Negritude Júnior

Grupo de pagode formado por Ari (Ariovaldo Nascimento, 23/3/1966 – percussão e voz), Chambourcy (José Deodato Silva Neto, 21/9/1971 – percussão e voz), Claudinho (Claudio Alves Corrêa, 2/3/1973 – percussão e voz), Fabinho (Fábio Modesto do Carmo, 2/10/1976 – bateria), Feijão (Jefferson Braz Teixeira, 30/7/1965 – percussão e voz), Lino (Antônio Carlos Lino, 13/3/1963 – saxofone e flauta), Nenê-Gritude (Webster Renê Belchior, 14/7/1970 – baixo e violão), Netinho (José de Paula Neto, 11/7/1970 – voz) e Waguinho (Wagner José da Silva Antônio, 11/11/1970 – guitarra, cavaquinho e voz) em 1985 pelos amigos Nenê, Waguinho e Claudinho, moradores do conjunto habitacional Cohab de Carapicuíba, zona oeste de São Paulo. Começou se apresentando nos finais de semana na quadra da Escola de Samba Camisa Verde e Branco, onde venceu o concurso Botequim do Camisa, cantando uma música de autoria de Nenê e Netinho, em homenagem à mãe deste. Como prêmio, gravou duas faixas – “Triste andança” e “Algo de valor” – no LP criado por ocasião do concurso. No início dos anos 90, o grupo assinou contrato com a gravadora Zimbabwe, selo independente de São Paulo, pela qual lançou o primeiro trabalho, que chegou a vender 350 mil cópias em 1992. A música “Jeito de seduzir” (Márcio e Miltinho), que dava nome ao disco, foi incluída no LP “O melhor do pagode volume 3”, da gravadora Som Livre. No ano seguinte, transferiu-se para a EMI Odeon e gravou o LP “Natural”, conquistando o disco de Ouro. A música “Conto de fada” (Beto Correa e Pagom), foi o sucesso do disco, além das faixas “É natural” de Acyr Marques e Délcio Luiz , “Timidez” (Délcio Luiz e Prateado), “Olhos vermelhos” (Peter Correa e Jorge Cardoso) e “Dora”, de Délcio Luiz e Paulinho Carvalho. A partir daí, passou a se apresentar em programas de televisão e a lançar um CD por ano. O quarto trabalho, com produção de Jorge Cardoso e direção artística de João Augusto, saiu pela mesma gravadora em 1994. O CD “Deixa acontecer”, vendeu 500 mil cópias e teve a maioria das músicas nas paradas de sucesso. Entre elas, estão “Beijo geladinho” (Netinho e Waguinho), “Deixa acontecer” (Délcio Luiz e Adalto Magalha) e “Indiferença” (José Augusto e Niomar), além das regravações de “Triste andança” e “Jeito de seduzir” (Márcio e Miltinho). Em 1995, fez sucesso com “Absoluta” (Altay Veloso), “Cohab City” (Netinho) e “Gente da gente” ((Waguinho e Netinho), faixa que deu título ao quinto trabalho e contou com a participação especial do grupo paulista Racionais MCs. No sexto CD, “Nosso ninho”, também lançado pela EMI, destacaram-se as faixas “Coração cigano” (Chico Roque e Paulo Sérgio Valle), “Ao som do Roberto” (Álvaro Gomes e Lula Barbosa), “Tanajura” (Netinho, Charlles André, Hugo Montenegro e Buddy Kaye) e “Tic, tic tac”, de autoria de Braulino Lima. No ano seguinte, em 1997, o CD “Sedução na pele”, obteve sucesso de vendas e deu ao grupo os discos de Ouro, Platina e Platina duplo. Três faixas se destacaram e foram muito executadas nas emissoras de todo o país: “Terra prometida” (Nenegritude, Waguinho, Netinho e Serginho Procópio), “Bom dia” (Altay Veloso), e uma regravação de um clássico popular, “Viagem”, de João de Aquino e Paulo César Pinheiro. Pela EMI, lançou ainda o CD “Porcelana”, em 1998, no qual incluiu “Olha”, de Roberto Carlos, elogiada pelo próprio cantor. Esse disco também foi lançado em espanhol. Ainda neste CD, despontaram outros sucessos do grupo: “O beijo” (Jota Maranhão), “Que dure para sempre” (Peninha), “Nossa cama é uma loucura” (Paulinho Rezende e Chico Roque), “Faça o que eu digo” (Netinho, Waguinho, Riba Nascimento e Clodo Ferreira), “Negritudiando” (Nenegritude, Netinho e Waguinho), “Paixão nua e crua” (Arlindo Cruz, Acyr Marques e Jorge David) e a faixa-título “Porcelana”, de autoria de Altay Veloso. No início de 1999, os integrantes do grupo assinaram contrato com a Rede Globo e passaram a ser exclusividade da emissora, na qual apresentavam, ao lado do Grupo Katinguelê, o programa “Pagode e Cia”.