0.000
Nome do Grupo
Cabruêra
Componentes

Arthur Pessoa

Orlando Freitas

Zé Guilherme

Tom Rocha

Fredi Guimarães

Alexandre Magno

Dados Históricos e Artísticos

Grupo vocal e instrumental. 

Arthur Pessoa – Campina Grande, PB – 1976 – Acordeon, violão esferográfico e percussão.

Orlando Freitas – Campina Grande, PB – 1971 – Baixo, craviola, pífano, percussão e vocal.

Zé Guilherme – João Pessoa, PB – 1963 – Voz e percussão.

Tom Rocha – Olinda, PE – 1977 – Percussão e vocal.

Fredi Guimarães – João Pessoa, PB – 1974 – Violão, percussão e vocal.

Alexandre Magno – Campina Grande, PB – 1974 – percussão e vocal.

O grupo surgiu em 1998, quando Arthur Pessoa abandonou o curso de Antropologia Cultural e formou a banda, juntamente com Fredi Guimarães. O nome do grupo vem de um termo muito utilizado no cangaço e que significa os cabras, ou seja, o bando, assim como a cabra, animal resistente à seca e de grande capacidade de adaptação às situações difíceis do sertão. O grupo realiza uma fusão de rítmos, misturando cocos, cirandas, repentes, repentes e outros gêneros nordestinos com ampla utilização dos recursos tecnológicos. Segundo o crítico Alexandre Sanches, da Folha de São Paulo, “O grupo se move entre influências de Hermeto Pascoal e do rock progressivo dos anos 1970, turbinadas por forte regionalismo”. 

Em 2000, foi o grupo de maior sucesso no festival Abril Pro Rock, embarcando, em seguida para uma turné na Europa que passou por Alemanha, Bélgica e Portugal, participando de festivais e shows. Dentre estes eventos, o grupo apresentou-se por 5 dias na Alemanha durante o festival “Heimatklange”, que significa “Sons da terra”. Na ocasião participou de um CD gravado ao vivo em Berlim, em benefício de crianças de rua de todo o mundo. Foram incluídas no CD as músicas “Forró esferográfico” e “Evolução”. Sobre o grupo, assim escreveu o jornal Der Tagesspiegel, de Berlim “A Cabruêra não toca instrumentos, mas invoca demônios. Partículas sonoras rebeldes que o vento faz passar sobre o planeta. Uma sintaxe dinamitada, cujo estilhaços se abafam nas poças de chuva que envolvem uma cidade industrial. Com uma troca de golpes coletiva, a Cabruêra ensaia uma revolta da província contra a matrópole”. Posteriormente, a banda teve músicas incluídas em outro CD coletânea, produzido pela boate parisiense Favela Chic. Também em 2000,  recebeu o prêmio “Kikito de ouro” no festival de cinema de Gramado (RS), com a melhor música, segundo o juri oficial, por “Ciência nordestina”. Ainda nesse ano, o grupo lançou o seu primeiro album independente, que, em 2000, saiu nacionalmente pela Nikita Music e também nos EUA e Canadá pela Alula Records. O disco contou com a participação do coral Voz Ativa,  trazendo entre outras, as composições “Loa de chegança”, de Zé Guilherme, “Forró esferográfico”, de Arthur Pessoa, “Ciência nordestina”, de Alessandro Maia e “Mugunzá”, de Zé Guilherme e Arthur Pessoa. Por ocasião do lançamento realizou show no teatro Rival do Rio de Janeiro. Na mesma ocasião, apresentou-se no Teatro da Universidade do Estado do Rio de Janeiro durante o 7º Encontro Nacional de pesquisadores de música popular brasileira.

Em 2002, fixaram residência no Rio de Janeiro e participaram do projeto “Eletro+Acústico” realizado na casa de shows Ballroom, que reuniu nomes como Pedro Luis, Otto, Velha Guarda da Mangueira, Bnegão, Jorge Mautner, Bangalafumega e Brasov.  Nessa ocasião, o grupo recebeu, em sua temporada de shows naquela casa, convidados, para jams sessions, como Velha Guarda da Mangueira, Lenine, Seu Jorge, Jorge Mautner, Paulinho Moska, Lobão, Fernanda Porto, Otto entre outros. Em 2003, realizou diversos shows no Rio de Janeiro, entre os quais, um na Casa Rosa em Laranjeiras, na série “Pessoas do século passado”.  Nesse ano, o grupo representou o Brasil , no maior evento da indústria fonografica mundial, o MIDEM em Cannes. A folha de São Paulo destacou o show da Cabruêra como o ponto alto do evento. Ainda nesse ano o grupo voltou a Europa mais duas vezes para uma série de shows, tocando em festivais na França (Amiens Jazz Festival), na Holanda (Dunya Festival) e na Alemanha.

Em 2004, o grupo lançou seu segundo CD “O samba da minha terra”, confirmando sua identidade pautada nos ritmos da cultura nordestina e mesclando os elementos locais aos da cultura universal. O repertório traz, entre outros, recriações de “Carcará”, de João do Vale e José Cândido, “É proibido cochilar”, de Antônio Barros, passando pela declamação do poema “Auto de Zé Limeira”, em homenagem ao cantador, conhecido como poeta do absurdo, além da faixa “Zabé sabe”, de Arthur Pessoa, destacando maracas e triângulo, homenageando a tocadora de pífano Zabé da loca. O disco saiu pela Nikita Music, e foi lançado mundialmente pela gravadora Piranha Records de Berlim em 2005. Nesse ano, lançaram o terceiro disco: “Sons da Paraíba”. A banda também integra coletâneas que sairam na França, como Posto Nove 3 e Vibrations; em Portugual, Brazil Lounge 1 e ; na  Alemanha, Sons da Terra e,  no Japão, Nordeste Atômico. Na mesma época (2005), participou de festivais em países como Inglaterra, Dinamarca, Holanda, Bélgica, Suíça, Portugal, Alemanha e República Tcheca. 

Teve também músicas incluídas em mais de 20 coletâneas lançadas em países como Japão, França, Estados Unidos e Alemanha, além do Brasil. 

Em 2008, participou do programa “Som Brasil”, exibido pela Rede Globo de Televisão, em homenagem a Luiz Gonzaga.  

No mesmo ano, realizou sua décima turnê pela Europa. 

Em 2010, lançou o CD “Visagem”, lançado pelo programa Petrobrás Cultural e produzido por João Parahyba. 

Na mesma época, o grupo foi responsável pela trilha sonora do documentário “Utopia e Barbárie”, do cineasta Silvio Tendler. 

Em 2012, lançou o álbum “Nordeste oculto”, inspirado na religiosidade de sua região. 

No mesmo ano, apresentaram show mesclando tradições nordestinas e indianas. Na ocasião, arranjo foi baseado na cítara e na sanfona. 

Discografias
2012 Nordeste oculto – independente – CD
2010 Visagem – Independente - CD
2004 Nikita music CD O samba da minha terra
2001 Nikita Music CD Cabruêra
Obras
Bagacera (Fredi Guimarães e Orlando Freitas)
Cangaço (Cabruêra)
Certo sertão (Fredi Guimarães)
Forró esferográfico (Arthur Pessoa)
Galopeando (Fredi Guimarães e Efrem Guimarães)
Loa de chegança (Zé Guilherme)
Mugunzá (Zé Guilherme e Arthur Pessoa)
Música nova (Fredi Guimarães)
Nada para o Pedro (Zé Guilherme e Arthur Pessoa)
Parapoderembolar (Fredi Guimarães e Arthur Pessoa)
Pontal (Alessandro Maia e Arthur Pessoa)