Banda Calypso

Grupo de cantores e dançarinos. Criada em 1999 no Pará, seu nome foi inspirado no ritmo tocado no sul do Caribe, que, no Pará, adquire uma cadência próxima ao Ska, mixando o iê-iê-iê da Jovem  Guarda, rock,  folk, contry, lambada e ritmos de raiz paraense. Em quatro anos de existência, tornou-se um dos maiores fenômenos de vendagem de discos e de lotação de shows em todo o país. A banda se compõe de músicos e dançarinos liderados pelo casal Chimbinha e Joelma. Fazem parte também da banda os músicos: Serginho, na guitarra,; Dedé e Sabá, nos teclados; Mezac, no contrabaixo; J. R, na bateria; Zé Brasil, na percussão; Marcelo Franci e Cacá, nos saxofones; Kleberson e Fraçois Lima, nos trombones ; Nahor Oliveira e Mário, nos trompetes.

Chimbinha (Cleidivan Farias): Guitarrista, nascido no Pará, apontado pela revista Show Bizz, como unanimidade onipresente, devido ao grande número de participações que tem em discos de outros artistas paraenses e nacionais. Começou a tocar aos 12 anos, passando logo a despertar o interesse do público que o via, o que lhe mereceu convites para participações em CDs. Em 2000, já havia participado da gravação de cerca de 1000 CDs gravados e produzidos, inclusive por ele mesmo que, antes de formar a banda com Joelma já atuava também como produtor. É considerado pelo antropólogo e pesquisador Hermano Viana, em entrevista à revista Trip, como um dos melhores guitarristas do Brasil, independente do estilo que toca. além de produtor dos discos da banda, é responsável pelas experiências e misturas de estúdio. Joelma (Joelma Mendes): Cantora, dançarina e coreógrafa. Começou aos 19 anos, nascida em Almerim, no interior do Pará, onde começou a carreira artística, indo depois para Belém, onde logo tornou-se conhecida. As coreografias da Banda são feitas por ela e copiadas pelo Brasil, inclusive por crianças que imitam seu figurino classificado por alguns como brega.

Em 1999, Joelma e Chimbinha se conheceram em Belém, começaram namoro e ele, quando ia produzir um disco dela, sugeriu que, em vez de disco solo, formassem uma banda, com uma específica sonoridade que ele tinha na cabeça. Com o trabalho pronto e recusado por várias gravadoras, lançaram, de maneira independente, seu primeiro CD, que vendeu mais de 500 mil cópias. Para fazer a capa do disco, utilizaram máquina fotográfica emprestada para tirarem foto enquanto estavam no palco. Com o sucesso, lançaram o segundo disco, ao vivo, em 2000, que vendeu mais de 750 mil cópias. Seus discos subsequentes mantiveram linha crescente de vendagem. O primeiro DVD da banda, gravado ao vivo e lançado em 2004  vendeu 384 mil cópias.O segundo, Banda Calypso na Amazônia”, em 2005, bateu recorde nacional, vendendo 300 mil cópias, só no primeiro mês de lançamento. Neste, o grupo mostra um espetáculo, com tema na Amazônia, comparável a grandes produções internacionais. No repertório, a banda mostra ritmos como calypso, carimbó, cúmbia, boi bumbá e guitarrada ribeirinha, ritmos da Amazônia que constituem o show da banda, gravado em novembro de 2004, quando   apresentado com coreografias inspiradas na cultura popular da região, no sambódromo de Manaus, para uma platéia de 50 mil pessoas que cantaram em coro com a banda. O grupo logo consagrou hits  “Maridos e esposas”, “Nenê”, “Lágrimas de sangue”, entre outros. Em outubro do mesmo ano, a banda lançou um CD que, em dez dias, vendeu 500 mil cópias. A banda mantém uma estrutura com produção de iluminação e cenários para os shows, cujos equipamentos são transportados por uma carreta própria, tendo também um microônibus para transporte dos artistas. Também mantém uma linha de produtos, com sua marca e logotipo, indo desde CDs e DVDs, até camisetas e perfume.

Em 2006,  com marcas astronômicas de vendagem, cerca  de 7 milhões de CDs e DVDs vendidos (sem contar a pirataria), e recusando convites de várias gravadoras,com a afirmação de que “de certo do nosso jeito”, palavras de Joelma ao Jornal do Brasil (10/02/2006), o qual dedicou reportagem de página inteira sobre eles, e ainda ignorando críticos que os apontam como cafonas, passaram a ser presença constante em programas de auditório, tocados em qualquer estação de rádio popular de todo o país, além de programas de TV, sendo o Domingão do Faustão o primeiro a apresentá-los. Como os anteriores, o “Banda Calypso”- Volume 8 foi lançado pela Calypso Produções, em outubro de 2005, e em quatro meses, vendeu 1,1 milhão de unidades. Orgulhando-se de sua aceitação pelo “povão”, a banda passou a fazer no máximo 5 shows por semana,  já tendo feito turnês a Europa e EUA, como a que fizeram em agosto de 2005 a Portugal e Suiça. Para comemorar os 7 anos da banda, será lançado em outubro do mesmo ano o terceiro DVD – “Calypso pelo Brasil”, gravado em cinco didades: Brasília, Rio de Janeiro, Belém, Recife e Salvador. Segundo entrevista de Joelma, o projeto em várias capitais, mesmo mais trabalhoso, se justifica para brindar o público que é muito grande. Para o show do Rio de Janeiro, realizado no Claro Hall, em fevereiro de 2006, a banda superou as expectativas esgotando todos os ingressos, sendo os camarotes (mais caros) os primeiros a esgotarem. No mesmo ano, a banda apresentou-se no “Brazilian Day” evento realizado em Manhattan, Nova York reunindo artistas brasileiros com a presença estimada de um público de 1 milhão de pessoas. Em 2011, lançaram seu décimo sexto trabalho, “Meu encanto”, O álbum contou com a participação especial do cantor e compositor Reginaldo Rossi, que fez dueto com a vocalista Joelma na faixa “Não posso negar que te amo”. No ano seguinte, em função desse álbum, receberam o 23o Prêmio da Música Brasileira, na categoria melhor grupo de canção popular.

Na virada de 2014 para 2015, apresentou-se no programa “Show da virada”, da Rede Globo de Televisão, ao lado de outros vários artistas consagrados nacionalmente. No réveillon, apresentaram-se ao vivo como a principal atração da festa da cidade de Porto Velho (RO).

Em novembro de 2015, Joelma, após divorciar-se de seu marido e guitarrista da banda, Chimbinha, deixou o grupo, que passou a se chamar XCalypso.