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Nome do Grupo
Grupo Gente do Morro
Componentes

Jacy Pereira

Henrique Brito

Julio dos Santos

Bide

Gastão de Oliveira

Juvenal Lopes

Antonio Carlos Martins

Benedito Lacerda

Dados Históricos e Artísticos

Grupo vocal e instrumental criado em 1930 por Benedito Lacerda. O nome do grupo foi dado pelo compositor Sinhô. Em sua formação incial o grupo era composto por Jacy Pereira, o Gorgulho, no violão; Henrique Brito, no violão; Julio dos Santos, no cavaco; Bide e Gastão de Oliveira, nos tamborins; Juvenal Lopes, no chocalho, e Antonio Carlos Martins, então conhecido como Alemão, e mais tarde nacionalmente conhecido como Russo do Pandeiro, no pandeiro. Embora de curta duração, esse grupo teve papel importante na música popular brasileira e contou com pelo menos 4 nome de primeira linha: Henrique Brito, Benedito Lacerda, Bide e Russo do Pandeiro.

Ainda em 1930, o grupo fez suas primeiras gravações pela gravadora Brunswick, com vocal do cantor Ildefonso Norat, registrando os sambas “Dá nele”, de Sinhô; “No Sarguero”, de Benedito Lacerda e Ildefonso Norat; “Chora meu bem”, de Benedito Lacerda, “Isto não se faz”, de Júlio dos Santos, e “Zefina”, de M. Amaral; e com vocal de Benedito Lacerda os sambas “Disca, minha nega”, de Benedito Lacerda e Magalhães, “Isaura”, de Benedito Lacerda, “Meus pecados” e “Primeira linha”, de Heitor dos Prazeres, “Mais…mais”, de Henrique Brito e “Amor bandoleiro”, de Alcebíades Barcelos; as batucadas “Chora” e “Orfandade”, de Benedito Lacerda, e a macumba “Olha congo”, de Dario Ferreira. Ainda nesse ano, o grupo acompanhou a cantora Iolanda Osório na gravação dos sambas “Jandira”, de Romualdo Miranda, “Chorei”, de Benedito Lacerda, “Ingratidão”, de Jaci Pereira e Benedito Lacerda, “Deixo saudades”, de Alcebíades Barcelos, e na marcha “Eu quero casar”, de Lamartine Babo. Acompanhou ainda o cantor Minona Carneiro na gravação das emboladas “O amor da cabôca”, “Chô bicho” e “O perigo da muié”, e na toada “Ai seu Mané”, todas de Minona Carneiro.

Em 1931, o grupo gravou com vocal de Benedito Lacerda os sambas “Preto dalma branca”, de Buci Moreira, e “Como acabou o meu amor”, de Benedito Lacerda e G. Oliveira. Ainda nesse ano, acompanhou Benedito Lacerda no samba “Tem aguinha”, de J. Machado, e Benedito Lacerda e Sílvio Caldas no samba “A nega sumiu”, de Benedito Lacerda. Em 1932, o grupo participou como acompanhante na Parlophon na gravação dos sambas “Dinheiro não há”, de Ernâni de Alvarenga e Benedito Lacerda, “Nasci no samba”, de Benedito Lacerda e Alcebíades Barcelos, “Tormentos”, de Benedito Lacerda e João Norberto da Silva, e “Não me olhes assim”, de Benedito Lacerda e Gastão de Oliveira, em registros vocais do cantor Leonel Faria. No mesmo ano, acompanharam Leonel Faria em gravaçoes na Odeon, como a marcha “Geni” e no samba “Roubaram minha nega”, de Benedito Lacerda e Roberto Martins, além de Jaime Vogeler na marcha “Vai haver o diabo”, de Benedito Lacerda e Gastão Viana, e no samba-canção “Um olhar”, de Jerônimo Cabral e Milton Amaral, e Benedito Lacerda nos choros “Pretencioso”, de Benedito Lacerda, e “Gorgulho”, de Benedito Lacerda e Valdemar, e nas valsas “Ondina”, de Jaci Pereira e “Olinda”, de Benedito Lacerda. Acompanharam ainda, na gravadora Columbia, o cantor Moreira da Silva na gravação dos sambas “Vejo lágrimas”, de Ventura e Osvaldo Vasques e “Arrasta a sandália”, de Aurélio Gomes e Osvaldo Vasques, este um clássico da MPB e o sucesso imortal do festejado intérprete.

Em 1933, o grupo acompanhou Benedito Lacerda na gravação da valsa “Mirtes”, de Benedito Lacerda, e do choro “Minha flauta de prata”, de Jaime Florence, gravações feitas na Odeon. No mesmo ano, acompanharam na Columbia as gravações dos sambas “Nascimento segura o homem”, de Murilo Caldas e Cristóvão de Alencar, e “Vaidade”, de Nássara e Cristóvão de Alencar, feitas por Murilo Caldas; nos sambas “Vou vender jornal”, de Benedito Lacerda, “É batucada”, de Caninha e Visconde Bicoíba, e “Tudo no penhor”,de Benedito Lacerda, na voz de Moreira da Silva, além da marcha “Crioula só por necessidade”, de Benedito Lacerda e Gastão Viana, na voz dos Irmãos Tapajós. Acompanharam também o cantor Léo Vilar nos sambas “Não devo amar”, de Benedito Lacerda, V. Batista e Nelson Gomes, e “Foi bom”, de Benedito Lacerda e Osvaldo Silva.

No ano seguinte, acompanharam Benedito Lacerda na gravação das valsas “Oscarina” e “Glória”, de Pixinguinha, e nos choros “Mistura e manda” e “Cuidado com ele”, de Nelson dos Santos Alves. No mesmo ano, atuaram na Columbia acompanhando o cantor Arnaldo Amaral na gravação dos sambas “Quem mandou iaiá”, de Osvaldo Vasques e Benedito Lacerda e “Lili”, de Kid Pepe e Benedito Lacerda.

Em 2005, o selo Revivendo relançou algumas gravações do grupo no CD “Minha flauta de prata” dedicado ao flautista Benedito Lacerda, estando incluídas, entre outras composições, os sambas “Disca, minha nega”, de Benedito Lacerda e Magalhães; “Orphandade”, “Primeira linha” e “Chora”, de Benedito Lacerda; “Olha Congo”, de Dario Ferreira; “Meus pecados”, de Heitor dos Prazeres e “Amor bandoleiro”, de Bide.

Discografias
1931 Brunswick 78 Preto d'alma branca/Como acabou o meu amor
1930 Brunswick 78 Chora meu bem/Isto não se faz
1930 Brunswick 78 Chora/Orfandade
1930 Brunswick 78 Dá nele/No Sarguero
1930 Brunswick 78 Mais...mais/Amor bandoleiro
1930 Brunswick 78 Meus pecados/Primeira linha
1930 Brunswick 78 Olha congo/Isaura
1930 Brunswick 78 Zefina/Disca, minha nega
Bibliografia crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.