3.002
Nome do Grupo
Conjunto Nosso Samba
Componentes

Carlinhos
Godinho

Barbosa
Genaro

Dados Históricos e Artísticos

Grupo de samba criado no Rio de Janeiro no final da década de 1960 e integrado por Carlinhos (voz e cavaquinho), Godinho (surdo e voz), Nô (voz, cuíca e pandeiro), Barbosa (reco-reco e voz) e Genaro (agogô e voz). Inicialmente o grupo apareceu nas rodas de samba do Teatro Opinião, das quais também participavam Nélson Cavaquinho, Martinho da Vila, Clara Nunes, João Nogueira, Xangô da Mangueira, Zé Katimba e Clementina de Jesus, entre outros. Por essa época, a convite do produtor e radialista Adelzon Alves, meados da década de 1960, o grupo passaou a acompanhar a cantora Clara Nunes. No ano de 1969 o grupo lançou, pela gravadora Copacabana, o primeiro LP com o título “De onde o samba vem”, disco no qual foram incluídas as composições “Nhem nhem nhem” (Martinho da Vila e Cabana), “Yayá do cais dourado” (Martinho da Vila e Rodolfo), “Parei na sua” (Martinho da Vila), “Casa de bamba” (Martinho da Vila), “Aquarela de samba” (Bicudo), “No tabuleiro da baiana” (Ary Barroso), “Saudade da Bahia” (Dorival Caymmi), “Lapinha” (Baden Powell e Paulo César Pinheiro), “Gabriela cravo e canela” (Sidney da Conceição, Velha e Geninho), “A baiana e o tabuleiro” (Jorginho, Noca e Jorge de Oliveira), “Origem do samba” (Fidélis Dutra), “Bahia de todos os deuses” (Bala e Manoel), “Ai que saudades da Amélia” (Ataulfo Alves e Mário Lago), “Você passa eu acho graça” (Carlos Imperial e Ataulfo Alves), “Laranja madura” (Ataulfo Alves), “Estou chorando sim” (Mirabeau, Don Madrid e Airton Amorim), “Na ginga do samba” (Ataulfo Alves), “Viola e violão” (Nô e Carlinhos do Cavaquinho), “O couro come” (Renato Ennes), “O último portador” (Carlinhos do Cavaquinho e Pintado), “Samba do trabalhador” (Darci da Mangueira), “Feitiço da Vila” (Noel Rosa e Vadico), “Aos pés da cruz” (Marino Pinto e Zé da Zilda), “Palpite infeliz” (Noel Rosa), “Sabiá de Mangueira” (Eratóstenes Frazão e Benedito Lacerda), “Pra machucar meu coração” (Ary Barroso), “Leva meu samba” (Ataulfo Alves), “Espere óh nega” (João Nogueira), “Cheguei” (José Orlando), “Não chore amor” (Jorginho e Erly Muniz), “Favela” (Padeirinho e Jorginho), “Sorria” (Chocolate), “Ex-amada” (Barbosa e Aloísio) e “Juca sem talão”, de  Renato Ennes e Genaro). No ano de 1970 o conjunto lançou, pela mesma gravadora, o segundo disco de nome “De onde vem o samba – Nº 2”. No LP foram incluídas as faixas “Maria Zilá” (Niltinho e Luis Henrique), “Louvação” (Gilberto Gil e Torquato Neto), “Irene” (Caetano Veloso), “O cravo brigou com a rosa” (Jorge Ben), “Cadê Tereza” (Jorge Ben), “Por causa de você menina” (Jorge Ben), “Balança a pemba” (Jorge Ben), “Chove chuva” (Jorge Ben), “Bebete vãobora” (Jorge Ben), “Charles anjo 45” (Jorge Ben), “Take It easy my brother Charles” (Jorge Ben), “A voz do coração” (Martinho da Vila), “Choro e lamento (Jorge Lucas e Lucena), “Não sou feliz” (Zé Keti e Nelson Luis), “Poeira” (Zuzuca e Benedito Reis), “Dia de graça” (Candeia), “Luto em Mangueira” (Jorginho, Padeirinho e Xangô da Mangueira), “Livre estou” (Carlinhos do Cavaco, Gordinho e M. Alves), “Porque razão” (Baianinho e Chiquinho), “Como é triste” (Stênio e Gordinho) e “Amor Miami”, de Renato Ennes e Barbosa). Neste mesmo ano, ao lado de outros artistas como Dona Ivone Lara, Luís Bandeira, Germano Batista, Roberto Ribeiro, Arlete Maria, Sônia Santos, Trio ABC e grupo Coristas da Madrugada, participou da coletânea “Sargentelli e o sambão”, disco gravado ao vivo no programa homônimo e no qual o conjunto interpretou as faixas “Um cântico à natureza” (Ney, Aylton e Dilmo), “Só pra chatear” (Príncipe Pretinho), “Pecadora” (Jair do Cavaquinho e Joãozinho), “Solidão” (Jair do Cavaquinho) e “Vou Partir (Nelson Cavaquinho e Jair do Cavaquinho). Em 1971, dando sequência ao título “De onde o samba vem”, o conjunto lançou o volume 3″, sempre incluindo pot-porrit de vários compositores. Neste disco o grupo interpretou “Saudade e samba” (Martinho da Vila e Last), “Bahia do batuquegê” (Dominguinho e Lino Roberto),  “Senhora do morro” (Serafim Adriano), “Festas e ladainhas” (Zuzuca), “Transformação” (Jurandir), “Pot-pourri de Sambas Enredo – “Rapsódia de saudades” (Toco da Mocidade), “Barra de ouro barra de rio barra de saia” (Niltinho Tristeza e José Inácio), “Misticismo da África no Brasil” (Marinho da Muda, João Quadrado e Wilmar Costa), “Brasil turístico” (Darci do Nascimento, Oliviel Alves de Oliveira e Nilo Mendes), “Ouro mascavo” (Jonas, Arroz e Djalma), “Modernos Bandeirantes” (Darci da Mangueira, Hélio Turco e Jurandir da Mangueira), “Lapa em três tempos” (Ari do Cavaco e Rubens),  “Nordeste seu povo seu canto e sua glória” (Wilson Diabo, Maneco e Heitor), “Festa para um Rei Negro” (Zuzuca) e “Samba do criolo doido” (Nelson Oliveira e  Antenor Fernandes da Silva), além das faixas “Você não entende nada” (Caetano Veloso), “Batuquejé para Rosalina” (Baianinho), “Só por causa de você” (Nô e Gugu), “Pregões de botequim” (Evaldo da Viola), “Vou sorrir” (Renato Ennes e Barbosa) e “Eu não sei dizer” (Carlinhos do Cavaco e Carlinhos Sideral). NO ano de 1974 o grupo participou do disco coletivo “Samba pra 100 milhões”, lançado pelo Selo Oba/gravadora CID, no qual foi inlcuído com as faixas “Nega do peito”(Rildo Hora e Sergio Cabra), “Mel e mamão com açúcar” (Wilson Moreira), “Ai que saudades da Amélia” (Ataulfo Alves e Mário Lago), “Você passa eu acho graça” (Ataulfo Alves e Carlos Imperial), “Laranja madura” (Ataulfo Alves), “Estou chorando sim” (Mirabeau, Don Madrid e Airton Amorim) e “Na ginga do samba” (Ataulfo Alves). No LP também participaram Rubens da Mangueira, Emílio Santiago e Índio Branco. Ainda neste ano de 1974, pela gravadora CID, o grupo lançou o disco “Escrete do samba – é samba no pé”, no qual foram incluídas as faixas “Do jeito que o Rei mandou” (João Nogueira e Zé Catimba), “Regra três” (Toquinho e Vinicius de Moraes), “Salgueiro chorão” (Zé Di), “Nega tijucana” (Waldir Ferreira, Omildo e Gegê), “Quando vim de Minas” (Xangô da Mangueira), “Fala viola” (Eloir Silva e Francisco Inácio), “Quero sim” (Darci da Mangueira e Leci Brandão), “Tristeza pé no chão” (Armando Fernandes), “Boi da cara preta” (Zuzuca), “Porta aberta” (Luiz Ayrão), “Teimosa” (Antônio Carlos Marques e Jocafi), “Reza forte” (Zuzuca), “Mocotó é meu (Jorge Garcia, Osvaldo Silva e Eny Silva), “Serenou” (Délcio Carvalho), “Que beleza” (Benito Di Paula), “Hora que chora” (Mano Décio da Viola e Jorginho Pessanha), “Quando eu me chamar saudade” (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), “Retalhos de cetim” (Benito Di Paula), “Camisa 10” (Hélio Matheus e Luis Vagner), “Anastácio samba-enredo para um sambista morto” (César Costa Filho e Walter Queiroz) e “Malandro é malandro mesmo” (Ari do Cavaco e Otacílio). No ano de 1975 o grupo lançou, pela gravadora Odeon, o LP “Conjunto Nosso Samba”. Neste disco registraram as músicas “Ouro e madeira” (Ederaldo Gentil), “Isto é felicidade” (Dedé da Portela), “Magia africana no Brasil e seus mistérios” (Gambazinho), “Na cadência do samba” (Luis Bandeira), “Arte de viver” (Neném e Pintado), “Festa do Círio de Nazaré” (Adherbal Moreira, Dário Marciano e Nilo Mendes), “Só podia ser você” (Zé Catimba), “Vou prosseguir” (Dida e Everaldo da Viola), “Dor da falsidade” (Geraldo Babão), “Tempo de paz” (Jorginho Pessanha e Walter Coringa) e “Tom maior”, de autoria de Martinho da Vila. Neste mesmo ano participou do disco “Sambas de enrtedo das Escolas de Samba do Grupo 1 – Carnaval de 1975” (AESEG/Top Tape) no qual o grupo interpretou o samba enredo “Festa do Círio de Nazaré” (Unidos de São Carlos), de autoria de Dário Marciano, Adherbal Moreira e Nilo Mendes. Do disco também participaram outros intérpretes como Genaro, Ney Viana, Zé Carlos, Conjunto T. B. Samba, Bira Quininho, Coro da Escola, Sobrinho, Jorge Goulart, Ledi Goulart, Valdir Marujo e Laila. Neste mesmo ano de 1975 o grupo foi incluído na coletânea “Só sucesso” (Selo Coronado/EMI-Odeon) no qual interpretou “Macunaíma” dividindo a faixa com Clara Nunes e Silvinho do Pandeiro. Do disco também participaram Paulinho da Viola, Eduardo Gudin, Paulo César Pinheiro, Márcia, Roberto Ribeiro, João Nogueira, Luiz Ayrão, Trio Esperança e Adoniran Barbosa. No ano de 1976 lançou o LP “Nosso samba”, disco no qual o grupo interpretou as faixas “Jandira” (Nelson Rufino), “Deus do sono” (Walmir Lima e João Dondôco), “Se acabar o carnaval” (Ronaldo Rizzo e Carlos Odilon), “Templo de tradições e fé” (Nilson Azevedo, Sebastião Adilson e Timbó), “Lenda do pescador” (Neném e Pintado), “Seu diretor” (Neném e Pintado), “De menor” (Ederaldo Gentil), “Aquarela do Brasil” (Ary Barroso), “Vida de rainha” (Alvaiade e Monarco), “A verdade dos seus olhos” (Nelson Rufino), “Chico Boa Praça” (Lúcio Ferreira e Walter Coringa) e “Os sertões”, de Edeor de Paula. Ainda em 1976 o grupo foi incluído no LP “Carnaval 1976 – Convocação Geral nº 1” (Gravadora Som Livre), ao lado de Caetano Veloso, Elza Soares, The Fevers, Jorge Goulart, Sônia Santos, Blecaute, Nelson Gonçalves, Quarteto Em Cy, Djalma Dias, Luis Ayrão e César Costa Filho, disco no qual interpretou “É nesta onda”, de Waldemiro do Candomblé). Em 1978 lançou o LP “Do feitio de um bamba” , no qual o conjunto interpretou as composições “Do feitio de um bamba” (Jacobina e Salvador Fernandes), “Sublime pergaminho” (Zeca Melodia, Nilton Russo e Carlinhos Madrugada), “Retrato oficial” (Lino Roberto e  Wilson Medeiros), “Chave de cadeia” (Nei Lopes e Wilson Moreira), “A graça do mundo” (Luis Carlos), “A chuva cai” (Renato Ennes e Neném), “Enxugue a tristeza do olhar” (Carlos Magno), “Benfeitores do universo” (Hélio Cabral), “Impressão digital” (Ederaldo Gentil e Paulo Diniz), “Terreiro de bamba” (Dedé da Portela e Dida), “Frevo número dois do Recife” (Antônio Maria), “Lembranças do Recife” (Guio de Morais), “Evocação” (Nelson Ferreira) e “O morro começa ali” (Milton Canhoto da Viola e Nelson de Almeida Cerqueira). Neste mesmo ano lançou outro disco de nome “Nosso Samba”, disco no qual foram interpretadas as composições “Pra minha Iaiá” (Luis Carlos), “Deixa sssa mulher” (Jorge Porém), “Derradeira melodia” (Delcio Carvalho e Dona Ivone Lara), “Soflúria (Sidney da Conceição e Baianinho), “Dor da falsidade” (Geraldo Babão), “Vida das rosas” (Dilmo, Mozart e Moacir), “Não há razão” (Bira e Quininho), “Vem amor” (Luiz Grande e Dedé da Portela), “Só Deus” (Jorginho e  Walter Rosa), “A porta do peito” (Dedé da Portela e Dida) e a faixa “A mesma dor” (Everaldo Cruz e Toninho Nascimento), “O que será” (Didi e Aroldo Melodia). Em 1985 o grupo lançou o LP “Andança pelo mundo” gravando as composições “Nordeste” (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro), “O bem e o mal” (Carlinhos Caxambi, Adilson Gavião e Darci Maravilha), “Eu ainda morro disso” (Balinha, Hércules e Marquinhos Lessa), “É manhã” (Darci da Mangueira e Betinho), “Samba poeira” (Dedé da Portela e Dida), “Eu já pedi” (Wilson Moreira e Jurandir Cândido), “Andanças pelo mundo” (Balinha, Hércules e Marquinhos Lessa), “A mais linda flor” (Pedrinho da Flor e Mauro Diniz), “Louca” (Wilson Moreira e Nei Lopes), “Metamorfose” (Adilson Gavião, Darci Maravilha e Marquinhos Guadalupe), “Nobre plebeu” (Almir Guinéto e Luverci Ernesto), pot-pourrit em  Homenagem a Clara Nunes – “Mineira” (João Nogueira e Paulo César Pinheiro), “Guerreira” (João Nogueira e Paulo César Pinheiro), “Quando vim de Minas” (Xangô da Mangueira), “As forças da natureza” (João Nogueira e Paulo César Pinheiro), “Juízo final” (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares), “Tristeza pé no chão” (Armando Fernandes “Mamão”), “A Deusa dos Orixás” (Romildo e Toninho Nascimento), “Contos de areia (Romildo e Toninho Nascimento), “O mar serenou” (Candeia), “Na linha do mar” (Paulinho da Viola), “Menino Deus (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro), “Morena de Angola” (Chico Buarque), “Como é grande e bonita a natureza” (Sivuca e Glória Gadelha), “Portela na avenida” (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro), “Ilú ayê” (Terra da Vida) (Cabana e Norival Reis), “Ê baiana” (Fabrício da Silva, Baianinho, Ênio Santos Ribeiro e Miguel Pancrácio),  “Última morada” (Noca da Portela e Natal) e “Um ser de luz” (Mauro Duarte, Paulo César Pinheiro e João Nogueira). No ano de 1989 foi incluído na coletânea “Projeto Brhama Extra – Grandes Compositores (Selo Mercado Promoções) no qual o grupo interpretou a faixa “Yá Yá do cais dourado”. No ano de 1991, junto a outros artistas
como Élton Medeiros, Dona Ivone Lara, Neguinho da Beija-Flor, Mestre Marçal, Zeca Pagodinho, Marco Pereira, Gal Costa, Chamon, Nelson Gonçalves, Raphael Rabello, Paulinho da Viola, Alcione, Ataulfo Júnior, Sandra de Sá, Ney Matogrosso, Eduardo Dusek e Tânia Machado o grupo interpretou a faixa “Faz de conta” no LP “Nada além”, de Mário Lago, lançado pela gravadora Som Livre. Em 1994 o conjunto participou do CD “Escolas de Samba enredos – Salgueiro (Sony Music) na faixa “História do carnaval”, de Geraldo Babão e Valdelino Rosa.

Discografias
1985 Andança pelo mundo - Gravadora Continental LP Andança pelo mundo
1978 Gravadora Odeon LP Do feitio de um bamba
1978 Gravadora Odeon LP Nosso Samba
1976 Gravadora Odeon LP Nosso samba
1975 Gravadora Odeon LP Conjunto Nosso Samba
1975 Selo AESEG/Top Tape LP Sambas de enrtedo das Escolas de Samba do Grupo 1 - Carnaval de 1975
1974 Gravadora CID LP Escrete do samba - é samba no pé
1974 Selo Oba/gravadora CID LP Samba pra 100 milhões
1971 Copacabana LP De onde o samba vem Volume 3
1970 Copacabana LP De onde o samba vem - Nº 2 -
1970 - Gravadora Copacabana LP Sargentelli e o sambão
1969 Copacabana LP De onde o samba vem