As Frenéticas

Grupo vocal pop formado na cidade do Rio de Janeiro, em 1976, por iniciativa do letrista e produtor Nélson Motta. Teve algumas formações das quais participaram Lidoka (voz), Sandra Pêra (voz), Leiloca Neves (voz), Regina Chaves (voz), Dhu Moraes (voz), Edyr de Castro (voz), Cláudia Borioni (voz) e Patrícia Boechat (voz). Algumas de suas cantoras começaram a carreira como garçonetes- cantoras na boate carioca Frenetic Dancin Days, criada pelo produtor Nélson Motta no Shopping da Gávea. Na época, o produtor era casado com a atriz Marília Pêra . Seguindo a linha disco music, no primeiro LP, produzido pelo guitarrista Liminha e lançado em 1977 pela WEA, “Frenéticas”, o grupo ganhou o primeiro disco de ouro da gravadora. O maior sucesso do disco foi “Perigosa”, parceria de Nélson Motta com Rita Lee e Roberto de Carvalho. No ano seguinte, em 1978, tornaram-se conhecidas nacionalmente quando a composição chamada “Dancin days”, (Ruban Barra e Nélson Motta), foi transformada em tema da telenovela homônima, escrita por Gilberto Braga.

No final da década de 1970, gravaram o tema da novela “Feijão Maravilha”, da Rede Globo, a composição “O preto que satisfaz”, de autoria de Gonzaguinha.

No ano de 1979, gravaram o LP “Soltas na vida”, disco no qual incluíram o sucesso “Ai! Se eles te pegam”, de Chico Buarque, composição da trilha sonora da peça “Ópera do malandro”. É desse mesmo LP a marchinha “É que nessa encarnação eu nasci manga” (Luli e Lucinha). No ano seguinte, em 1980, gravaram um disco somente com composições de Lamartine Babo, intitulado “Babando Lamartine”. Neste disco mesclavam o ritmo das marchinhas de Lamartine com elementos pop. 

No auge do sucesso o grupo participou do musical “Caia Na Gandaia”.

Lançaram o LP “Diabo a quatro”, em 1983, já sem contar com as presenças de Regina e Sandra. Constaram desse disco o sucesso “Você escolheu o super-herói errado”. Neste mesmo ano, o grupo se desfez. 

Em 1992, juntaram-se novamente para gravar o tema da novela da TV Globo “As Perigosas Peruas”, que logo se tornou um grande sucesso do grupo. Neste mesmo ano, foi lançado o CD “As mais gostosas das Frenéticas”, coletânea de regravações de grandes sucessos do grupo, que trazia duas faixas inéditas: “Le fudez vous”, de autoria de Dito, e ainda “Oh! Boy”, de Gonzaguinha.

No ano de 1998, a WEA lançou a coletânea “Sempre Frenéticas”, e o grupo voltou a se reunir com a formação original, apresentando-se em show dirigido por Miguel Falabella.

Durante a carreira o grupo alcançou sucessos com as músicas “Perigosa”, “Vingativa”, “Dancin days”, “A felicidade bate a sua porta” (Trem da alegria) e “O preto que satisfaz” (Gonzaguinha). 

Com um repertório de composições novas como “Rap do real” (Pedro Luis), “Tente outra vez” (Raul Seixas e Paulo Coelho) e “Dançar pra não dançar”, de autoria de Rita Lee, e ainda uma versão para a música “Pelados em Santos”, sucesso do grupo Mamonas Assassinas, o grupo foi relançado em shows. 

Em 2001, pela gravadora Jam Music, lançou o CD “Para salvar a terra”, no qual incluiu algumas das músicas citadas. 

No ano de 2008 a Editora Ediouro lançou a biografia “As tais Frenéticas – Eu tenho uma louca dentro de mim”, escrito pela ex-Frenética Sandra Pêra. Ainda em 2008 o grupo, com formação diferente, mas mantendo Dudu, Edyr e Lindoka, apresentou-se em vários teatros cariocas.

No ano de 2016 uma de sua componentes, a cantora Lidoka (Maria Lídia  Martuscelli) faleceu, aos 66 anos, no Rio de Janeiro.