3.002
Nome do Grupo
Doces Bárbaros
Componentes

Caetano Veloso

Gal Costa

Gilberto Gil

Maria Bethânia

Dados Históricos e Artísticos

Nome pelo qual ficou conhecido o quarteto baiano de estrelas da MPB (Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia) após o show “Doces Bárbaros”, que teve estréia no dia 24 de junho de 1976, no Anhembi (SP). O espetáculo saiu em turnê, até o dia 7 de julho, quando Gilberto Gil e o baterista Chiquinho Azevedo foram presos por porte de maconha em Florianópolis. Em seguida, o show foi apresentado no Canecão (RJ), onde permaneceu em cartaz durante dois meses, batendo o recorde de bilheteria da época. A turnê do grupo foi registrada no documentário “Os Doces Bárbaros”, de Jom Tob Azulay. Ainda nesse ano, foi lançado o LP “Doces Bárbaros ao vivo”, pela PolyGram.

Em 1994, o grupo foi novamente reunido para uma homenagem prestada pela escola de samba carioca Mangueira, onde realizou o show “Doces Bárbaros na Mangueira”, em comemoração aos 18 anos do show de estréia. Nesse mesmo ano, a Escola de Samba homenageou o quarteto com o samba-enredo “Atrás da verde-e-rosa só não vai quem já morreu”, parafraseando a composição “Atrás do trio elétrico”, de Caetano Veloso. Caetano, Gal, Gil e Bethânia desfilaram em carro alegórico sendo muito aplaudidos pelo público presente. No dia primeiro de junho do mesmo ano de 1994, os quatro artistas voltaram a se reunir no Royal Albert Hall, em Londres, com a participação da bateria da Mangueira.

No dia 8 de dezembro de 2002, o grupo apresentou-se para cerca de 100.000 pessoas na Praia de Copacabana (RJ), no encerramento do projeto “Pão Music”, abrindo o espetáculo com “Fé cega, faca amolada” (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos). O show prosseguiu com apresentações solo e em dupla, com destaque para “Outros bárbaros”, composição inédita de Gilberto Gil, “Asa branca” (Luiz Gonzaga), “Chuckberry fields forever”, “Drão”, “O seu amor” e “Esotérico”, todas de Gilberto Gil, “Os mais doces bárbaros”, “Um índio” e “A luz de Tieta”, todas de Caetano Veloso, e “Lanterna dos afogados” (Herbert Vianna). Aclamado para o bis, o quarteto improvisou “Exaltação à Mangueira” (Enéas Brittes da Silva e Aloísio Augusto da Costa).

Em 2004, o documentário “Os Doces Bárbaros” (1976), de Tom Job Azulay foi relançado nos cinemas, com cópia remasterizada. Nesse mesmo ano, foi lançado pela gravadora Biscoito Fino, em co-produção com a Conspiração Filmes, o DVD “Outros (doces) Bárbaros”. Com direção de Andrucha Waddington, e entrevistas e roteiro coordenados pelo sociólogo Hermano Viana, o DVD registrou o reencontro dos quatro baianos, dentro da série Pão Music, do grupo Pão de Açúcar, realizada em São Paulo e no Rio de Janeiro no final de 2002.

Discografias
2004 Biscoito Fino DVD Outros (Doces) Bárbaros
1976 Phonogram LP Doces Bárbaros (ao vivo)
Shows
Doces Bárbaros na Mangueira. Mangueira, Rio de Janeiro.
Doces Bárbaros. Anhembi, São Paulo.
Doces Bárbaros. Canecão, Rio de Janeiro.
Doces Bárbaros. Projeto Pão Music. Praia de Copacabana, Rio de Janeiro.
Doces Bárbaros. Royal Albert Hall, Londres.
Bibliografia crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.