, o grupo obteve mais um sucesso, “Anjo” (Ranato Correa, Dalto e Cláudio Rabello). Deste mesmo disco, destacou-se também a faixa “Videogame” (Cleberson Horsth e Ricardo Feghali). Em 1985, ainda com Gal Costa, gravou o sucesso “Chuva de prata”, de Ed Wilson e Ronaldo Bastos. Também nesse ano, ocorreu a sua consagração popular com as composições “Dona” (Sá & Guarabira), incluída como tema da novela “Roque Santeiro”, da Rede Globo, e, principalmente com “Whisky a go go” (Sullivan e Massadas), o conjunto ficou vários meses nas paradas de sucesso. Na época, Boni, José Bonifácio Sobrinho, então um dos executivos da Rede Globo, mudou o nome já escolhido de uma novela para “Um sonho a mais”, referência direta à letra cujo refrão se encerrava com lembrar você/um sonho a mais não faz mal. A música tornou-se o tema de abertura de novela. Em 1987, pela gravadora RCA, lançou o LP “Herança”. Neste disco, foram incluídas “A força do amor” (Cleberson Horsth e Ronaldo Bastos), “Sexo frágil” (Kiko e Ricardo Feghali), tema do filme “Sexo Frágil”, e “Volta pra mim” (Cleberson Horsth e Ricardo Feghali), música de trabalho deste disco. Neste mesmo ano, a Philips lançou “O Melhor de Roupa Nova”, disco no qual foram reunidos vários sucessos do grupo, que também participou de gravações com vários artistas, entre eles Zizi Possi. Em 1993, no CD “De volta ao começo”, interpretou “Maria Maria” (Milton Nascimento e Fernando Brant), “Eu quero botar meu bloco na rua” (Sérgio Sampaio), “Ando meio desligado” (Arnaldo Dias Baptista , Rita Lee e Sérgio Dias), “Criaturas da noite” (Flávio Venturini e Luiz Carlos Sá), “Soy latino americano” (Zé Rodrix e Livi) e “De volta ao começo”, de autoria de Gonzaguinha. Em 1999 participou das gravações do CD “Ícaro”, de Biafra. Em 2000 lançou o CD “Ouro de Minas”, disco no qual interpretou diversos compositores mineiros, entre eles Tunai, de quem regravou “Frisson” (Tunai e Sergio Natureza). O CD contou com participações especiais de vários artistas, entre eles: Luciana Mello em “Nascente” (Flávio Venturini e Murilo Antunes); Elba Ramalho em “Fé cega, faca amolada” (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos); Zélia Duncan em “Feira moderna” (Beto Guedes, Lô Borges e Fernando Brant), Ivete Sangalo em “O sal da terra” (Beto Guedes e Ronaldo Bastos) e Sandra de Sá em “Tudo o que você podia ser” (Lô Borges e Márcio Borges). Ainda no disco, destacaram-se as faixas “Princesa” (Flávio Venturini e Ronaldo Bastos) e “De frente pro crime” (João Bosco e Aldir Blanc). No ano 2001 o grupo apresentou-se na casa de show Olimpo, no Rio de Janeiro.
No ano de 2004 lançou o CD e DVD “Roupacústico”, no qual foram revistados alguns sucessos de carreira. O CD vendeu 350 mil cópias e o DVD 190 mil.
Em 2005 ganhou o “Prêmio Tim” na categoria “Canção popular” com o disco “Roupacústico” e “Melhor Grupo”. Neste mesmo ano a banda fundou o selo Roupa Nova Music e apresentou-se no Canecão, show no qual executou composições inéditas, entre as quais “À flor da pele”, “Razão de viver”, “Já nem sei mais” e “A lenda”, de autoria de Kiko, Feghali e Nando e gravada anteriormente pela dupla Sandy & Júnior.
No ano de 2006 o grupo lançou o “Roupacústico 2”, também com sucessos de carreira e músicas inéditas. O CD lançado pelo Selo Roupa Nova Music, vendeu neste mesmo ano cerca de 70 mil cópias, acompanhado pela mesma vendagem no DVD. Neste mesmo ano o grupo elevou o cachê para 80 mil reais por show e apresentou-se nas principais casas noturnas de São Paulo (Credicard Hall e Tom Brasil) e do Rio de Janeiro, entre elas Canecão, Claro Hall, Vivo Rio e Noites Cariocas.
Em 2013 foi lançado o box “Roupa Nova Music”, no qual foi reunido os cinco DVDs do grupo: “Roupa Nova 30 Anos”, “Roupa Nova em Londres”, “Cruzeiro Roupa Nova” e os dois acústicos, além de um EP com seis gravações inéditas da banda.
Em celebração aos 35 anos de carreira, lançou em 2016 o projeto “Todo amor do mundo”, composto de um livro e dois CDs. As 19 faixas dos discos são regravações inéditas de sucessos dos anos 60 e 70, intercaladas com narrações que evocam a história da formação musical do grupo. Com participações especiais de Tico Santa Cruz, Alexandre Pires, Ed Motta, Angélica, Twigg (filha do vocalista Paulinho) e Carol Feghali (filha de Ricardo Feghali) e colaboração de Nelson Motta, Guilherme Arantes, Paulinho Moska, Ronaldo Bastos, Paulo Massadas e Humberto Gessinger, o discos trouxeram músicas como “O barquinho”, “O jeito de viver”, “Medo medo”, “Rádio canções”, “Sem tempo a perder”, “Todo amor do mundo” e Chuva, a praça e outras coisas”, misturando músicas nacionais e algumas versões de músicas internacionais. No ano seguinte, em 2017, o disco “Todo amor do mundo” foi indicado ao “28º Prêmio da Música Brasileira”, na categoria “Canção Popular”. Ainda em 2017 o grupo fez uma série de apresentações pelo Brasil inteiro com o disco “Todo amor do mundo”. Constam espetáculos no Km de Vantagens Hall, no Rio de Janeiro, e no Citibank Hall, em São Paulo, entre outras casas de shows.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
FUSCALDO, Chris. Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira. Rio de Janeiro: Editora Garota FM Books, 2018. 2ª ed. Idem, 2020.