
Jorge Du Peixe
Lúcio Maia
Alexandre Dengue
Gilmar Bolla
Gira
Canhoto
Toca Ogam
Grupo formado na cidade de Olinda (PE), em 1990, resultado da união de alguns componentes das bandas Loustal e Lamento Negro. Foi o pioneiro no estilo que se convencionou chamar de “Mangue Beat”, gênero marcado pela mescla de ritmos tradicionais pernambucanos, como o coco e o maracatu, com elementos do rock.
O cantor e percussionista Otto (ex- Mundo Livre S/A) fez parte da banda, no início da carreira, não chegando a participar da gravação do primeiro disco. Na primeira formação constavam Chico Science (Francisco de Assis França – 13/3/1966 Recife – 2/2/1997 Recife: voz), Lúcio Maia (guitarra), Alexandre Dengue (baixo), Gilmar Bolla (tambor), Gira (tambor), Canhoto (caixa), Toca Ogam (percussão) e Otto (Otto Maximiliano Pereira de Cordeiro Ferreira – 28/6/1968 – Belo Jardim, PE- percussão). O grupo fez a sua primeira apresentação no espaço Oásis, em Olinda, no ano de 1991.
Em 1993, ao lado da banda pernambucana Mundo Livre S/A, realizou sua primeira excursão na região Sudeste, tocando em São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG). Devido ao bom acolhimento, tanto da crítica quanto do público, no ano seguinte o grupo foi convidado por Roberto Frejat a participar do CD “Rei”, em homenagem a Roberto Carlos, no qual interpretou “Todos estão surdos”. Neste mesmo ano, a banda chamou a atenção do público e da crítica em sua apresentação, na primeira edição do festival Abril pro Rock. No ano seguinte, em 1994, a banda assinou com a Sony Music e lançou, pelo selo Chãos, o CD “Da lama ao caos”. Produzido por Liminha, o disco teve como destaque a composição “A praieira” (Chico Science), incluída na trilha sonora da novela “Tropicaliente”, da Rede Globo. Ainda deste disco, destacaram-se as faixas “Da lama ao caos” (Chico Science), “Lixo do mangue” (Lúcio Maia), “Maracatu de trio certeiro” (Chico Science e Jorge du Peixe), “Monólogo ao pé do ouvido” (Chico Science) e “Rios, ponte & overdrives”, de autoria de Chico Science e Zero Quatro. Outra participação importante no CD foi a de Chico Neves, além do próprio produtor Liminha em uma das faixas. No encarte do disco foi publicado o texto “Caranguejos com cérebro”, primeiro manifesto Mangue redigido por Fred Zero Quatro (do Grupo Mundo Livre S/A) e pelo jornalista Renato L. No ano posterior, em 1995, o grupo fez a sua primeira excursão ao exterior. Em Nova York, dividiu o palco com Gilberto Gil em show no Central Park. Apresentou-se, também, em diversas cidades europeias, como Bruxelas, Berlim, com destaque para o tradicional “Festival de Montreux”.
Em 1996 lançou “Afrociberdelia”, neologismo resultante da soma das palavras “afro”, “cibernética e “psicodelia”. Produzido pelo DJ paulista Eduardo Bidlowisk, contou com as participações especiais de Gilberto Gil, fã declarado do grupo, em “Macô”, e de Marcelo D2 (Planet Hemp), na mesma faixa. O disco também contou com as participações de Fred Zero Quatro, Marcelo Lobato, Lucas Santtana, Mário Caldato Jr., Hugo Hori (Karnak), Serginho Trombone, Tiquinho e Bidinho. Entre as faixas que se destacaram constam “Um passei no mundo livre”, “Corpo de lama”, “Manguetown”, “Maracatu atômico” (Jorge Mauther e Nelson Jacobina), “Etnia” e “Macô”. Ainda nesse ano, de 1996, a banda gravou a trilha sonora do filme “O baile perfumado”, e fez uma nova turnê passando por cidades da Europa, dos Estados Unidos e por quase todo o território brasileiro. No início do ano seguinte, em 1997, Chico Science faleceu em uma quarta-feira de cinzas, em decorrência de um acidente automobilístico na rodovia que liga Recife à Olinda, quando se dirigia para um show. Seu corpo foi enterrado no cemitério de Santo Amaro, com a presença de 10 mil pessoas. O governo do Estado de Pernambuco decretou três dias de luto oficial. Com a nova formação que incluia Jorge Du Peixe (Jorge José Carneiro de Lira – 8/1/1967: percussão e voz), em abril deste mesmo ano, em espírito de luto, o grupo voltou a se apresentar no festival Abril Pro Rock, em show que contou com a participação de Max Cavalera (ex-Sepultura e que comandava, na ocasião, o grupo Soufly). Neste mesmo ano, de 1997, lançou o CD duplo “CSNZ”. O primeiro disco continha cinco músicas inéditas com Jorge Du Peixe no vocal e mais cinco ao vivo ainda com Chico Science. Na primeira faixa, “Malungo”, participaram Jorge Benjor, Fred 04, Marcelo D2 e Falcão. O CD trouxe, também, uma versão de “Samba Makossa” (Chico Science), integralmente interpretada pelo grupo Planet Hemp. Já o segundo disco contou com remixagens de sucessos da banda feitas por convidados, como o ex-Talking Heads David Byrne, em “Rios, pontes e overdrives” (Chico Science e Zero Quatro), e de Arto Lindsay, em “O cidadão do mundo”.
Em 1999 o grupo gravou a música “O fole roncou”, incluída na coletânea “Baião de viramundo”, disco só com composições de Luiz Gonzaga. No ano seguinte, em 2000, gravou “Rádio S.AMB.A. – Serviço Ambulante da Afrociberdelia”. Produzido pelo próprio grupo, foi o primeiro CD só com músicas inéditas e com Jorge Du Peixe cantando em todas as faixas após o falecimento de Chico Science. O disco contou com aa participações especiais de Áfrika Bambaataa, Fred Zero Quatro, Maciel Salu (Orchestra Santa Massa), Éder “O” Rocha (Mestre Ambrósio), Bocato e Lia de Itamaracá. Após a morte de Chico Science, o grupo passou a atuar com o nome Nação Zumbi.
Em outubro de 2001 a Fiat foi condenada a pagar indenização à família de Chico Science (aos pais e à filha do cantor), devido ao constatado defeito no cinto de segurança do automóvel. A prefeitura de Recife o homenageou, batizando uma grande avenida da cidade com seu nome. Neste mesmo ano de 2001, a banda participou do disco acústico da cantora Cássia Eller, gravando a faixa “Quando a maré encher”, música que já havia sido incluída no CD “Rádio S.Amb.A”.
No ano de 2002 lançou o disco “Nação Zumbi”, produzido por Arto Lindsay, pela gravadora Trama. O CD trouxe a participação especial de Dona Cila (vendedora de tapioca e cantora de coco, 63 anos) que interpretou “Caldo de cana” e, ainda, as participações de Marcos Matias, Nina Miranda, Scott Hard, Ganja Man, Dj Marcelinho, Fernando Catatau, Rodrigo Brandão e John Medeski. Ainda em 2002, ao lado de Otto, Fred 04, B Negão e o rapper paulista Sabotage, entre outros, participou da coletânea “Instituto – Coleção Nacional”.
No ano de 2003 fez lançamento do novo disco no Canecão e, na ocasião, contou com as participações especiais de Marcelo Yuka (ex-baterista do Rappa), B Negão (Planet Hemp), Otto (Ex- Mundo Livre S/A) e o rapper Black Alien. Ainda em 2003, o grupo partiu para uma turnê internacional por vários países da Europa, entre eles, Portugal, Espanha e França.
No ano de 2005, pela gravadora Trama, o grupo lançou o DVD “Propagando”, com o qual comemorou dez anos de carreira. O DVD trouxe vários sucessos de várias da carreira, além de clipes, making of e um documentário sobre a turnê europeia da banda. Neste mesmo ano lançou o CD “Futura”. Dois anos depois, em 2007, a banda lançou o CD “Fome de Tudo”, produzido por Mário Caldato Jr.. Participou do projeto “Estúdio Coca-Cola”, da MTV Brasil em parceria com a Coca-Cola, que promoveu encontros de vários artistas e bandas lançados em CDs. Neste projeto gravou um disco ao lado da banda Skank.
Em 2011 foi uma das atrações do Palco Sunset, na 4ª edição do festival “Rock in Rio”, apresentando-se ao lado de Tulipa Ruiz. No ano posterior, em 2012, a gravadora Deckdisc lançou, nos formatos CD, DVD e LP, o registro ao vivo do show realizado pela banda no Marco Zero, no Centro Histórico de Recife (PE), em 2009. Neste show, apresentado no final da turnê baseada no álbum “Fome de Tudo” (2007), os músicos Jorge Du Peixe (voz), Lúcio Maia (guitarra), Dengue (baixo), Pupillo (bateria e percussão), Gilmar Bola 8 (alfaia e voz), Toca Ogan (percussão e voz), Gustavo da Lua (alfaia) e Marco Matias (alfaia), receberam diversos convidados como Arnaldo Antunes, em “Antene-se”; Fred 04, em “Rios, Pontes e Overdrives”; Os Paralamas do Sucesso, em “Manguetown”; e Siba e a Fuloresta, em “Trincheira da Fuloresta”.
No ano de 2013, pela gravadora Deckdisc, lançou o CD “Nação Zumbi vs Mundo Livre”, no qual cada banda interpretou o repertório da outra. No caso do Nação Zumbi, as faixas “Livre iniciativa”, “Pastilhas coloridas”, “Girando em torno do sol”, “Musa da Ilha Grande”, “Seu suor”, “Como James Brown já dizia” e “Bolo de ameixa”. Ainda em 2013 a banda atuou como banda de apoio de Marisa Monte, na turnê “Verdade, uma ilusão”, trabalho da cantora por várias capitais brasileiras. No ano posterior, em 2014, com a seguinte formação: Jorge Du Peixe (voz), Lúcio Maia (guitarra), Dengue (baixo), Pupilo (bateria), Toca Ogan (percussão), Gilmar Bola 8 (alfaia) e Da Lua (alfaia), lançou, pelo Selo Natura Musical, o CD “Nação Zumbi”, o primeiro com inéditas em mais de sete anos. Produzido por Kassin, Berna Ceppas e Mário Caldato, do disco destacaram-se as faixas “Foi de amor”, “Novas auroras”, “Um sonho”, “Cicatriz”, “Bala perdida”, “Pegando fogo”, “O que te faz rir”, “Defeito perfeito” e “A melhor hora da praia”, na qual o grupo contou com a participação especial de Marisa Monte. A banda fez turnê de lançamento do disco por várias capitais do país, destacando Rio de Janeiro, onde se apresentou no circuito das Lonas Culturais, além do Circo Voador e Arenas Cariocas.
No ano de 2016 a banda fez show no Circo Voador, onde foi exibido o documentário “Carangueijo Elétrico”, produzido pelo jornalista e produtor Ricardo Carvalho (em uma coprodução da Produtora RTV e Globo Filmes), com direção de José Eduardo Miglioli e direção executiva de Carol Carvalho. O show foi em homenagem aos 20 anos de lançamento do disco “Afrociberdelia;”, no qual o grupo executou as composições do CD, entre elas “Um passei no mundo livre”, “Corpo de lama”, “Manguetown”, “Maracatu atômico” (Jorge Mauther e Nelson Jacobina), “Etnia” e “Macô”. No filme “Caranguejo Elétrico”, de 86 minutos, foram reunidas várias fases da banda, tais como um clipe do grupo Loustal (embrião da Chico Science & Nação Zumbi); cenas gravadas em 1993, na primeira turnê do grupo por São Paulo (no Aeroanta); a primeira participação da banda no “Festival Abril Pró Rock” (Recife); cenas da participação do grupo no evento “Summertage”, no Central Parque, em Nova Iorque, a convite de Gilberto Gil, show no qual Chico Science e Gilberto Gil fizeram vários improvisos juntos; cenas dos bastidores da turnê da banda, em 1996, pela Europa, além de entrevistas com vários amigos, artistas de diversas áreas e músicos como o produtor e baixista Liminha.
Em 2017 o grupo lançou o CD “Radiola NZ”, no qual, segundo seus integrantes, foram interpretadas composições de outros autores que marcaram a trajetória pessoal de seus componentes. Entre as releituras deste disco constaram “Como dois animais na selva suja da rua” (Taiguara), “O balanço” (Tim Maia) e “Sexual healing”, de Marvin Gaye. O show de lançamento ocorreu no Circo Voador, na Lapa, no Centro do Rio de Janeiro.
Em 2022 o CD “Da Lama ao Caos”, trabalho de estreia da banda foi considerado e eleito por 25 especialistas, convocados pelo jornal O Globo, como “O Melhor Disco da MPB dos Últimos 40 Anos”. Em enquete promovida pelo jornal O Globo, em 2022, foram ouvidos 25 especialistas que elegeram o álbum “Da lama ao caos” o melhor da música brasileira nos últimos 40 anos.
Em 2023 a banda foi uma das atrações do “Festival Clássicos do Brasil”, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, encerrando a noite após shows da dupla Chico César e Geraldo Azevedo.
Com as saídas de membro fundadores como o percussionista Gilmar Bola 8 (2015); o baterista Pupillo (2018), e em 2023, do guitarrista Lúcio Maia, a banda apresentou-se com a seguinte formação: Jorge Du Peixe (voz), Dengue (baixo e direção musical), Toca Ogan (percussão), Marcos Mathias (percussão), Gustavo Da Lua (Percussão), Tom Rocha (bateria) e Neilton Carvalho, guitarra.
No ano de 2024 foi lançada, pela Editora Belas Letras, a sua biografia “Criança de Domingo” (352 páginas), escrita pelo pernambucano José Teles, do qual destacamos o seguinte trecho na voz do próprio biografado:
“Nossa ideia não eram acabar com o folclore e sim resgatar os ritmos regionais, envenená-los com a bagagem pop. Isso pode chamar a atenção das pessoas para os ritmos como eles são e criar interesse pelo folclore.”
(participação)
Chaos
Chaos
Chaos
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
ALBIN, Ricardo Cravo. MPB, a história de um século. Rio de Janeiro: Atrações Produções Ilimitadas/MEC/Funarte, 1997.
ALBIN, Ricardo Cravo. O livro de ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
CHAVES, Xico e CYNTRÃO, Sylvia. Da Pauliceia à Centopeia Desvairada – as Vanguardas e a MPB. Rio de Janeiro: Elo Editora, 1999.
FUSCALDO, Chris. Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira. Rio de Janeiro: Editora Garota FM Books, 2018. 2ª ed. Idem, 2020.
MARCONDES, Marcos Antônio. (Ed.). Enciclopédia da música Brasileira – erudita, folclórica e popular. 3. ed. São Paulo: Arte Editora/Itaú Cultural/Publifolha, 1998.
Em algum dia perdido do verão de 2003, em meio às brisas sopradas pelo Capibaribe, no bairro do Recife, eu travava um papo musical com o artista multimídia Hélder Aragão – a verdadeira alcunha do Dj Dolores. Durante a conversa, ele defendia a tese de que a música era uma arte difícil de ser conceitual: “basta o cara ter um bom groove que ele derruba qualquer argumento”. No calor da hora e para evitar maiores discussões, concordei. Dias depois, lendo o livro “Sobre Ética e Psicanálise”, de Maria Rita Kehl, encontrei uma passagem, na qual ela relata que a criação de sentido para a existência é uma tarefa coletiva, uma tarefa da cultura, “da qual cada sujeito participa com seu grão de invenção”, e não um ato individual. Imediatamente, voltei a pensar na prosa com Dolores. Como seria possível considerar a força do som, o balanço, o groove da Nação Zumbi desvinculado de toda a efervescência cultural que foi a “cena Mangue”? Para mim, isto parecia impossível. Lembrei do texto do Hermano Vianna “Eu só quero fazer parte dessa Nação”, onde ele coloca que “a Nação Zumbi deve ser pensada como um coletivo de idéias artísticas, guerrilhas culturais e intervenções políticas (entre muitas outras atividades), do qual a banda musical é apenas sua (inter)face mais visível e aparentemente amigável. O Mangue está na origem de tudo. O Mangue como gerador de antropofagia cultural, que deu nova potência e direção para a visão de mundo dos agrupamentos mais combativos da juventude brasileira (e – por que não? – da cultura brasileira) dos anos 90.” O Mangue estava, de fato, na origem de tudo. Para a capital pernambucana, que até o início daquela década se encontrava enterrada em um marasmo cultural de extrema apatia, o Mangue foi um grito, a redenção de uma comunidade com mais de 400 anos de história e que, só no século XX, havia gerado nomes da dimensão de Manuel Bandeira, Gilberto Freyre e João Cabral de Melo Neto, como bem colocou Fred 04 no segundo manifesto do movimento. Para além destes nomes, o Mangue foi mais, pois deu voz a quem nunca tinha sequer tido a chance de se pronunciar: a recente e desesperançada massa urbana de um nordeste já calejado dos mandos (ou desmandos?) da tradição autoritária de origem agrária. “De monocultura basta a da cana-de-açúcar!”, era a metáfora grafitada pelos muros da Manguetown, enquanto nela explodia a diversidade sonora das inúmeras bandas que lá surgiam. Sei que é tarefa um tanto inusitada falar da Nação sem sequer fazer referência a potência de sua música. Sei que é difícil desprezar todo processo alquímico desencadeado por Chico Science e seus companheiros ao fundir hip-hop com maracatu, fazendo valer os preceitos de Afrika Bambaataa e seu “looking for a perfect beat”. No entanto, longe de ignorar seu som, creio que a maior lição do grupo é a de fazer lembrar que “o homem coletivo sente a necessidade de lutar”, de fazer ecoar o forte e velho grito herdado de Palmares. Diante de tais considerações, o que mais posso dizer da música da Nação Zumbi? Apenas que, de Zumbi aos panteras negras, todos aqueles que se empenharam na tarefa de representar suas comunidades buscando um mundo menos opressor e mais democrático, além de terem o sangue derramado, “eu tenho certeza eles também cantaram um dia”. E bem. Ou vai dizer que desafinaram?
Roberto Azoubel