
Afonso Machado
Tiago Machado
José Maria Braga
Alexandre Paiva
Diego Zangado
João Faria
Alexandre de La Peña
Grupo formado em 1975 por Afonso Machado (bandolim), Alexandre Paiva (cavaquinho), Bartholomeu Wiesc (violão), José Maria Braga (flauta), João Alfredo Schleder (percussão) e Marcos Farina (violão sete cordas).
Inicialmente o grupo teve a orientação musical de Raul Machado e de Claudionor Cruz. A partir de então, passaram pelo grupo os seguintes componentes: Mauro Rocha e Luiz Moura (violões), Luiz Otávio Braga e Téo de Oliveira (violão sete cordas), Reinaldo Santos e Camilo Attic (percussão) e Alexandre de La Peña (violão de sete cordas e arranjos).
Em 1977 o grupo apresentou-se em show no Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, com o compositor Bororó. Neste mesmo ano, fez show com Claudionor Cruz e Odete Amaral pelo “Projeto Seis e Meia”, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, em 1978, gravou o seu primeiro LP pela RCA, “Galo Preto”, e apresentou-se ao lado de Cartola no Teatro da Galeria, também no Rio de Janeiro.
No ano de 1981 o grupo gravou, de forma independente, o LP “Galo Preto”, no qual constaram composições como “Flor do mato”, composta por Tom Jobim especialmente para o grupo; “Meu tempo de garoto” (Paulinho da Viola e Cristóvão Bastos); “Um presente pro titio” (Márcio Harllack) e “Vocês me deixam ali e seguem de carro”, de Hermeto Pascoal. No ano posterior, em 1982, o grupo apresentou-se ao lado de Cristina Buarque e Elton Medeiros no Teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro.
No ano de 1984, com Zé da Velha, Netinho e Camerata Carioca, o grupo apresentou-se no Parque da Catacumba, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, desenvolveu uma “oficina” de Choro na Rioarte.
O grupo partiu para o México em 1987, onde o grupo fez apresentações na cidade de Guadalajara.
Em 1991, Galo Preto e Elton Medeiros excursionaram pela Suécia, fazendo apresentações nas cidades de Estocolmo, Uppsalla e Orebro. No ano posterior, em 1992, gravou o CD “Bem-te-vi”, pela gravadora Leblon Records.
No ano de 1994, gravou o disco “Só Paulinho da Viola”, contemplando a obra do compositor carioca. Dois anos depois, em 1996, os componentes do grupo ministraram uma “oficina” de Choro no Sesc Pompeia, em São Paulo. Ao lado de Nelson Sargento e Elton Medeiros, o grupo gravou o CD “Só Cartola”, no ano de 1999.
Em fevereiro do ano 2000, o grupo completou 25 anos de carreira, comemorando em show no Teatro do Sesc de Copacabana, pelo “Projeto Sesc Instrumental”, criado pelo também músico Marcos Souza. O grupo participou, também, da trilha sonora e de cenas do filme “O Homem Nu”.
Sobre o grupo, o poeta e letrista Aldir Blanc escreveu, em setembro de 1997, na “Revista da Música Brasileira”, nº 7:
“Viva os maquis brasileiros do Galo Preto, com suas armas suburbanas e seus santos caboclos, de Radamés Gnattali a Hermeto Pascoal.”
No ano de 2001, ao lado de Egberto Gismonti, Guinga, Turíbio Santos, Maria Haro e outros grandes violonistas, o grupo participou do CD “Nicanor Teixeira – 28 grandes intérpretes”, lançado pela gravadora Rob Digital. No ano posterior, em 2002, foi lançado o livro “Velhas Histórias, memórias futuras” (Editora UERJ) de Eduardo Granja Coutinho, livro no qual o autor faz várias referências ao grupo.
Em 2004, com Nelson Sargento o grupo fez turnê pela Europa, e de volta ao Brasil, apresentou-se na Lona Cultural João Bosco. Logo depois, apresento o show “Choro contemporâneo”, no palco do Camarote Café, do Conjunto Cultural da Caixa, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano o grupo participou do CD “Bandolins do Brasil”, de Afonso Machado.
No ano de 2006, o grupo lançou o CD “Galo Preto 30 anos”, contemplado com o “Prêmio Rival Petrobras”, na categoria “Melhor Grupo Instrumental”. O disco trouxe a faixa “Clássico vovô”, parceria de Alexandre de la Peña e Afonso Machado.
No ano de 2010, ao lado do bandolinista Pedro Amorim, do grupo Balaio Carioca e da Orquestra Leviana, participou do show-homenagem aos 80 anos de Elton Medeiros no Centro Cultural Cordão da Bola Preta, na Lapa, centro do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano de 2010 o cineasta Elano Baptista deu início às filmagens de um documentário sobre a trajetória do grupo.
Em 2012 integrado por Afonso Machado (bandolim e arranjos), Alexandre Paiva (cavaquinho), Alexandre de la Peña (sete cordas), José Maria Braga (flauta), Tiago Machado (filho de Afonso, ao violão) e Diego Zangado (percussão) o grupo apresentou o espetáculo “Rio Jazz – Galo Preto”, no Centro Municipal de Referência da Música Carioca Artur da Távola, executando basicamente as composições do CD “Galo Preto – 30 anos”.
No ano de 2016 o grupo comemorou os 41 anos de carreira em show na Casa do Choro, na Rua da Carioca, centro do Rio de Janeiro. Na ocasião, integrado por Afonso Machado (bandolim), Tiago Machado (violão), José Maria Braga (flauta), Alexandre Paiva (cavaquinho), Diego Zangado (bateria) e João Faria (baixo), o grupo interpretou composições de seus vários discos, além de “Flor do mato”, composta por Tom Jobim em homenagem ao grupo.
(participação)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
CAZES, Henrique. Choro do quintal ao Municipal. Rio de Janeiro: Editora 34, 1998.
COUTINHO, Eduardo Granja. Velhas histórias, memórias futuras. Rio de Janeiro: Editora Uerj, 2002.
KOIDIN, Julie. Os Sorrisos do Choro – Uma jornada musical através de caminhos cruzados. São Paulo: Global Choro Music, 2011.