
Arnaldo Brandão
Paulo Roquette
Cláudio Zoli
Robério Rafael
Bolão
Ricardo Cristaldi
Grupo de soul-music integrado por Arnaldo Brandão (voz e baixo), Paulo Roquette (guitarra), Cláudio Zoli (guitarra e voz), Robério Rafael (bateria), Bolão (percussão) e Ricardo Cristaldi (teclado) formado na cidade do Rio de Janeiro (RJ) em 1978. Surgiu com o nome Brylho da Cidade, influenciado pelo movimento Black Rio que reunia Tim Maia, Cassiano, Carlos Dafé, Banda Black Rio, Sandra de Sá, entre outros.
Em 1982, passou a ser chamado de Brylho, lançou pela WEA o primeiro disco, fazendo sucesso com a música “Noite do prazer” (Cláudio Zoli, Paulo Zdan e Arnaldo Brandão). Deste mesmo disco ainda constaram as faixas “Destrava Maria” (Paulo Zdanowski – Pedro Silva – Arnaldo Brandão – Cláudio Zoli); “Joia rara” (Paulo Zdanowski – Cláudio Zoli); “Pé de guerra” (Arnaldo Brandão – Chacal – Robério Rafael); “Meditando” (Paulo Zdanowski – Arnaldo Brandão – Cláudio Zoli); “Cheque sem fundos” (Paulo Zdanowski – Arnaldo Brandão – Robério Rafael – Cláudio Zoli); “Se você for a Salvador” (Paulo Zdanowski – Pedro Silva); “171” (Paulo Zdanowski – Arnaldo Brandão – Robério Rafael – Cláudio Zoli); “Pantomina” (Paulo Zdanowski – Arnaldo Brandão – Robério Rafael – Cláudio Zoli) e a emblemática e problemática “Jane e Julia”, de Arnaldo Brandão e Tavinho Paes, à época, censurada pela Ditadura Militar, mas liberada graças aos esforços do Conselho Superior de Censura. A função do conselho era de provocar a transição de um Estado de Exceção para um Estado de Direito, atuando incisivamente, entre os anos de 1979/1989, na liberação de músicas, livros, peças, novelas, caso especial, filmes e outras obras intelectuais proibidas pelo regime militar (governante na época).
No ano de 1984 o grupo participou, ao lado de Barão Vermelho, entre outros, da trilha sonora do filme “Bete Balanço”, de Leal Rodrigues. O grupo encerrou suas atividades em 1986, quando Arnaldo Brandão saiu para formar o Hanói-Hanói. Outros de seus integrantes deixaram o grupo e mais tarde fizeram carreira solo de sucesso como Cláudio Zoli.
Em 2002 foi lançado o livro “Driblando a censura – De como o cutelo vil incidiu na cultura”, de Ricardo Cravo Albin, no qual constou o relato da liberação de “Jane e Júlia” pelo Conselho Superior de Censura.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
ALBIN, Ricardo Cravo. Driblando a censura – de como o cutelo vil incidiu na cultura. Rio de Janeiro: Editora Gryphus, 2002.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
CHAVES, Xico e CYNTRÃO, Sylvia. Da pauliceia à centopeia desvairada – as vanguardas e a MPB. Rio de Janeiro: Elo Editora, 1999