
Palmeira
Luizinho
Cantores. Dupla sertaneja.
Diogo Mulero, o Palmeira – Agudos, SP – 1918 – São Paulo, SP – 1967
Luizinho – Luiz Raimundo – São Paulo, SP – 1916 – São Paulo, SP – 1983
A dupla se formou em meados dos anos 40. Foram considerados os criadores da música campeira. Contaram em seu repertório com dois dos principais compositores sertanejos da época, Arlindo Pinto e Anacleto Rosas Jr. Cantavam a companhados da sanfoneira Zezinha. Em 1946 gravaram o primeiro disco pela Continental, interpretando as modas campeiras “Cavalo preto”, de Anacleto Rosas Jr. E “Boiadeiro bão”, de Anacleto Rosas Jr. e Arlindo Pinto. No mesmo ano foram contratados pela Rádio Tupi e gravaram as modas de viola “Italianinha”, de Euclides de Andrade e Arlindo Pinto e “No céu não tem correio”, de Anacleto Rosas Jr. e Valdomiro Lobo. Em 1948 gravaram as modas campeiras “Burro Picaço”, de Geraldo Costa e Anacleto Rosas Jr. E a clássica “Baldrana macia”, de Arlindo Pinto e Anacleto Rosas Jr., gravada mais tarde por Luiz Gonzaga. Em 1951 gravaram na RCA Victor as modas “Santa Fé do Paraná”, de Palmeira e Ado Benatti e “Chão de Minas”, de Palmeira e Luizinho, além do tema folclórico “Peixe vivo”, de motivo popular. No mesmo ano gravaram de Anacleto Rosa Jr. A toada “Três boiadeiros”. Muitas das composições gravadas por eles são de autoria dos próprios componentes da dupla, como é o caso do balanceio “Luiz bão” e da toada “O crime de Maringá”. Gravaram músicas de importantes compositores da música sertaneja como a toada “Zé Macaia”, parceria de Palmeira com Raul Torres, a valsa “Marcaremos casamento”, de Anacleto Rosas Jr. e Arlindo Pinto, o arrasta-pé “Sertão de Cuiabá”, de J. M. Alves e xote “O estoro da boiada”, de Arlindo Pinto de Mário Zan. Gravaram principalmente composições com rítmos clássicos do universo sertanejo como as modas campeiras “Catarinense”, de autoria da dupla e “Capitá federá”, de Arlindo Pinto e Luizinho, ou a mazurca “Prá que trabaiá?”, de Messias Garcia. Em 1952 lançaram a toada “Boiadeiro triste”, de Palmeira e Mário Zan e a moda “Última trucada”, de Anacleto Rosas Jr. e Palmeira. Em 19153 gravaram o último disco interpretando a moda “Maquinista”, de Luiznho e Ado Benatti e a toada “Alvorada”, de Luizinho. Logo em seguida a dupla se dissolveu, com Palmeira passando a fazer dupla com Biá e Luizinho com Limeira. Em 1956, a dupla voltou a se reunir gravando mais um disco na RCA, interpretando a toada “Doutor Promessa” e o rasqueado “Boliviana”, esta em companhia da cantora Marlene Simões, as duas de autoria de Palmeira e Teddy Vieira.
Em 2017, Luizinho teve sua composição “O menino da porteira”, com Teddy Vieira, considerada clássica, incluída no repertório da peça teatral “Bem sertanejo – O Musical”, estrelada por Michel Teló e dirigida por Gustavo Gasparani. O espetáculo esteve em cartaz em diversas cidades brasileiras, entre elas São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Ribeirão Preto.