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Nome do Grupo
Coco Raízes de Arcoverde
Componentes

SEVERINA LOPES (Mestra e Cantora), 

AMANDA LOPES (Direção Musical e Surdo),

WERNER LOPES (Canto e Dança),

NEYDSON LIRA (Canto e Pandeiro),

MARCELO CAVALCANTI (Canto e triângulo),

AUGUSTO CLEMENTINO (Coro e Pandeiro),

FELIPE RODRIGUES (Coro e Ganzá),

RENATA CORDEIRO (Canto),

DIONE FERREIRA (Coro),

GIVANEIDE GOMES (Canto),

ARIANE ALMEIDA (Dança),

RODRIGO PEREIRA (Dança),

RITA DE CÁSSIA (Dança),

CARLOS JUNIOR (Dança),

DIOGO MACENA (Dança) e

WALQUIRIA LOPES (Produção)

Dados Históricos e Artísticos

Sua história começa a partir de 1916 quando as tataravós das irmãs Lopes começaram a cantar e dançar o samba de coco em Arcoverde, cidade chamada de Portal do Sertão. Em 1947, a família foi morar no Cruzeiro, bairro de Arcoverde, onde surgiu o Samba de Coco das Irmãs Lopes de Arcoverde. Dona Joventina Lopes e seus 15 filhos deram início à tradição, e em meados dos anos 50, Ivo Lopes, um dos filhos de Joventina, assumiu a linha de frente do grupo, junto às irmãs. Posteriormente, o Mestre Biu Neguinho, Tonho Moura, Zé Feitosa, Romeiro, Cícero Gomes e outros amigos se juntaram ao grupo. Ivo Lopes faleceu e suas irmãs, as Irmãs Lopes, deram continuidade ao samba de coco, dando origem em 1992, junto à família Calixto, ao Samba de Coco Raízes de Arcoverde.

Mistura influências da poesia do sertão e do regionalismo nordestino, com influência das culturas indígena e negra. Sua sonoridade representa o coco trupé, desenvolvido por Calixto, feito pela batida dos pés com o tamanco no chão de terra e acompanhado pelo triângulo, pandeiro, surdo e o ganzá. A Mazurca antecedeu o ritmo acelerado do trupé, assim como o samba de coco feito com roda, aquele conhecido por Selma do Coco.

 Por 19 anos, mantém e exalta a tradição da cultura do coco, ritmo nordestino que mistura elementos indígenas, cultura negra e características do sertão. A tradição ganhou força através dos membros da família do Mestre Lula Calixto, falecido em 1999. O xaxado e o samba de roda são outras manifestações presentes em sua obra, marcados pelo triângulo, pelo surdo e pelo pandeiro. O Festival Lula Calixto, em homenagem a Lula, teve sua primeira edição em frente à casa da família, sem patrocínios, com a presença das Irmãs Lopes, Grupo Afoxé Oyá Alaxé, entre outros. O evento ganhou grande repercussão e passou a ser um evento importante na cidade de Arcoverde, com oficinas, palestras, palcos para apresentações de grupos e artistas de várias regiões.

Em 2002, foi lançado o primeiro CD da trupe, com nome homônimo. Em 2004, foi lançado o segundo disco, intitulado Godê Pavão. Foi contemplado com o prêmio Culturas Populares de 2009, promovido pelo Ministério da Cultura. Em 2011, lançou seu terceiro disco de trabalho, e em 2016 uma coletânea em homenagem ao grupo foi editada. 

Discografias
2016 Kafundó Records CD Maga Bo apresenta Coco Raízes do Arco Verde
2011 Independente CD A Caravana não Morreu nem Morrerá
2002 Independente CD Godê Pavão
2000 Independente CD Coco Raízes de Arco Verde
Obras
A Caravana não morreu
A vida tava tão boa
Abelha Aripuá
Acorda criança
Adrenalina
Aperto de mão
Barra da saia
Bote essa menina pra dançar
Coqueiro novo
Despedida de amor
Folguedo pra Seleção
Folguedos de roda: Pombinho Roxo - Ai baiano - Vou pro sul - Ai velha minha sogra
Galinha Zabelê
Godê Pavão
Loruá
Menina rica
No balanço da canoa
Não brinco mais
O amor de bucurau
O canto do Uirapuru
Olho d'água nos bredos
Quero ver no balancê
Roseira, oh rosá!
Salve Deus
Seu Maia
Valentim
É noite de São João
Ê boi