
Dinorah Lemos
Zenilda Barbosa
Zélia
Eurídice
Nara
Conjunto vocal. Sua formação original contou coma spresenças de Dinorah Lemos, nascida em Pitangui, MG, em 1931 e falecida no Rio de Janeiro em 2006, Zenilda Barbosa, nascida em 1935, e Eurídice, que logo se afastou do grupo, sendo substituída por Nilza e depois por Francinete, até que em 1983 a cantora Zélia, que nasceu em 1941, ingressou no grupo mantendo-se em sua formação definitiva. Embora seguindo a carreira artística, as integrantes sempre tiveram profissões fora da música. Zenilda trabalhou como garçonete de hospital e clicherista de um jornal de Niterói, Zélia foi esteticista, e Dinorah trabalhou na Superintendência de Seguros Privados. O grupo foi fundado em 1967 pela cantora Dinorah Lemos que fizera parte juntamente com Zenilda Barbosa do grupo vocal misto Os Rouxinóis. O grupo venceu quase todos os concursos de carnaval de que particpou, o primeiro deles em 1968, na TV Tupi, promovido pelo Conselho Superior de MPB, do Museu da Imagem e do Som, com a marcha “Bloco de sujo”, um dos maiores sucessos daquele carnaval. Na mesma época, participaram do Festival Internacional da Canção interpretando “A velha porta”. Em 1969, gravaram com o grupo Vocalistas Tropicais o LP “Carnaval da pilantragem 69 – Vocalistas Tropicais e As Gatas” no qual interpretaram pérolas do cancionerio carnavalesco como “Cidade Maravilhosa”, de André Filho, “Tristeza”, de Haroldo Lobo e Niltinho Tristeza, “Voltei”, de Oswaldo Nunes e Celso Castro, “Máscara negra”, de Zé Keti e Pereira Matos, “Avenida iluminada”, de Newton Teixeira e Brasinha, “Amor de carnaval”, de Zé Keti, “O teu cabelo não nega”, dos Irmãos Valença e Lamartine Babo, “Marchinha do grande galo”, de Lamartine Babo e Paulo Barbosa, “Mulata Yê Yê Yê”, de João Roberto Kelly, “Jacarepaguá”, de Paquito, Romeu Gentil e Marino Pinto, “Daqui não saio”, de Paquito e Romeu Gentil, e “Casa de bamba”, de Martinho da Vila, entre outras. Em 1970, participaram do V Festival Internacional da Canção organizado pela Rede Globo cantando com o maestro Erlon Chaves a música “Eu quero mocotó”, de Jorge Ben, e que fez bastante sucesso na época. Em 1973, gravaram juntamente com Vocalistas Tropicais, Barbosa da Silva e Coro do Joab o LP “Carnaval do Brasil” no qual foram registrados sucessos como “Pasárgada o amigo do Rei (Portela)”, de David Correia, “Lendas do Abaeté”, samba da Mangueira, de Jajá, Preto Rico e Manoel, “Zodíaco no samba”, da Vila Isabel, de Paulo Brazão e Irani F. Silva, “A dança do cafuné”, de Zuzuca, “Balança povo”, de Martinho da Vila, “Baía de todos os deuses”, do Salgueiro, de Bala e Manoel, e outros clássicos com Mamãe eu quero”, de Vicente Paiva e Jararaca. No mesmo ano, participaram do LP “Eu quero é cair na folia”, da Todamérica interpretando as marchas “Beijoqueiro”, de Djalma Cril e Zé Tinoco, e “Cobra engolindo cobra”, de Geraldo Nunes e Joca de Castro. No ano seguinte, participaram do LP “Carnaval 75 – Convocação geral” lançado pela Som Livre com a participação de vários intérpretes tradicionais do carnaval no intuito de tentar reviver o sucesso das marchinhas carnavalescas e nele interpretaram “O caminho do amor”, de Klécius Caldas e Rutinaldo, e “Samba do Tem Tem”, de Odair José e Paulo Debétio. Em 1975, participaram do terceiro LP da série “100 anos de Música Popular Brasileira” lançado pela Tapecar. Gravado ao vivo nos estúdios da Rádio MEC do Rio de Janeiro com produção de Ricardo Cravo Albin para o Projeto Minerva. Nesse disco, cantaram com Gilberto Milfont diversos clássicos, além de gravarem sozinhas a marcha “Linda morena”, de Lamartine Babo. Em 1976, gravaram o LP “Levanta poeira”, pela gravadora Esquema interpretando “Poeira”, de Benedito Reis e Zuzuca, “Festa Junina em dia de carnaval”, de Carlito e Luis Antônio, “Quem não tem amor na Bahia”, de Italúcia, “Descendo o morro”, de Enildo Barbudinho, “Chô chô gafanhoto”, de Ivan Carlos, Luis Grande e Rubens da Mangueira, “Era mentira”, de Getúlio Macedo, “O lírio do Cabloco Serra Negra”, de Mazinho do Boiadeiro, “Magia africana no Brasil e seus mistérios”, de Gambazinho, “Batuque do Morro Velho”, de Zuzuca, “Chorando”, de Baianinho, “Meia noite já é dia”, de David Correia e Norival Reis, “Dona Flor e seus dois maridos”, de Neneco e Preto Velho, “Mocotó é meu”, de Jorge Garcia, Osvaldo Silva e Eny Silva, e “Chegada do bloco”, de Wilson Valença, Leon e Jorge Mascarenhas. Embora mais ligadas ao samba, o grupo se apresentou com artistas de quase todas as vertentes da música popular brasileira. Fizeram apresentações em palcos e gravações com Jackson do Pandeiro, Marinês, Clara Nunes, Beth Carvalho, Simone, Roberto Ribeiro, Martinho da Vila, Nara Leão, Ney Matogrosso, Paulinho da Viola, Caetano Veloso, Bezerra da Silva, Alcione, João Gilber e Chico Buarque, entre outros, além do norte americano Paul Simon. Na década de 1980, apresentaram-se com artistas ligados à música brega e romântica como foi o caso de Sidney Magal. Participaram de todos os discos de samba-enredo gravados desde 1967 até 2003. Em 1982, participaram do LP “As marchinhas estão de volta”, da K-Tel interpretando a marcha “Vaquinha bela”, de Paulo Baretta, J. Andrade e Zé Catimba. Em 1983, juntamente com a Turma do Pagode, Samba Som 7, Adezonilton e Genaro, participarm do LP “Turma do pagode”, lançado pela gravadora CID. Nesse LP interpretaram, sozinhas, os sambas “Gente negra”, de Leci Brandão, e “Liberdade liberdade”, de Marcos Paiva e Franco; com Genaro, o samba “Canariano”, de Tiãozinho do Salgueiro, Janir e Timbó; com o Samba Som 7, “Gueri-gueri”, de Anacleto e Vaval do Império; “Festa no lamaçal”, de Zeca Pagodinho e Beto Sem Braço; “A almado ladrão no céu”, de Adezonilton, Franco Teixeira e Ubirajara Lucio; Senhor cidadão”, de Acyr Marques e Adalton Magalha; “Haja saco”, de Betão e Belôba; “Sereno na madrugada”, de Adilson Gavião, Darci Maravilha e Marquinho Guadalupe; “Diploma forjado”, de Edson Show, Bebeto Di São João e Geraldo de Souza; “Minha inspiração”, de Ailton Negão, Tibú e João Quadrado, e “Vovô camisolão”, de Edson Show, Wilsinho Saravá e Dicró; com Adelzonilton, “Abre a roda pra versar”, de Beto Pernada e Simão PQD, e “Cante pró Dodois”, de Adezonilton e Simão PQD, e com Samba Som 7 e Genaro, o samba “Esculacho”, de Wilson Moreira e Nei Lopes. Em 1984, participaram da gravação do sucesso “Doméstica”, de Eduardo Dussek. No mesmo ano, apresentaram-se juntamente com D. Ivone Lara no espetáculo “As Damas do Samba”, na Sala Funarte Sidney Miller, em show no qual acompanhadas pelo grupo Exporta Samba interpretaram os sambas “Poeira”, de Zuzuca; “Pelo Telefone”, de Donga e Mauro de Almeida; “Arrasta a Sandália”, de Baiano e AurélioGomes; “Falam de Mim”, de Noel Rosa de Oliveira, Eden Silva e Aníbal Silva; “Eu Agora Sou feliz”, de Mestre Gato e Jamelão; “A Fonte Secou”, de Monsueto e Tufic Lauar; “Que Samba Bom”, de Geraldo Pereira; “Saberás”, de Jorge Saberás, Oswaldo Nunes e Rubens Gerardi; “Água na boca”, de Agildo Mendes; “Império do Samba”, de Zé da Zilda e Zilda do Zé, e “Bloco de Sujo”, de Luís Reis e Luís Antônio, entre outros. Em 1985, participaram do Festival de música carnavalesca “Canta meu povo” promovido pela Radiobrás e realizado no Circo Voador, no Rio de Janeiro, e cujos finalistas foram lançados em LP da RGE interpretando a marcha “Sorria o carnaval chegou”, de Mauro Diniz e Sereno. Em 1986, participaram do LP “O mundo é verde-amarelo” lançado pela Top Tape em homenagem à particpação da seleção barsileira na Copa do Mundo do México e que contou com a participação de diversos artistas. Nesse disco interpretaram “Brasil bola na rede”, de Bebeto di São João, Wilsinho Saravá e Coco. Em 1989, participaram do LP lançado pelo Bloco Carnavalesco Simpatia é Quase Amor pela gravadora CID interpretando o samba “Simpatia é quase amor”, de João Bosco e Aldir Blanc. Em 1991, participaram do LP “Nada além” lançado pela Som Livre em homenagem ao compositor Mário Lago com a presença de diversos intérpretes. Cantaram como o conjunto Nosso Samba o fox “Faz de conta”. Dois anos depois tomaram parte no disco “Herivelto Martins – Que Rei sou eu?” lançado pela Funarte em tributo ao compositor Herivelto Martins, gravado cinco anos antes e somente lançado após a morte do compositor, interpretando um pot-pourri que incluiu as músicas “Cabelos brancos”, de Marino Pinto e Herivelto Martins, “Odete”, de Herivelto Martins, “Izaura”, de Herivelto Martins e Roberto Roberti, “Palhaço”, de Herivelto Martins e Benedito Lacerda, “A Lapa”, de Benedito Lacerda e Herivelto Martins. No mesmo ano, participaram do LP “Escolas de samba – Enredos do Salgueiro” cantado com o conjunto Nosso Samba o samba-enredo “História do carnaval”, de Geraldo Babão e Valdelino Rosa. Ainda em 1993, o grupo sofreu alteração e se tornou um quarteto com a inclusão de Nara Lemos, filha de Dinorah Lemos. Em 1996, participaram da faixa “Outra beleza” do disco “Nove luas” do grupo Paralamas do Sucesso. Depois de um tempo esquecido o grupo voltou sendo redescoberto por uma nova geração de músicos e participou de discos de Zeca Baleiro, André Gabeh, Nando Reis e Planet Hemp. Em 2002, participaram do CD “Petshopmundocão”, de Zeca Baleiro cantando com ele nas faixas “Minha tribo sou eu”, de Zeca Baleiro, e “Filho da véia”, de Luiz Américo e Braguinha”. No mesmo ano, particparam do CD de André Gabeh cantando na faixa “Porta bandeira”, de Humberto Effe. Na mesma época, participaram do CD “Velas companheiras” que reuniu as velas guardas das escolas de samba Mangueira e Portela cantando o clássico samba “Alvorada”, de Cartola e Carlos Cachaça. Em 2003, o grupo participou da série “O carnaval das Gatas” no Centro Cultural Banco do Brasil, e que contou com as participações de Marlene, Carmen Costa, Dona Ivone Lara e Nilze Carvalho interpretando clássicos do repertório carnavalesco. Em 2006, o grupo participou da série de espetáculos “Carnaval de todos os tempos” no Circo Voador, no centro do Rio de Janeiro, apresentando-se no dia dedicado ao compositor João Roberto Kelly. Com mais de trinta anos de carreira, o grupo, além dos disco solos que lançou, participou de mais de trinta discos, especialmente aqueles dedicados ao carnaval. Em 2011, foi lançado pelo selo Discobertas em convênio com o ICCA – Instituto Cultural Cravo Albin a caixa “100 anos de música popular brasileira” com a reedição em 4 CDs duplos dos oito LPs lançados com as gravações dos programas realizados pelo radialista e produtor Ricardo Cravo Albin na Rádio MEC em 1974 e 1975. Participou no volume 3 no qual estão suas gravações para as marchas “Linda morena”, de Lamartine Babo, e para o samba “Camisa listrada”, de Assis Valente. Participaram também com Gilberto Milfont da gravação das marchas “O teu cabelo não nega”, de Lamartine Babo e Irmãos Valença; “Rasguei a minha fantasia”, de Lamartine Babo; “Linda lourinha”, de João de Barro e Alberto Ribeiro; “Cadê Mimi”, “Pirolito”, “Chiquita bacana”, “Pirata da perna de pau” e “Touradas em Madrid”, todas de João de Barro, o Braguinha, e dos sambas “Ai que saudades da Amélia”, de Ataulfo Alves e Mário Lago, e “Oh Seu Oscar” e “O bonde de São Januário”, de Ataulfo Alves e Wilson Batista. Finalmente, com Zezé Gonzaga gravaram a marcha “Se a lua contasse”, de Custódio Mesquita; e os sambas “Leva meu samba”, de Ataulfo Alves, e “Atire a primeira pedra”, de Ataulfo Alves e Mário Lago.
(Participações)
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