3.001
Nome do Grupo
Orquestra Guanabara
Dados Históricos e Artísticos

Orquestra formada no início da década de 1930 para atuar como grupo de acompanhamento para gravações na Parlophon e depois na Odeon, mas que gravou alguns discos. Estreou na Odeon em janeiro de 1930, acompanhando a cantora Cristina Maristany na gravação da canção “Saudade sombria” e na valsa “Solidão”. Em seguida acompanhou o cantor Gastão Formenti nos sambas “Brasileira”, “Sim…ou não?…”, “Teu amor pra mim não vale nada” e “Bicho perigoso”, e a cantora Alda Verona na canção “Falando do meu boneco” e na valsa-lenta “A ti sorrindo”. No mesmo ano, a orquestra gravou o tango “Mujeres”, de R, Mellito Sobrinho, as valsas “Mimosa”, de L. Henri e “Mágoas de uma ilusão”, de Rafael Melido Sobrinho, a rancheira “Mate amargo”, de Carlos F. Bravo, o samba “Chimarrão ou café”, de Odilon Vargas e Sebastião Santos, e o intermezzo “Sapo e sapinho”, de Peri Pirajá. Ainda em 1930, a orquestra passou a fazer gravações na Parlophon e lançou o samba “Tu já foste boa”, de Heitor dos Prazeres. Também em 1930, acompanhou na Parlophon a cantora Zaíra Cavalcânti na gravação dos sambas “Tem moamba” e “Vou pedir à padroeira”, Francisco Alves no fox “Mimi”, e no samba “Escrita complicada”, Sílvio Vieira no hino “Brasil unido” e na marcha “O soldado brasileiro”, e Almirante no samba “Vaca maiada”, entre outros acompanhamentos para gravações de cantores da época.

Em 1931, acompanhou Ismael Silva na Odeon, na gravação do samba “Carinho eu tenho”, de Sílvio Fernandes, o Brancura. Nesse ano, gravou na Parlophon a valsa “Última despedida”, de José Afonso Amato e o fox-blue “Uma noite em Bagdad”, de Júlio Casado, depois relançadas na Odeon, os frevos “Vamo se acabá”, “Maroca só qué seu Freitas”, e as marchas “Arreliada” e “Maroca só qué Golfinho”, de Nelson Ferreira, as valsas “Único amor”, de Alfredo Medeiros e “Glorificação da beleza”, de Zequinha de Abreu, o tango “Príncipe de Gales” e a valsa “Arrependimento”, de Gastão Lamounier. Essas duas seriem relançadas pela Odeon. Depois, a orquestra gravou as marchas “România” e “Wawec”, de Nicolas Alogemovits, os sambas “Vai trabalhar”, de Glauco Viana e “Olhos fatais”, de Eduardo Souto, e os choros “Os teus olhos”, de Pinto Júnior e “Reminiscências”, de Eduardo Souto. Também em 1931, a orquestra fez acompanhamentos, entre outros, para as gravações de Zaíra Cavalcânti nos sambas “Caranguejo também sobe no arvoredo” e “Sem querer…”; Jaime Vogeler na canção “Abismo de amor” e no tango “Infeliz amor”; Inácio Loiola e Noel Rosa no clássico samba “Com que roupa?”, de Noel Rosa em sua primeira gravação; além de Almirante e o Bando de Tangarás no samba “Madureira” e na marcha “Ge-gê (Seu Getúlio)”; Zaíra de Oliveira nos sambas “É preciso fingir” e “Pode bater”; André Filho nos sambas “Estou mal” e “Mangueira”, e Elisa Coelho nos sambas “Na Bahia” e “Meu home”.

Em 1932, na Odeon, fez acompanhamentos para Castro Barbosa na rumba “Aqueles olhos verdes” e na valsa “Melodia cubana”; para Jonjoca nos sambas “Vivo por viver” e “Por que foi?”, e para a dupla Jonjoca e Castro Barbosa na gravação dos sambas “O preço da felicidade” e “Quero saber”. Nesse ano, gravou na Parlophon o cateretê “Lá no sertão”, de Eduardo Souto.

Em 1933, gravou na Odeon, o samba “Dá o fora”, de P. de Barros e Salvador Lisboa. A orquestra lançou um total de 18 discos pelas gravadoras Odeon e Parlophon com 29 músicas, além de participar de gravações e fazer exibições em Rádios e Cassinos no início da década de 1930.

Discografias
1933 Odeon 78 Dá o fora
1933 Odeon 78 Príncipe de Gales/Arrependimento
1933 Odeon 78 Última despedida/Uma noite em Bagdad
1932 Parlophon 78 Lá no sertão
1931 Parlophon 78 Arreliada/Maroca só qué Golfinho
1931 Parlophon 78 Maroca só qué seu Freitas
1931 Parlophon 78 Os teus olhos/Reminiscências
1931 Parlophon 78 Príncipe de Gales/Arrependimento
1931 Parlophon 78 România/Wawec
1931 Parlophon 78 Vai trabalhar/Olhos fatais
1931 Parlophon 78 Vamo se acabá
1931 Parlophon 78 Última despedida/Uma noite em Bagdad
1931 Parlophon 78 Único amor/Glorificação da beleza
1930 Odeon 78 Mate amargo/Chimarrão ou café
1930 Odeon 78 Mimosa
1930 Odeon 78 Mujeres
1930 Odeon 78 Sapo e sapinho/Mágoas de uma ilusão
Bibliografia crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.