Chrystian e Ralf

Cantores.Compositores. Dupla sertaneja.

Formada por José Pereira da Silva Neto, Chrystian – Goiânia, GO -3/11/1956 e

Richardson da Silva, Ralf – Goiânia, GO – 15/6/1961.

Oriundos de família humilde, os irmãos gostavam de cantar desde pequenos. Incentivados pelo pai, começaram a cantar em dupla. Gravaram seu primeiro disco, “Os pássaros”, em 1971 pela RCA. Nessa gravação interpretaram uma versão do sucesso espanhol “Um rayo de sol”. Em 1973, Chrystian entrou num plano de vendas da gravadora Top Tape e gravou “Dont say good bye”. A canção interpretada em inglês compôs a trilha sonora da novela “Cavalo de aço” na Rede Globo e permaneceu 19 semanas nas paradas de sucesso. Esse acordo com a Top Tape não lhe rendeu nenhum dinheiro e lhe impingiu um anonimato forçado, condição para que não descobrissem que o cantor de sucesso era um brasileiro. Ralf também gravou muitas dessas músicas em inglês, inclusive em dupla com o irmão, sob o nome de Charles e Ralf. Transferiram-se para a RCA. Continuaram a gravar vários sucessos em inglês até 1975. Depois de algum tempo receberam uma chance na Rádio Bandeirantes dada pelos radialistas Vicente Leporace e Caetano Zaino. Após cantarem num programa ao vivo com orquestra, foram contratados por José Lázaro.

Em 1982, a dupla assumiu sua vocação para a música sertaneja e lançou o primeiro LP pela RGE. Seguiu-se uma série de sete LPs e sete discos de ouro. Eles foram a primeira dupla sertaneja a gravar em CD, lançando em 1988, a coletânea “Convite para ouvir Chrystian e Ralf”, pela RGE. Transferiram-se para a Chantecler em 1990. Gravaram vários sucessos, dentre eles a rancheira “Vida dividida”, de Roberta Miranda. Resgataram vários clássicos de raiz como a catira “Ladrão de mulher”, de Vieira e Vieirinha, e “Ferreirinha”, de Carreirinho. Em 1993, a dupla lançou novo CD produzido por Reinaldo Barriga, com arranjos e regência de Piska, Marinho, e Reinaldo Barriga, além dos próprios Chrystian e Ralf. O disco contou com as participações especiais de João Mulato na viola e de Rick na steel guitar. Nesse trabalho, foram interpretadas as músicas “Louco por ela”, de Piska, Eduardo e Adriano, “Minha vida sem ela”, de Joel Marques e Maracaí, “Cheiro de shampoo”, de Cecílio Nena, “Vazio da solidão”, de Domiciano e Rionegro, “Não tire o nosso neném”, de Aladim e Altay Veloso, “Últimas fronteiras”, de Marco Camargo e Roberto Merli, “Loucura demais”, de César Augusto e Piska, “É desse jeito que a gente se ama”, de Piska, Eduardo e Adriano, “Menina”, e “Praficar comigo”, de César Augusto e Piska, “Se ligue em mim” e “Amor da minha vida”, de Carlos Randall e Danimar, e “Ladrão de mulher”, de Vieira e Vieirinha. Gravaram vários sucessos, dentre eles a rancheira “Vida dividida”, de Roberta Miranda. Resgataram vários clássicos de raiz como a catira “Ladrão de mulher”, de Vieira e Vieirinha, e “Ferreirinha”, de Carreirinho.

Ao completarem 11 anos de carreira em 1995, já colecionavam dez discos de ouro, cinco de prata e um de diamante. No mesmo ano, lançaram o disco “Prazer por prazer”, pela Continental, em que se destaca a faixa-título, de Carlos Randall e Danimar, “Desejo de amar”, de Chrystian e Barriga, “Esse amor que me mata”, de César Augusto e Piska, e “Em busca de mim”e “Machucado coração”, de Rionegro e Domiciano. Destacam-se também numa versão de “Lets get together”, dos Youngbloods, de Serginho Sá, e “Inspiração cabocla”, de Maraix e Fátima Leão, com participação do violoncelista Jacques Morelenbaum.

Em 1997, a dupla se consagrou com o lançamento do disco “Sozinho em Nova York”, pela Continental. A faixa-título é assinada por Chrystian, Ralf e Barriga. O destaque foi “Minha Gioconda”, de Vicente Celestino, com a participação de Agnaldo Timóteo e da Orquestra Sinfônica de São Paulo. A música foi incluída na trilha sonora da novela “O rei do gado” da TV Globo. Abrindo o disco aparecia a música “No mesmo olhar”, adaptada do folclore francês por Apollo Washington. Continha ainda “De cara cheia”, de Domiciano e Rionegro, “Por aí, sem você” e “Solidão no seu lugar”, de Carlos Randall e Danimar, entre outras.

Em 1999, lançaram o CD “Estação Paraíso”. Em 2000, Chrystian e Ralf tiveram duas gravações: “Olhos de luar” do compositor Carlos Colla, e “O que tiver de vir, virá” de Augusto César e César Augusto, selecionadas para integrar a coleção “Chão Brasil” produzida pelo grupo MPE Agromon S/A- MT, representando musicalmente, entre outros, a região Centro-Oeste. A coleção, que apresentava 3 volumes, tinha por objetivo fazer o registro dos mais representativos itens da música popular brasileira. Nesse mesmo ano, dupla separou-se após 16 anos de carreira, 14 discos gravados, muitos recordes de vendagem.

Em 2001, Crystian e Ralf, lançaram o CD “De volta”, marcando o retorno da dupla e passando a fazer shows pelo Brasil. Em 2003, foram entrevistados no programa “Mais você”, de Ana Maria Braga, na TV Globo, falando da excursão recente ao Japão, e anunciando próxima viagem ao Já´pão e à Europa.

Em 2004, lançaram o CD/DVD/VHS “Acústico” que foi gravado em 1998, no Teatro Mars, em São Paulo. O disco traz repertório eclético que vai de baladas como “Sou Eu(Entre ela e eu)”, “Desejo de amar”, “Chora peito e “Cheiro de shampoo”, entre outras, passando por pop rocks como “Oito segundos”, “O que tiver de vir virá” e o hit da dupla “Nova York” e indo a temas latinos, como o bolero “La Cpa Rota”. São destaques “Sensível demais”, de Jorge Vercilo e a releitura de “Yolanda”, versão de Chico Buarque para a composição de Pablo Milanez.

Após o Acústico lançaram ainda os álbuns Chrystian & Ralf (2004), Acústico 2 (2007) e Para Sempre Irmãos (2010). Lanççaram ainda, no decorrer dos anos 2010, uma série de EPs chamados “Pocket Show”.

Em 2021 anunciaram a separação definitiva. Chrystian iniciou a turnê chamada romance e Ralf começou o projeto “Mitos”, com o cantor Eduardo Costa.

Em 2021 anunciaram a separação definitiva. Chrystian iniciou a turnê chamada romance e Ralf começou o projeto “Mitos”, com o cantor Eduardo Costa.

Em 2024, no dia 19 de junho, Chrystian faleceu aos 67 anos devido a choque séptico (infecção generalizada) por conta de uma  pneumonia.