
Amaro dos Santos
Aristides Prazeres
Caldeira Ramos
Dermeval Neto
D. Guimarães
I. Kolman
Júlio Sammamede
J. Rondon
Simon Bountman
Orquestra criada por volta de 1927 pelo maestro, arranjador e violinista Simon Bountman, era integrada ainda por I. Kolman, no saxofone e clarinete; Júlio Sammamede, no saxofone; D. Guimarães, no trompete; Caldeira Ramos, no trombone; J. Rondon, no piano; Amaro dos Santos, na tuba; Dermeval Neto, no banjo, e Aristides Prazeres, na bateria. Além de acompanhar dezenas de gravações na Odeon entre 1927 e 1930, a orquestra também gravou 47 músicas em 36 discos.
A orquestra estreou em disco em 1927 gravando o fox-trot “Pergunte a ela”, de autor desconhecido. No mesmo ano, gravou os fox-trot “Pérola do Japão”, de J. Fonseca Costa, o Costina, e “Uma noite de farra”, de Lúcio Chameck; as toadas-brasileiras “Paulicéia como és formosa”; “Quebra-cabeças” e “Magnífico” e o maxixe “Proeminente”, de Ernesto Nazareth, além do maxixe “Mexe baiana”, de José Francisco de Freitas.
Em 1928, a orquestra gravou o maxixe “Só de cavaquinho”, de Luiz Nunes Sampaio, o Careca, e as toadas brasileiras “Desengonçado”; “Jacaré”; “Tenebroso” e “Jangadeiro” e a marcha “Ipanema”, de Ernesto Nazareth; o maxixe “Cor de canela”, Lúcio Chameck e a valsa “Minha vida pela tua”, de Marcelo Tupinambá. Nesse ano, a orquestra fez acompanhamento para as primeiras gravações, acompanhando o cantor Vicente Celestino no registro do samba “Que vale a nota sem o carinho da mulher?”, de Sinhô. Em seguida, acompanhou Mário Reis nos sambas “Jura”, de Sinhô; “Vou à Penha”, de Ary Barroso e “Dorinha meu amor”, de José Francsico de Freitas, três gravações clássicas da música popular brasileira e Francisco Alves na canção “Cabocla do sertão” e no samba-sertanejo “Rancho vazio”, de Eduardo Souto; na marcha “Seu Voronoff”, de Lamartine Babo.
No ano seguinte, gravou os maxixes “Uma noite em claro” e “Odeon” e o samba “Amanhã tem mais”, de Mário Duprat Fiúza; o samba-canção “Linda flor”, de Henrique Vogeler; o samba “Jura”, de Sinhô; o maxixe “Gosto assim”, de I. Kolman e o choro “Despresado”, de Pixinguinha. Ainda em 1929, a orquestra acompanhou o cantor Francisco Alves em mais de dez discos incluindo os sucessos “Seu Julinho vem”, marcha de Freire Júnior e “Eu ouço falar (Seu Julinho), samba de Sinhô. Acompanhou ainda os cantores Alfredo Albuquerque; Raul Roulien; Oscar Gonçalves e Mário Reis, este, entre outras, no sucesso “Vamos deixar de intimidades”, de Ary Barroso, além da cantora Aracy Cortes no samba-cançao “A polícia já foi lá em casa”, de Olegário Mariano e Júlio Cristóbal, e nos sambas “Quem quiser ver?”, de Eduardo Souto; “Tu qué tomá meu nome”, de Ary Barroso e “Zomba”, de Francisco Alves. Ainda em 1929, a orquestra acompanhou a atriz Margarida Max na gravação do samba-canção “Por que foi?”, de Pedro de Sá Pereira e Luiz Iglesias, e da marcha “Olha a pomba”, de Vantuil de Carvalho.
Em 1930, acompanhou Almirante na gravação dos sambas “Tô t estranhando”, de Henrique Brito e Mário Faccini e “Mulher exigente”, de Almirante, além de acompanhar várias gravações de Mário Reis e Francisco Alves, destacando-se com esse último no acompanhamento da marcha “Dá nela!”, de Ary Barroso, grande sucesso no carnaval daquele ano. Ainda nesse ano, a orquestra acompanhou gravações de Augusto Calheiros, Gastão Formenti; Zaíra Cavalcânti; Aracy Côrtes; Luci Campos; Gilda de Abreu e Patrício Teixeira.
Em três anos de atuação a orquestra acompanhou mais de cem gravações de cantores como Francsico Alves, Mário Reis, Aracy Côrtes. Raul Roulien, Gilda de Abreu e outros. Em 2013, sua interpretação para os tangos brasileiros “Paulicéia como és formosa” e “Quebra cabeças”, de Ernesto Nazareth, realizadas em 1927, foram incluídas no CD “Ernesto Nazareth 150 anos – Vol. 1” lançado pelo selo Revivendo em homenagem ao sesquicentenário do compositor Ernesto Nazareth.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.