5.001
Nome do Grupo
Quinteto Armorial
Componentes

Antônio José Madureira

Egildo Vieira do Nascimento

Antônio Nóbrega

Fernando Torres Barbosa

Edilson Eulálio Cabral

Dados Históricos e Artísticos

Grupo instrumental. Compositores.

Antônio José Madureira (viola sertaneja)

Egildo Vieira do Nascimento (pífano e flauta) – Piranhas, AL-1947

Antônio Carlos Nóbrega de Almeida (rabeca e violino) – Recife, PE- 1952

Fernando Torres Barbosa (berimbau nordestino) – Palmeira dos Índios, Al-1945

Edilson Eulálio Cabral (violão) – Campina Grande, PB-1948

O grupo teve origem no Movimento Armorial, criado oficialmente em 1970, interessado em cerâmica, pintura, tapeçaria, gravura, teatro, escultura, romance, poesia e música sob a orientação do folclorista, teatrólogo e membro da Academia Brasileira de Letras Ariano Suassuna. O grupo surgiu no mesmo período, procurando executar e adaptar peças populares medievais para os cantares do romanceiro nordestino, com a utilização de instrumentos populares do Nordeste, como rabeca, pífanos, marimbau, viola caipira, violão, matraca e outros. O grupo passou a criar um tipo de música popular erudita, com raízes renascentistas, partindo de uma concepção sertaneja. O grupo ligou seu trabalho ao Departamento de Extensão Cultural da Pré-Reitoria para assuntos comunitários da Universidade Federal de Pernambuco. O Quinteto Armorial passou a experimentar novos timbres, revelando outras linguagens, rompendo as barreiras entre a música erudita e a música popular, realizando uma música mais próxima da realidade cultural brasileira. Em 1974, lançaram pelo selo Marcus Pereira o seu primeiro disco, “Do romance ao galope nordestino”. Deste disco destacaram-se as composições “Mourão”, de Guerra Peixe, “Toada e desafio”, “Rasga”, de Antônio Nóbrega, e “Romance de Minervina”, romance nordestino provavelmente do século XIX, recriado por Antônio José Madureira. Na mesma época, foi considerado pela APCA como o Melhor Conjunto Instrumental do Ano. Em 1976, apresentaram-se no Festival de Cosquim, na Argentina, a mais importante reunião de cultura popular do continente, como representante do Brasil, sendo considerada pela imprensa como a apresentação mais importante do festival. No mesmo ano, apresentaram-se no Teatro da Universidade Católica de São Paulo. Ainda em 1976, lançaram seu segundo disco, “Aralume”, com destaque para as composições “Lancinante”, “Improviso”, “Aralume” e “Guerreiro”, todas de Antônio José Madureira. No mesmo período, realizaram apresentações no Rio de Janeiro com a seguinte composição: Antônio Madureira, viola sertaneja; Edilson Eulálio, violão; Fernando Torres, marimbau nordestino; Egildo Vieira, pífano e flauta; e Antônio Nóbrega, violino e rabeca. Em 1979, gravaram o disco “Quinteto Armorial”. Em 1980, lançaram o disco “Sete flexas”. No mesmo ano, o grupo dissolveu-se.

Discografias
1980 Marcus Pereira LP Sete flexas
1978 Marcus Pereira LP Quinteto Armorial
1976 Marcus Pereira LP Aralume
1974 Marcus Pereira MPL 1017 LP Do romance ao galope nordestino
Obras
Aralume (Antônio J. Madureira)
Bendito (Antônio J. Madureira)
Chamada e marcha caminheira (Egidio Nascimento)
Guerreiro (Antônio J. Madureira)
Improviso (Antônio J. Madureira)
Lancinante (Antônio J. Madureira)
O homem da vaca e o poder da fortuna (Antônio J. Madureira)
Ponteado (Antônio J. Madureira)
Ponteio acutilado (Antônio Nóbrega)
Rasga (Antônio Nóbrega)
Reisado (Egildo Nascimento)
Repente (Antônio J. Madureira)
Toada e dobrado de cavalhada (Antônio J. Madureira)
Toré (Antônio J. Madureira)
Shows
Festival de Cosquim, Argentina,
Teatro da Universidade Católica de São Paulo, SP.