
Edson Café
Fabinho César
Fena
Fernando Monstrinho
Fininho
Luiz Carlos
Paulinho (3)
Gabú
Grupo de pagode formado por Edson Café (Edson Bernardo de Lima – tumbadora), Fabinho César (Fábio Cesário Cocolette 25/3/1977 – voz), Fena (Antonio Fernandes Leite – surdo), Fernando Monstrinho (Fernando Alves de Lima 1/2/1971 – tantã), Fininho (João Roberto da Silva 5/7/1958 – bateria), Luiz Carlos (Luiz Carlos da Silva – voz e violão), Paulinho (Paulo Isidoro 18/6/1956 – baixo) e Gabú (João Carlos da Silva – pandeiro) no ano de 1983 no bairro Vila Nhocuné, periferia da Zona Leste de São Paulo. Luiz Carlos e Paulinho chamaram o amigo Fena para fazer a percussão. As primeiras apresentações da banda foram no Bar do Coalhada. Aos poucos foram se juntando novos componentes, como Fernando Monstrinho, Fininho, Gabú e Edson Café. A banda tocava músicas de outros cantores em ritmo de pagode. Os integrantes gravaram uma fita em estúdio e saíram em busca de gravadora. Depois de algum tempo, foram apresentados à gravadora RGE que se interessou pelo trabalho, gravando vários discos. O primeiro, lançado em 1991, fez sucesso com a música “Caroline”, de Luiz Carlos. Outros sucessos foram “Quero ver você chorar”, “Somente você” e “Chega”. Com o lançamento do primeiro trabalho, a banda passou a se apresentar em programas de televisão do Rio e de São Paulo, nos quais, além de cantar e tocar, os integrantes mostravam também as coreografias das músicas. A partir daí, as propostas para shows aumentaram e o grupo passou a se apresentar em várias capitais do país. Além dos integrantes principais, a banda também contou com Júlio nos teclados e Irupê no sax, dupla responsável pelo arranjo musical. O segundo LP, de 1992, fez sucesso com as músicas “É o amor”, sucesso sertanejo da dupla Zezé de Camargo e Luciano, “Pensando em você” e “Cigana”. No terceiro LP, do mesmo ano, os músicos regravaram o sucessso “Será”, de Renato Russo, cantada originalmente pelo Legião Urbana. Outros sucessos desse disco foram “Cheia de manias” e “Jeito felino”. O “Raça Negra 4”, disco de 1993, ficou marcado pelas músicas “Estou mal”, “Doce paixão” e “Estrela guia”, além de “Tempo perdido”, também já gravada pelo Legião Urbana. A música de Luiz Ayrão, “Ciúme de você”, sucesso na voz de Roberto Carlos, também foi incluída no repertório. Em 1994, foi lançado o quinto LP, que chegou às lojas com 500 mil cópias vendidas. A música de trabalho foi mais uma regravação do rock brasileiro, “Pro dia nascer feliz”, de Cazuza, que levou a banda mais uma vez às paradas de sucesso e a participar de uma campanha nacional que alertava a população sobre os perigos da AIDS. Outros sucessos daquele ano foram as canções “Te quero comigo”, “Me leva junto com você” e “Volta”, baladas românticas em ritmo de pagode. O sexto trabalho foi lançado em 1995, com os sucessos “Maravilha”, “A vida inteira”,”É tarde demais”,”Doce prazer”, entre outros. Devido à repercussão da banda, em 1996 foi gravada a coletânea “Ao vivo”, com as principais músicas do grupo até então. O sétimo CD destacou as músicas “Sozinho”, “Preciso ter alguém” e “Anjo dourado”.
Em 1997, Gabú (João Carlos da Silva), principal letrista, deixou a banda acusando Luiz Carlos de não repassar igualmente para o grupo as arrecadações dos shows e da venda de CDs. No mesmo ano, o Raça Negra fez uma grande turnê pelos EUA e Japão, na qual Luiz Carlos, cantor e compositor do grupo, se entusiasmou com a música negra americana e foi convidado a gravar um disco na mesma linha. O trabalho “Raça Negra 8”, foi lançado também na Europa, Ásia e África, com destaques para as músicas “Preciso desse amor” (Luiz Carlos e Antonio Carlos Carvalho); “É amor demais” (Luiz Carlos e Elias Muniz) e “Já paguei o preço”, de autoria de Elias Muniz e Luiz Carlos.
Em 1998, a banda gravou o nono disco e, em meados de 1999, lançou o CD “Raça Negra ao vivo”, pela gravadora Universal, voltando às paradas de sucesso. Neste disco, o grupo regravou alguns de seus sucessos: “Deus me livre” (Darci Rossi, Serginho Sol e Alexandre), “Estou mal” (Luiz Carlos e Antonio Carlos de Carvalho) e “Preciso dar um tempo” de Luiz Carlos e Elias Muniz.
No ano de 2002 a banda em dueto com Neguinho da Beija-Flor interpretou “Talismã”, no disco “Os melhores do ano III”, da gravadora Índie Records. Neste mesmo ano, foi lançado o livro “Velhas Histórias, memórias futuras” (Editora Uerj) de Eduardo Granja Coutinho, livro no qual o autor faz várias referências à banda. Ainda neste ano, lançou o CD “Raça Negra samba Jovem Guarda”. O CD contou com a presença de Erasmo Carlos na faixa “O bom” e foram incluídos vários sucessos da fase áurea da Jovem Guarda, todos, em ritmo de pagode
Em 2003, foi um dos convidados de Neguinho da Beija-Flor para participar do disco “Duetos”, CD no qual o grupo interpretou “Talismã”. Neste mesmo ano comemorou 20 anos de carreira e lançou o CD “A vida é um beijo”, disco que contou com oito composições inéditas de Luiz Carlos, entre elas, uma versão de “I dont want to talk about it” sucesso de Rod Stwart e liberada pelo próprio cantor, que na versão de Luiz Carlos ganhou o nome de “Vem me amar”.
Em 2012 lançou, pelo selo Som Livre, o CD e DVD “Raça Negra & Amigos”, gravado no Atlanta Music Hall em Goiânia (GO), com as participações de Alexandre Pires, Amado Batista, Belo, Léo Magalhães, Michel Teló, Milionário & José Rico, entre outros. Cinco anos depois, em 2017, lançou o CD “Raça Negra & Amigos II”, gravado ao vivo no Espaço das Américas, em São Paulo, com as participações de Bruno & Marrone, Chitãozinho & Xororó, Eduardo Costa, Léo Magalhães, Leonardo, Wesley Safadão, Zezé Di Camargo & Luciano, Thiaguinho e XandAvião.
Em 2015 lançou, pelo selo Som Livre, o CD “Rei do Baile”, com regravações de hits como “Fogo e paixão” (Kiko Zambianchi), “Tão seu” (Samuel Rosa e Chico Amaral), “Pescador de ilusões” (Marcelo Yuka, Lauro Farias, Marcelo Falcão, Xandão e Marcelo Lobato), entre outros.
Em 2019 lançou o EP “Deezer Sessions Raça Negra”, que incluiu a inédita “Nego lindo” e versões de sucessos da banda com participações especiais de Péricles em “É tarde demais” e de Raffa Bandeira, filho de Luiz Carlos, em “Não é preciso”. A versão de “Cheia de manias”, incluída no disco, entrou para a trilha sonora da novela “A dona do pedaço”, da Rede Globo.
participação
(vários)
COUTINHO, Eduardo Granja. Velhas histórias, memórias futuras. Rio de Janeiro: Editora Uerj, 2002.